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Um novo estudo, publicado no JAMA Neurology, mostrou que o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) é seguro para pessoas que tiveram um AVC ou outro evento cardíaco e pode melhorar o condicionamento físico mais rapidamente do que os programas convencionais de exercícios de reabilitação. O exercício de caminhada de alta intensidade ajudou os pacientes com AVC crônico1 a recuperar a capacidade de caminhar em comparação com o treinamento mais moderado. Os ganhos no teste de caminhada de 6 minutos após 12 semanas de treinamento foram de 71 m com intensidade vigorosa de treinamento versus 27 m com intensidade moderada de treinamento, uma diferença significativa.
1 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
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Em um estudo publicado na revista Nature Medicine, pesquisadores relataram ligações entre o eritritol, popular substituto do açúcar1 sem calorias2, e um risco aumentado de eventos cardiovasculares, incluindo ataque cardíaco e AVC. O adoçante, que costuma ser adicionado a muitos alimentos e bebidas de baixa ou zero caloria3, é apenas um dos muitos substitutos do açúcar1 que os pesquisadores questionaram em termos de seus riscos de segurança a longo prazo. Análises metabolômicas direcionadas mostraram um risco aproximadamente dobrado de eventos cardiovasculares adversos maiores entre pessoas com os níveis plasmáticos mais altos de eritritol em duas coortes de validação independentes, uma nos EUA e outra na Europa. O eritritol ainda parece induzir a coagulação4 no sangue5 e no plasma6 humanos.
1 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
2 Calorias: Dizemos que um alimento tem “x“ calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc.
3 Caloria: Dizemos que um alimento tem ”x” calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc. Carboidratos, proteínas, gorduras e álcool fornecem calorias na dieta. Carboidratos e proteínas têm 4 calorias em cada grama, gorduras têm 9 calorias por grama e álcool têm 7 calorias por grama.
4 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
6 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
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Bactérias orais podem entrar no sangue1 e desencadear marcas de atividade imunológica envolvidas na artrite reumatoide2, de acordo com um novo estudo, publicado na revista Science Translational Medicine, reforçando a ideia de que a doença gengival pode contribuir para a condição dolorosa das articulações3. Quando o número de bactérias bucais em cinco pessoas com artrite reumatoide2 atingiu o pico, também houve marcas de atividade de um tipo de célula4 imune chamada monócitos5, que são conhecidos por estarem envolvidos na resposta imune contra as articulações3 na artrite6.
1 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
2 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
3 Articulações:
4 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
5 Monócitos: É um tipo de leucócito mononuclear fagocitário, que se forma na medula óssea e é posteriormente transportado para os tecidos, onde se desenvolve em macrófagos.
6 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
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A dor contínua, como dor crônica nas costas1 ou no pescoço2, é difícil de tratar, então alguns médicos prescrevem antidepressivos. Agora, uma revisão das evidências, publicada no The British Medical Journal, diz que esses medicamentos geralmente não funcionam como tratamento. A única classe de antidepressivos que apresentou evidências de eficácia foi um tipo chamado inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina, ou ISRSNs. Mas mesmo esses reduziram a dor por um valor modesto: menos de 10 pontos em uma escala de 0 a 100.
1 Costas:
2 Pescoço:
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A duração apropriada dos antibióticos pós-operatórios para apendicite1 complexa não é clara. A crescente ameaça global de resistência antimicrobiana justifica o uso restritivo de antibióticos, o que também pode reduzir os efeitos colaterais2, o tempo de internação e os custos. Neste estudo, publicado no The Lancet, foi demonstrado que 2 dias de antibióticos intravenosos pós-operatórios para apendicite1 complexa não é inferior a 5 dias em termos de complicações infecciosas e mortalidade3 em 90 dias, com base em uma margem de não inferioridade de 7,5%.
1 Apendicite: Inflamação do apêndice cecal. Manifesta-se por abdome agudo, e requer tratamento cirúrgico. Sua complicação mais freqüente é a peritonite aguda.
2 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
3 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
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A inibição da via PCSK9, mais conhecida por suas ligações com dislipidemia, teve uma associação significativa com um risco reduzido de psoríase1, independentemente dos níveis lipídicos, de acordo com um estudo focado em variantes genéticas publicado no JAMA Dermatology. Essas descobertas abrem caminho para estudos futuros que podem permitir a seleção personalizada de medicamentos hipolipemiantes para pessoas com risco de psoríase1.
1 Psoríase: Doença imunológica caracterizada por lesões avermelhadas com descamação aumentada da pele dos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e costas juntamente com alterações das unhas (unhas em dedal). Evolui através do tempo com melhoras e pioras, podendo afetar também diferentes articulações.
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Dispositivos vestíveis, ou wearables, estão transformando o eletrocardiograma1 (ECG) em um teste médico onipresente. Este estudo, publicado no European Heart Journal Digital Health, avaliou a associação entre contrações ventriculares e atriais prematuras (CVPs e CAPs) detectadas em ECGs de formato vestível e desfechos cardiovasculares em indivíduos sem doença cardiovascular. As associações mais fortes foram encontradas entre CVPs e insuficiência cardíaca2 e entre CAPs e fibrilação atrial, com prematuridade mais curta aumentando ainda mais o risco.
1 Eletrocardiograma: Registro da atividade elétrica produzida pelo coração através da captação e amplificação dos pequenos potenciais gerados por este durante o ciclo cardíaco.
2 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
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Uma nova doença misteriosa pode ser a responsável pela inflamação1 grave e inexplicável em homens mais velhos. Agora, pesquisadores analisaram pela primeira vez em quem a doença ataca e com que frequência. Os resultados foram publicados no JAMA. A síndrome2 VEXAS, uma doença descoberta há apenas dois anos, com características reumatológicas e hematológicas causada por variantes somáticas no gene UBA1, afeta quase 1 em cada 4.000 homens com mais de 50 anos, e quase 1 em cada 13.600 indivíduos não aparentados, estimam os cientistas. A doença também ocorre em mulheres mais velhas, embora com menos frequência que nos homens.
1 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
2 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
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Em estudo publicado na revista científica Nutritional Neuroscience, uma equipe de pesquisadores revisou vários estudos anteriores que exploram os efeitos da canela nas funções cognitivas. A análise destaca o valor potencial da canela para prevenir ou reduzir problemas de memória ou aprendizado. O principal resultado da maioria dos estudos provou que a canela melhora significativamente a função cognitiva1. Estudos in vivo mostraram que o uso de canela ou seus componentes, como eugenol, cinamaldeído e ácido cinâmico, pode alterar positivamente a função cognitiva1. Estudos in vitro também mostraram que a adição de canela ou cinamaldeído a um meio celular pode reduzir a agregação de tau, a β amilóide e aumentar a viabilidade celular.
1 Cognitiva: 1. Relativa ao conhecimento, à cognição. 2. Relativa ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
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Pelo menos 22 doenças virais foram associadas a um risco aumentado de doença neurodegenerativa subsequente, de acordo com um estudo publicado na revista Neuron. Analisando bancos de dados, pesquisadores identificaram 45 exposições virais que estavam ligadas a um risco aumentado de demência1 ou outras doenças neurodegenerativas e replicaram 22 dessas associações. A maior associação de efeito foi entre a exposição à encefalite2 viral e a doença de Alzheimer3. A gripe4 com pneumonia5 foi significativamente associada a cinco das seis doenças neurodegenerativas estudadas. Também foi replicada a associação Epstein-Barr/esclerose múltipla6. Algumas dessas exposições foram associadas a um risco aumentado de neurodegeneração até 15 anos após a infecção7.
1 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
2 Encefalite: Inflamação do tecido encefálico produzida por uma infecção viral, bacteriana ou micótica (fungos).
3 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
4 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
5 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
6 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
7 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
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