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Um adesivo pequeno e flexível usado no peito1 pode criar imagens de ultrassom do coração2 à medida que as pessoas se movem. O dispositivo, o primeiro desse tipo, pode ajudar a diagnosticar várias condições médicas por meio de imagens do coração2 durante o exercício. O protótipo do adesivo, descrito em um estudo publicado na revista Nature, produziu imagens comparáveis às de um dispositivo portátil padrão usado para visualizar o coração2 antes e depois do exercício.
1 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
2 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
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Suplementos dietéticos do aminoácido serina podem aliviar a dor nos nervos relacionada ao diabetes1, de acordo com uma pesquisa em camundongos publicada na revista Nature. Quase metade das pessoas com diabetes1 tem neuropatia2 – uma condição na qual danos nos nervos causam fraqueza, dor e dormência3, geralmente nas mãos4 e nos pés. Estudando camundongos obesos geneticamente modificados para ter diabetes tipo 15 ou tipo 2, pesquisadores descobriram que, em comparação com camundongos sem nenhuma dessas condições, aqueles com diabetes1 tinham, em média, níveis mais baixos dos aminoácidos serina e glicina em seus tecidos e plasma sanguíneo6. Análises posteriores sugeriram que isso ocorre porque a insulina7 é necessária para prevenir a degradação desses aminoácidos. Ao receberem uma dieta enriquecida com serina, os camundongos experimentaram melhora da neuropatia2.
1 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
2 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
3 Dormência: 1. Estado ou característica de quem ou do que dorme. 2. No sentido figurado, inércia com relação a se fazer alguma coisa, a se tomar uma atitude, etc., resultando numa abulia ou falta de ação; entorpecimento, estagnação, marasmo. 3. Situação de total repouso; quietação. 4. No sentido figurado, insensibilidade espiritual de um ser diante do mundo. Sensação desagradável caracterizada por perda da sensibilidade e sensação de formigamento, e que geralmente ocorre nas extremidades dos membros. 5. Em biologia, é um período longo de inatividade, com metabolismo reduzido ou suspenso, geralmente associado a condições ambientais desfavoráveis; estivação.
4 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
5 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
6 Plasma Sanguíneo: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
7 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
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Se você espirra quando há pólen no ar, a composição de bactérias em seu nariz1 pode ser o problema. As pessoas que têm rinite2 alérgica, ou febre do feno3, têm uma mistura menos diversa de bactérias nasais do que as pessoas sem a doença, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Microbiology. Os resultados mostram que o microbioma4 nasal de pacientes com rinite2 alérgica mostra diferenças distintas em comparação com indivíduos saudáveis, incluindo menor heterogeneidade e maior abundância de uma espécie, Streptococcus salivarius. Esta bactéria5 comensal6 contribui para o desenvolvimento de rinite2 alérgica, promovendo a liberação de citocinas7 inflamatórias e alterações morfológicas no epitélio8 nasal que são características da rinite2 alérgica. O estudo indica o potencial de abordagens antibacterianas direcionadas para terapia da rinite2 alérgica.
1 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
2 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
3 Febre do Feno: Doença polínica, polinose, rinite alérgica estacional ou febre do feno. Deve-se à sensibilização aos componentes de polens, sendo que os alérgenos de pólen provocam sintomas clínicos quando em contato com a mucosa do aparelho respiratório e a conjuntiva de indivíduos previamente sensibilizados.
4 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
5 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
6 Comensal: 1. Diz-se de ou cada um dos que comem juntos. 2. Diz-se de ou indivíduo que habitualmente frequenta e come em casa de outrem. 3. No sentido figurado, em uso pejorativo, diz-se de ou indivíduo que vive à custa alheia; parasita. 4. Em ecologia, é aquilo ou aquele que vive em comensalismo (diz-se de organismo), ou seja, em relação ecológica interespecífica na qual duas espécies de animais se encontram associadas com benefício para uma delas mas sem prejuízo para a outra; inquilinismo.
7 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
8 Epitélio: Uma ou mais camadas de CÉLULAS EPITELIAIS, sustentadas pela lâmina basal, que recobrem as superfícies internas e externas do corpo.
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Um estudo de laboratório, publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revela como os medicamentos não antibióticos podem contribuir para a resistência aos medicamentos. Ao estudar bactérias cultivadas em laboratório, demonstrou-se que os antidepressivos em concentrações clinicamente relevantes induzem resistência a múltiplos antibióticos, mesmo após curtos períodos de exposição. A persistência do antibiótico também foi aumentada. Tais efeitos estão associados ao aumento de espécies reativas de oxigênio, respostas de assinatura de estresse aprimoradas e estimulação da expressão da bomba de efluxo. Considerando o alto consumo de antidepressivos, esses achados destacam a necessidade de reavaliar os efeitos colaterais1 semelhantes aos dos antibióticos observados com os antidepressivos.
1 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
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Uma Inteligência Artificial (IA) foi encarregada de projetar proteínas1 com propriedades antimicrobianas. De acordo com dados do estudo, publicado na revista Nature Biotechnology, algumas dessas proteínas1 foram então criadas e testadas na vida real e demonstraram funcionar. A mesma abordagem poderia eventualmente ser usada para fazer novos medicamentos. A IA, chamada ProGen, foi treinada em 280 milhões de sequências de proteínas1 de mais de 19.000 famílias. Dentre as proteínas1 projetadas pela IA, 100 moléculas foram criadas fisicamente e 66 participaram de reações químicas semelhantes às das proteínas1 naturais que destroem as bactérias da clara do ovo2 e da saliva. Isso sugeriu que essas novas proteínas1 também poderiam matar bactérias. Os pesquisadores selecionaram as cinco proteínas1 com reações mais intensas e as adicionaram a uma amostra da bactéria3 Escherichia coli. Duas das proteínas1 destruíram as bactérias.
1 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
2 Ovo: 1. Célula germinativa feminina (haploide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO. 2. Em alguns animais, como aves, répteis e peixes, é a estrutura expelida do corpo da mãe, que consiste no óvulo fecundado, com as reservas alimentares e os envoltórios protetores.
3 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
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Certas células1 de câncer2 de pele3 podem diferir em como respondem a vários tratamentos de acordo com seu tamanho, apontou um estudo publicado na revista Science Advances. Entender melhor esse mecanismo e como ele se relaciona com os resultados do tratamento pode ajudar os médicos a prever a resposta individual ao medicamento. Os achados mostraram que células1 de câncer2 de pele3 melanoma4 menores podem ser mais vulneráveis a drogas que bloqueiam o reparo do DNA, enquanto células1 maiores podem ser mais responsivas à imunoterapia. Este estudo fornece uma das primeiras demonstrações de fenômenos de dimensionamento de tamanho no câncer2 e como a morfologia influencia a química da célula5.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
4 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
5 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
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Pessoas com diabetes tipo 21 têm maior probabilidade de morrer de qualquer tipo de câncer2 do que a população em geral, sugeriu um estudo publicado na revista Diabetologia. Embora as razões não sejam claras, isso pode estar relacionado aos prolongados níveis elevados de açúcar3 no sangue4 e aos efeitos inflamatórios observados no diabetes tipo 21. Os resultados sugerem que o risco de morrer de qualquer tipo de câncer2 é 18% maior entre as pessoas com diabetes tipo 21, em comparação com a população em geral. O risco de morrer de câncer2 colorretal especificamente ou câncer2 que afeta o fígado5, pâncreas6 ou endométrio7, o tecido8 que reveste o útero9, era cerca de duas vezes maior. Os resultados também mostram que a mortalidade10 por câncer2 de mama11 foi 9% maior entre as participantes com diabetes tipo 21. Isso aumentou 4,1% ao ano entre as participantes mais jovens, definidas como aquelas com 55 anos no início do estudo.
1 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
6 Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
7 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
8 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
9 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
10 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
11 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
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Uma equipe da Harvard Medical School combinou histologia com tecnologias de imagem de célula1 única de ponta para criar mapas espaciais 2D e 3D em larga escala do câncer2 colorretal. Os mapas, descritos na revista Cell, apresentam extensas informações moleculares sobre características histológicas3 para fornecer novas informações sobre a estrutura do câncer2, bem como sobre como ele se forma, progride e interage com o sistema imunológico4. Os mapas mostraram que um único tumor5 pode ter seções mais ou menos invasivas e regiões de aparência mais ou menos maligna – resultando em gradientes histológicos6 e moleculares onde uma parte de um tumor5 transita para a próxima. Os mapas mostraram também que os ambientes imunológicos variaram dramaticamente dentro de um único tumor5, o que pode trazer implicações importantes para a imunoterapia.
1 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Histológicas: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
4 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
5 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
6 Histológicos: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
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Um novo estudo, publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, sugere que o microbioma1 intestinal pode ter um papel chave na calibração da temperatura corporal. Examinando2 dados de pacientes hospitalizados com sepse3, bem como de testes em camundongos, os pesquisadores por trás do estudo analisaram a relação entre bactérias intestinais, mudanças de temperatura e resultados de saúde4. Estudando amostras de bactérias intestinais retiradas de 116 pessoas com sepse3, descobriu-se que havia grandes variações na microbiota5 – e que as variações se correlacionavam com mudanças nas trajetórias de temperatura dos pacientes. Em testes adicionais em camundongos saudáveis com e sem microbioma1 bacteriano, temperaturas corporais básicas mais baixas foram observadas nos animais sem as bactérias – enquanto o tratamento com antibióticos também reduziu a temperatura corporal nos camundongos.
1 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
2 Examinando: 1. O que será ou está sendo examinado. 2. Candidato que se apresenta para ser examinado com o fim de obter grau, licença, etc., caso seja aprovado no exame.
3 Sepse: Infecção produzida por um germe capaz de provocar uma resposta inflamatória em todo o organismo. Os sintomas associados a sepse são febre, hipotermia, taquicardia, taquipnéia e elevação na contagem de glóbulos brancos. Pode levar à morte, se não tratada a tempo e corretamente.
4 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
5 Microbiota: Em ecologia, chama-se microbiota ao conjunto dos microrganismos que habitam um ecossistema, principalmente bactérias, protozoários e outros microrganismos que têm funções importantes na decomposição da matéria orgânica e, portanto, na reciclagem dos nutrientes. Fazem parte da microbiota humana uma quantidade enorme de bactérias que vivem em harmonia no organismo e auxiliam a ação do sistema imunológico e a nutrição, por exemplo.
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As pessoas que moram na mesma casa compartilham mais do que apenas um teto, elas podem compartilhar até um terço das cepas1 de bactérias presentes na boca2. Sejam familiares ou colegas de apartamento, os companheiros de casa tendem a ter os mesmos micróbios colonizando seus corpos e, quanto mais longa a coabitação, mais semelhantes esses microbiomas se tornam. Um estudo, publicado na revista Nature, aponta que 32% das cepas1 de bactérias orais foram compartilhadas por membros da mesma casa, em comparação com 12% das cepas1 de bactérias intestinais. Apenas 3% das bactérias da boca2 eram as mesmas entre membros não coabitantes da mesma população. A extensão da transmissão de microrganismos descrita neste estudo ressalta sua relevância em estudos de microbioma3 humano, especialmente aqueles sobre doenças não infecciosas associadas ao microbioma3.
1 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
2 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
3 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
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