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Pesquisadores de câncer1 retal conseguiram uma façanha assustadora, demonstrando em um grande ensaio clínico, publicado no The New England Journal of Medicine, que os pacientes se saem tão bem sem radioterapia2 quanto com ela. O grande estudo de “descalonamento terapêutico” sugere que dezenas de milhares de pessoas anualmente podem contar apenas com quimioterapia3 e cirurgia para tratar suas doenças.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
3 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
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Em um estudo publicado na revista Nature Communications, cientistas identificaram uma enzima1 degradadora de lipídios, a amida hidrolase de ácidos graxos, como um biomarcador de prognóstico2 em pacientes com câncer3 de mama4 luminal. Em configurações experimentais in vitro e in vivo, descobriu-se que esta enzima1 previne a progressão do câncer3 e a metástase5 pulmonar.
1 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
2 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
5 Metástase: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
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Sintomas1 de insônia foram associados a um risco aumentado de acidente vascular cerebral2, de acordo com um estudo de coorte3 populacional publicado na revista científica Neurology. Pessoas relatando insônia menos grave e insônia mais grave tiveram um risco aumentado de AVC em uma média de 9 anos de acompanhamento em comparação com seus colegas sem insônia, especialmente adultos com menos de 50 anos, e o risco foi mediado por certas comorbidades4. Maior conscientização e controle dos sintomas1 de insônia podem contribuir para a prevenção da ocorrência de AVC.
1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
3 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
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Infarto do miocárdio1 incidente2 foi associado com declínio cognitivo3 de longo prazo acelerado, mas não com uma diminuição aguda na cognição4. Durante um acompanhamento médio de 6,4 anos, as pessoas com ataques cardíacos incidentes5 experimentaram quedas mais rápidas e persistentes na cognição4 global em comparação com pessoas que nunca tiveram infarto do miocárdio1, segundo dados do estudo publicado no JAMA Neurology. As pontuações de memória e função executiva6 também caíram mais rapidamente ao longo do tempo naqueles com infarto do miocárdio1 incidente2.
1 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
2 Incidente: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
3 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
4 Cognição: É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, percepção, classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
5 Incidentes: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
6 Função executiva: Também conhecida como controle cognitivo ou sistema supervisor atencional é um conceito neuropsicológico que se aplica ao processo cognitivo responsável pelo planejamento e execução de atividades, que podem incluir, por exemplo, a iniciação de tarefas, memória de trabalho, atenção sustentada e inibição de impulsos.
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Neste estudo, publicado na revista Nature, pesquisadores descrevem um anticorpo1 monoclonal direcionado à neuraminidase, FNI9, que inibe potentemente a atividade enzimática de todos os vírus2 influenza3 A do grupo 1 e do grupo 2, bem como vírus2 influenza3 B. O FNI9 neutraliza amplamente os vírus2 influenza3 A e vírus2 influenza3 B sazonais, incluindo as cepas4 de H3N2 imunoevasivas. A amplitude e a potência sem precedentes do anticorpo1 monoclonal FNI9 apoiam seu desenvolvimento para a prevenção da doença influenza3 por vírus2 sazonais e pandêmicos.
1 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
2 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
3 Influenza: Doença infecciosa, aguda, de origem viral que acomete o trato respiratório, ocorrendo em epidemias ou pandemias e frequentemente se complicando pela associação com outras infecções bacterianas.
4 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
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Um vírus1 modificado que mata bactérias, conhecido como fago, pode fornecer muito mais DNA às células2 humanas do que é possível com as técnicas existentes. Essa capacidade pode levar a grandes avanços nas terapias celulares e genéticas, permitindo que alterações mais sofisticadas sejam feitas nas células2 em uma única etapa. As descobertas foram publicadas na revista Nature Communications. O vírus1 modificado pode transportar cadeias de DNA de até 171.000 pares de bases – cerca de 20 vezes mais do que os maiores vírus1 existentes usados para terapias genéticas. Além desse DNA, ele pode carregar mais de 1.000 outras moléculas, como RNAs e proteínas3.
1 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
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Os pacientes que tiveram mais mobilidade nas primeiras 48 horas após uma cirurgia eletiva1 de grande porte tiveram um risco menor de complicações do que aqueles que ficaram de pé ou andaram menos, segundo um estudo retrospectivo2 publicado no JAMA Surgery. Cada 4 minutos de mobilização foi associado a um menor risco de um composto de complicações pós-operatórias e a um menor tempo de internação. A mobilização ocorreu por uma média de 3,2 minutos por hora para aqueles que tiveram uma complicação, em comparação com 4,1 minutos para aqueles que não tiveram.
1 Eletiva: 1. Relativo à eleição, escolha, preferência. 2. Em medicina, sujeito à opção por parte do médico ou do paciente. Por exemplo, uma cirurgia eletiva é indicada ao paciente, mas não é urgente. 3. Cujo preenchimento depende de eleição (diz-se de cargo). 4. Em bioquímica ou farmácia, aquilo que tende a se combinar com ou agir sobre determinada substância mais do que com ou sobre outra.
2 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
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Pesquisadores podem ter identificado um mecanismo biológico por trás da síndrome1 da morte súbita do lactente2 (SMSL), de acordo com estudo publicado no Journal of Neuropathology & Experimental Neurology. A condição pode, pelo menos em parte, ser causada pela ligação insuficiente de um neurotransmissor a receptores no tronco cerebral3. Uma melhor compreensão das causas da condição pode ajudar os cientistas a desenvolver um teste que preveja o risco de SMSL de um bebê.
1 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
2 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
3 Tronco Cerebral: Parte do encéfalo que conecta os hemisférios cerebrais à medula espinhal. É formado por MESENCÉFALO, PONTE e MEDULA OBLONGA.
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O papel do uso de álcool no desenvolvimento da depressão não é claro. O objetivo deste estudo, publicado no The Lancet Psychiatry, foi investigar se a dependência de álcool, mas não a alta frequência ou quantidade de consumo, durante a adolescência aumentava o risco de depressão na idade adulta jovem. Após ajustes, encontrou-se uma associação positiva entre dependência de álcool aos 18 anos e depressão aos 24 anos. Intervenções psicossociais ou comportamentais que reduzem o risco de dependência de álcool durante a adolescência podem contribuir para prevenir a depressão na idade adulta jovem.   [Mais...]
As pessoas que param de fumar por pelo menos 15 semanas podem ver melhorias em sua saúde1 mental, mostrou uma análise secundária do estudo EAGLES, publicada no JAMA Network Open. Em adultos com e sem histórico psiquiátrico, aqueles que pararam de fumar por esse período observaram reduções nas pontuações da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão em 6 meses em comparação com fumantes ativos. Descobertas como essas podem tranquilizar as pessoas que fumam e seus médicos de que a cessação do tabagismo provavelmente não piorará e pode melhorar a saúde1 mental.
1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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