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O possível impacto terapêutico das mudanças na dieta em doenças mentais existentes é amplamente desconhecido. Usando um projeto de ensaio controlado randomizado1, o objetivo deste estudo, publicado no BMC Medicine, foi investigar a eficácia de um programa de melhoria dietética para o tratamento de episódios depressivos maiores. Os resultados indicam que a melhora na dieta pode fornecer uma estratégia de tratamento eficaz e acessível para o manejo desse transtorno mental altamente prevalente, cujos benefícios podem se estender ao manejo de comorbidades2 comuns.
1 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
2 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
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A revisão, publicada na revista Frontiers in Nutrition, aponta que, no contexto das mudanças atuais, urbanização, globalização, incluindo a indústria alimentar, e mudanças nos estilos de vida e hábitos alimentares das pessoas, as correlações entre estes fenômenos e o seu impacto no estado mental tornam-se importantes. O maior potencial terapêutico é visto na dieta racional, atividade física, uso de psicobióticos e consumo de antioxidantes. A pesquisa também mostra que existem intervenções nutricionais com potencial psicoprotetor.   [Mais...]
Estudo publicado na revista Scientific Reports teve como objetivo determinar se a N-acetilcisteína1 poderia atenuar in vivo a oxidação de LDL2 e inibir a aterosclerose3. O estudo demonstrou que a N-acetilcisteína1 atenuou a oxidação in vivo de LDL2 nativa e a formação de espécies reativas do oxigênio a partir de LDL2 oxidada, associadas à diminuição da formação de placas4 ateroscleróticas na hiperlipidemia5.
1 Acetilcisteína: Derivado N-acetil da cisteína. É usado como um agente mucolítico para reduzir a viscosidade das secreções mucosas.
2 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
3 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.
4 Placas: 1. Lesões achatadas, semelhantes à pápula, mas com diâmetro superior a um centímetro. 2. Folha de material resistente (metal, vidro, plástico etc.), mais ou menos espessa. 3. Objeto com formato de tabuleta, geralmente de bronze, mármore ou granito, com inscrição comemorativa ou indicativa. 4. Chapa que serve de suporte a um aparelho de iluminação que se fixa em uma superfície vertical ou sobre uma peça de mobiliário, etc. 5. Placa de metal que, colocada na dianteira e na traseira de um veículo automotor, registra o número de licenciamento do veículo. 6. Chapa que, emitida pela administração pública, representa sinal oficial de concessão de certas licenças e autorizações. 7. Lâmina metálica, polida, usualmente como forma em processos de gravura. 8. Área ou zona que difere do resto de uma superfície, ordinariamente pela cor. 9. Mancha mais ou menos espessa na pele, como resultado de doença, escoriação, etc. 10. Em anatomia geral, estrutura ou órgão chato e em forma de placa, como uma escama ou lamela. 11. Em informática, suporte plano, retangular, de fibra de vidro, em que se gravam chips e outros componentes eletrônicos do computador. 12. Em odontologia, camada aderente de bactérias que se forma nos dentes.
5 Hiperlipidemia: Condição em que os níveis de gorduras e colesterol estão mais altos que o normal.
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Acreditava-se que um tipo de DNA circular não encontrado nos cromossomos1, chamado DNA extracromossômico, fosse encontrado exclusivamente no câncer2. Agora, sua descoberta em tecido3 não canceroso sugere que ele pode ter um papel ativo precoce na transformação maligna. No novo estudo, publicado na revista Nature, pesquisadores relatam a descoberta de DNA extracromossômico em tecido3 esofágico não canceroso que está predisposto ao desenvolvimento de câncer2 e fornecem evidências de que esse DNA pode ajudar a tornar o tecido3 não canceroso em canceroso.
1 Cromossomos: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
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O envelhecimento parece afetar os processos celulares da mesma forma em cinco tipos de vida muito diferentes – humanos, moscas-das-frutas, ratos, camundongos e vermes – de acordo com um estudo publicado na revista Nature. Os pesquisadores relatam que alterações associadas ao envelhecimento no alongamento transcricional influenciam a longevidade. As descobertas podem ajudar a explicar o que impulsiona o envelhecimento e oferecer sugestões de como revertê-lo.   [Mais...]
Testes cuidadosos mostraram às pessoas quais medicamentos para baixar a pressão arterial1 (PA) funcionaram melhor para elas, um passo inicial para tornar o tratamento personalizado para hipertensão2 uma realidade potencial. No estudo randomizado3 PHYSIC, com resultados publicados no JAMA, pacientes hipertensos tomando um de quatro medicamentos em ordem aleatória produziram diferentes respostas na PA sistólica diurna ambulatorial. Em média, a monoterapia personalizada mostrou o potencial de fornecer uma redução adicional de 4,4 mmHg da PA sistólica.
1 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
2 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
3 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
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O uso a curto prazo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) foi associado a um risco aumentado de hospitalização por insuficiência cardíaca1 entre pacientes com diabetes tipo 22 (DM2), de acordo com um estudo de registros dinamarqueses, publicado no Journal of the American College of Cardiology. Entre mais de 300.000 pacientes com DM2, o uso a curto prazo de AINEs foi associado a um aumento relativo de 43% no risco de uma primeira hospitalização por insuficiência cardíaca1 nos 28 dias subsequentes.
1 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
2 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
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Em um estudo publicado na revista Molecular Cell, os cientistas relatam ter elucidado o papel dominante de um grupo especializado de proteínas1 nos núcleos de nossas células2. Essas proteínas1, chamadas de complexos mSWI/SNF (ou BAF), têm funções importantes – tanto para ativar as células2 T quanto para desencadear sua exaustão. A descoberta sugere que o direcionamento desses complexos, seja por tecnologias de corte de genes, como CRISPR, ou com medicamentos de moléculas pequenas, pode reduzir a exaustão e fornecer às células2 CAR-T e, em geral, a todas as células2 T que combatem tumores ou infecções3, o poder de permanência para realizar suas funções por mais tempo.
1 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
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Pesquisadores criaram uma nova arma contra as superbactérias resistentes a medicamentos – um antibiótico que pode mudar de forma reorganizando seus átomos. As descobertas foram publicadas na revista PNAS. Para desenvolver o antibiótico, os pesquisadores se voltaram para a “química do clique”, uma classe de reações químicas rápidas e de alto rendimento que “clicam” moléculas juntas de maneira confiável. Eles também utilizaram bullvalene, uma molécula fluxional cujos átomos podem trocar de posição. Combinando-a com o antibiótico vancomicina, foi desenvolvido o novo antibiótico, que possui duas “ogivas” de vancomicina e um centro flutuante de bullvalene. Em testes, o medicamento mostrou ser significativamente mais eficaz do que a vancomicina na eliminação da infecção1 por VRE. Além disso, as bactérias não desenvolveram resistência ao novo antibiótico.
1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
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Três pesquisadores de uma Universidade na Nova Zelândia publicaram um artigo na Royal Society Open Science sobre uma metanálise com 28 estudos e 21 mil jovens, no qual eles demonstraram que jogar videogames violentos não aumenta significativamente a agressividade dos jogadores ao longo do tempo.   [Mais...]
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