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Infecções1 bacterianas dentro do corpo podem levar a abscessos2, nos quais as bactérias se multiplicam, causando mais inflamação3 e mais danos aos tecidos circundantes, inclusive podendo levar à sepse4. Um novo estudo, publicado na revista PNAS, descobriu que a formação de abscessos2 estava ligada à presença e reativação de retrovírus endógenos (ERVs) dormentes, e que medicamentos antirretrovirais usados para tratar o HIV5 podem suprimir a atividade dos ERVs, prevenindo complicações inflamatórias da sepse4 bacteriana em animais.
1 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Abscessos: Acumulação de pus em uma cavidade formada acidentalmente nos tecidos orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação seguida de infecção.
3 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
4 Sepse: Infecção produzida por um germe capaz de provocar uma resposta inflamatória em todo o organismo. Os sintomas associados a sepse são febre, hipotermia, taquicardia, taquipnéia e elevação na contagem de glóbulos brancos. Pode levar à morte, se não tratada a tempo e corretamente.
5 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
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Exames cerebrais de 110 mães de primeira viagem durante e após a gravidez1 mostraram que algumas regiões do cérebro2 ficam menores e mais finas durante a gravidez1, e que a maioria dessas alterações se reverte após o parto. O estudo, publicado na revista Nature Neuroscience, sugere que o cérebro2 está se reestruturando durante e imediatamente após a gravidez1, potencialmente para se preparar para a maternidade.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
2 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
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Pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de tratar o câncer1 de bexiga2. Alimentados por ureia3, uma substância residual encontrada na urina4, os nanorrobôs se impulsionam e penetram no tumor5 para administrar seu tratamento radioativo6 a bordo. Após uma dose, os tumores em modelos de ratos diminuíram quase 90%, abrindo a porta para um tratamento alternativo promissor para este câncer1, que tende a recorrer. O estudo foi publicado na revista Nature Nanotechnology.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
3 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
4 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
5 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
6 Radioativo: Que irradia ou emite radiação, que contém radioatividade.
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Uma molécula que ocorre naturalmente mostrou potencial como uma primeira linha eficaz de tratamento contra o câncer1 de próstata2, sugeriu um estudo publicado no jornal científico Journal of Cellular and Molecular Medicine. Os pesquisadores queriam investigar as propriedades anticancerígenas da carnosina contra células3 derivadas do câncer1 da próstata2 primário e metastático. A carnosina impediu a multiplicação das células3 in vitro e, em doses mais elevadas, até matou tanto células3 cancerígenas primárias quanto metastáticas, mantendo-se segura para as células3 saudáveis que não se dividem.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
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Uma nova pesquisa, publicada na revista PNAS, descobriu que uma proteína chamada ENPP1 atua como um botão liga/desliga que controla a capacidade do câncer1 de mama2 de resistir à imunoterapia e de metastizar. A descoberta poderá levar a uma imunoterapia nova e mais eficaz e ajudar os médicos a prever melhor a resposta dos pacientes aos medicamentos existentes. Os achados apontam que a ENPP1 é produzida por células3 cancerosas e por células3 saudáveis dentro e ao redor do tumor4, e que níveis elevados de ENPP1 nos pacientes estão ligados à resistência à imunoterapia e subsequentes metástases5.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
5 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
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O rastreio e os novos tratamentos do câncer1 da mama2 foram associados a uma grande redução na mortalidade3 pela doença nos últimos 45 anos, de acordo com os resultados de um estudo baseado em modelos de simulação, publicado no JAMA. Usando quatro modelos, a combinação de rastreio, tratamento de doenças em estágio I a III e tratamento de doenças metastáticas foi associada a uma redução de 58% na mortalidade3 por câncer1 de mama2 de 1975 a 2019. Desta redução, 47% foi associada ao tratamento do câncer1 da mama2 em estágio I a III, enquanto o tratamento do câncer1 da mama2 metastático foi associado a 29%, e o rastreio foi associado com 25%.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
3 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
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Neste estudo, publicado no jornal científico Neurology, gravações audiovisuais em 7 crianças com mortes súbitas inexplicáveis implicam fortemente que as mortes estavam relacionadas com convulsões. Todas as gravações contínuas incluíram um evento convulsivo terminal com duração de 8 a 50 segundos; 4 crianças sobreviveram por >2,5 minutos após a convulsão1. Entre os vídeos descontínuos, os lapsos de tempo limitaram a revisão; 1 sugeriu um evento convulsivo.
1 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
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Um estudo de pacientes gravemente doentes de centros médicos acadêmicos nos Estados Unidos, publicado no JAMA Internal Medicine, descobriu que quase um quarto teve um diagnóstico1 tardio ou perdido. Todos os pacientes ou foram transferidos para a unidade de terapia intensiva2 (UTI) após serem internados ou faleceram no hospital. Os pesquisadores concluíram que três quartos destes erros de diagnóstico1 contribuíram para danos temporários ou permanentes e que os erros de diagnóstico1 desempenharam um papel em cerca de uma em cada 15 mortes.
1 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
2 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
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Muitas mulheres em diálise1 desenvolveram rapidamente hipocalcemia2 grave após iniciarem denosumabe (Prolia) para osteoporose3, mostraram dados do Medicare. Durante as primeiras 12 semanas de tratamento, 41,1% das mulheres que tomaram denosumabe desenvolveram hipocalcemia2 grave, em comparação com 2,0% daquelas que tomaram bifosfonatos orais. Isto se traduziu em um risco 20 vezes maior de hipocalcemia2 grave incidente4 com denosumabe, de acordo com o estudo de coorte5 retrospectivo6 publicado no JAMA.
1 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
2 Hipocalcemia: É a existência de uma fraca concentração de cálcio no sangue. A manifestação clínica característica da hipocalcemia aguda é a crise de tetania.
3 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
4 Incidente: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
5 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
6 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
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As mulheres britânicas cuja capacidade de gerar filhos começou tarde ou terminou cedo – naturalmente ou não – corriam maior risco de desenvolver artrite reumatoide1 (AR), em comparação com mulheres com menarca2 precoce ou menopausa3 tardia, descobriram pesquisadores em um estudo publicado no RMD Open Rheumatic & Musculoskeletal Diseases. Em uma análise de mais de 220.000 participantes do sexo feminino no projeto UK Biobank, aquelas com menarca2 após os 14 anos tinham 13% mais probabilidade do que aquelas com menarca2 aos 13 anos de receber um diagnóstico4 de AR. E aquelas que iniciaram a menopausa3 antes dos 45 anos tinham 46% mais probabilidade de desenvolver AR em comparação com as mulheres que a experimentavam aos 50-51 anos.
1 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
2 Menarca: Refere-se à ocorrência da primeira menstruação.
3 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
4 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
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