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Pleurectomia/decorticação1 estendida combinada com quimioterapia2 com platina e pemetrexedo foi associada a piores resultados em pacientes com mesotelioma ressecável em comparação com quimioterapia2 isolada, de acordo com um ensaio randomizado3 apresentado na Conferência Mundial sobre Câncer4 de Pulmão5. O estudo MARS2 incluiu mais de 300 pacientes e descobriu que, com um acompanhamento médio de 22,4 meses, aqueles randomizados para receber cirurgia e quimioterapia2 tiveram uma sobrevida6 global (SG) de 19,3 meses, enquanto aqueles randomizados para quimioterapia2 sozinha tiveram uma SG mediana de 24,8 meses.
1 Decorticação: 1. O termo pode ser utilizado por alguns autores para se referir à retirada de parte ou da totalidade do córtex cerebral, geralmente realizada em animais, para experimentações científicas em laboratório. 2. Expressão utilizada para demonstrar rigidez de decorticação e denotar uma postura anormal, rígida, com os braços dobrados, os punhos cerrados e as pernas esticadas. O Dicionário Médico Blakiston diz que posição decorticada é a postura observada em casos de “lesões ao nível ou acima do pedúnculo cerebral superior, isto é, cujo córtex cerebral não está funcionando”. Segundo esta referência teórica, o paciente, quando em posição decorticada, mantém-se deitado em uma postura imóvel e muito rígida. Quando aplicado algum estímulo, pode haver uma exacerbação da postura, podendo o tronco apresentar-se em opistótono, ou seja, arqueado anteriormente.
2 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
3 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
4 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
5 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
6 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
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Apesar do progresso significativo na ciência da prevenção ao longo dos últimos 30 anos em desenvolver intervenções e políticas baseadas em evidências, não houve igual sucesso em atrair o apoio dos decisores políticos e em ganhar a aceitação pelas comunidades. Reconhecendo esta lacuna, os editores da revista científica Prevention Science lançaram um apelo aos cientistas para ajudarem a esclarecer e definir o conceito de uma “cultura de prevenção”. Tal cultura influenciaria a criação de uma infraestrutura para implementar e sustentar as estratégias mais eficazes informadas por pesquisas. Embora uma definição final aguarde mais investigação, o comentário resume elementos importantes que podem constituir essa definição em evolução e preparar o caminho para a implementação de programas de prevenção mais eficazes.   [Mais...]
O novo Índice de Qualidade Alimentar de Carboidratos, divulgado na revista científica Nutrients, visa apoiar formuladores de políticas e pesquisadores com um quadro nutricional completo sobre alimentos ricos em carboidratos. As métricas de qualidade alimentar de carboidratos que incorporam grãos integrais, potássio e sódio, além de açúcar1 e fibras, estão estrategicamente alinhadas com várias recomendações dietéticas de 2020-2025 e podem, portanto, ajudar na implementação de diretrizes alimentares atuais e futuras.
1 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
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Citando “evidências limitadas” de carcinogenicidade em humanos, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer1 classificou o aspartame2 como possivelmente carcinogênico para humanos e um comitê da OMS reafirmou a ingestão diária aceitável de 40 mg/kg de peso corporal. O aspartame2 é um adoçante artificial (químico) amplamente utilizado em vários produtos alimentícios e bebidas desde a década de 1980, incluindo bebidas dietéticas, goma de mascar, gelatina, sorvete, laticínios como iogurte, cereal matinal, creme dental e medicamentos como pastilhas para tosse e vitaminas mastigáveis.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Aspartame: Adoçante com quase nenhuma caloria e sem valor nutricional.
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Espera-se que o número total de pessoas vivendo com diabetes1 em todo o mundo mais que dobre nos próximos 30 anos, relataram pesquisadores do Estudo Global de Carga de Doenças, Lesões2 e Fatores de Risco (GBD) 2021. Com base em dados de 204 países e territórios, estimou-se que aproximadamente 529 milhões de pessoas viviam com diabetes1 em todo o mundo em 2021, um número projetado para crescer para mais de 1,31 bilhão até 2050, de acordo com o relatório publicado no The Lancet. O avanço da doença é impulsionado pelo alto IMC3, com determinantes sociais da saúde4 desempenhando um papel.
1 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
2 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
3 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
4 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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A American Heart Association e a American Stroke Association publicaram uma declaração científica destacando que mais da metade das pessoas que sobrevivem a um AVC ficam com algum comprometimento cognitivo1 pós-AVC. A declaração enfatiza a importância da triagem para identificar o comprometimento cognitivo1 e permitir o tratamento precoce. A declaração foi publicada no jornal científico Stroke.
1 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
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A Organização Mundial da Saúde1 (OMS) lançou uma nova diretriz sobre adoçantes sem açúcar2 (ASA), que recomenda contra o uso de ASA para controlar o peso corporal ou reduzir o risco de doenças não transmissíveis. A recomendação é baseada nos resultados de uma revisão sistemática das evidências disponíveis que sugerem que o uso de ASA não confere nenhum benefício a longo prazo na redução da gordura3 corporal em adultos ou crianças. Os resultados da revisão também sugerem que pode haver efeitos indesejáveis potenciais do uso prolongado de ASA, como um risco aumentado de diabetes tipo 24, doenças cardiovasculares5 e mortalidade6 em adultos.
1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
3 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
4 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
5 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
6 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
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A dieta cetogênica ou “keto”, que envolve consumir quantidades muito baixas de carboidratos e grandes quantidades de gorduras, vem ganhando popularidade. No entanto, um novo estudo apresentado na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology, juntamente com o Congresso Mundial de Cardiologia, sugere que uma dieta “tipo cetogênica” pode estar associada a níveis sanguíneos mais altos de colesterol1 LDL2 e a um risco duas vezes maior de eventos cardiovasculares como dor no peito3 (angina4), artérias5 bloqueadas que requerem colocação de stent, ataques cardíacos e AVCs.
1 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
2 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
3 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
4 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
5 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
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A pandemia1 de covid-19 pode ter levado a um aumento de bactérias resistentes a antibióticos. Embora um estudo de modelagem sugira que os vários lockdowns da Europa resultaram em um declínio nos casos de uma bactéria2 causadora de pneumonia3 entre 2019 e 2020, a proporção daquelas que eram resistentes aos antibióticos aumentou. O estudo de modelagem foi disponibilizado como um preprint na plataforma bioRxiv. As pessoas com covid-19 podem estar em maior risco de infecções4 bacterianas porque o combate aos vírus5 limita a capacidade do sistema imunológico6 de combater as bactérias invasoras. Co-infecções4 bacterianas confirmadas ou suspeitas podem ser tratadas com antibióticos, o que pode contribuir para que as bactérias se tornem resistentes aos medicamentos.
1 Pandemia: É uma epidemia de doença infecciosa que se espalha por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a pandemia pode se iniciar com o aparecimento de uma nova doença na população, quando o agente infecta os humanos, causando doença séria ou quando o agente dissemina facilmente e sustentavelmente entre humanos. Epidemia global.
2 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
3 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
4 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
6 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
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A Academia Americana de Pediatria divulgou em janeiro de 2023, na revista Pediatrics, novas orientações sobre como avaliar e tratar crianças com sobrepeso1 ou obesidade2, emitindo um documento de 73 páginas que argumenta que a obesidade2 não deve mais ser estigmatizada como simplesmente o resultado de escolhas pessoais, mas compreendida como uma doença complexa com implicações para a saúde3 a curto e longo prazo. Com base nesse raciocínio, as diretrizes – a primeira atualização do grupo em 15 anos – dizem que não há evidências para apoiar o atraso no tratamento de crianças com obesidade2 na esperança de que elas superem o problema. Em vez da abordagem gradual e por estágios recomendada no passado, pediatras e médicos de atenção primária devem adotar uma abordagem mais proativa, oferecendo encaminhamentos imediatos para programas intensivos de tratamento baseados em comportamento de saúde3 e estilo de vida, além de prescrever medicamentos para perda de peso ou aconselhar cirurgia em alguns casos.
1 Sobrepeso: Peso acima do normal, índice de massa corporal entre 25 e 29,9.
2 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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