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Um grande estudo de coorte1 de base populacional, publicado no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, encontrou um aumento de 55% no risco de fratura2 associado à sobrecarga de ferro. O risco foi maior entre pacientes com sobrecarga de ferro confirmada em laboratório, destacando a importância dos médicos considerarem iniciar a terapia para osteoporose3 em pacientes com ferritina sérica >1000 µg/L para minimizar o risco de fratura2.
1 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
2 Fratura: Solução de continuidade de um osso. Em geral é produzida por um traumatismo, mesmo que possa ser produzida na ausência do mesmo (fratura patológica). Produz como sintomas dor, mobilidade anormal e ruídos (crepitação) na região afetada.
3 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
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Um adesivo que aplica pulsos elétricos na pele1 pode ser usado antes ou depois de uma cirurgia para evitar que bactérias que vivem inofensivamente na pele1 entrem no corpo e causem envenenamento do sangue2, reduzindo nossa dependência de antibióticos. As descobertas foram publicadas no periódico científico Device.
1 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
2 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
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Os resultados do estudo – o maior ensaio randomizado1 de infecção2 da corrente sanguínea já feito – foram publicados no The New England Journal of Medicine. Eles mostram que tratar pacientes adultos hospitalizados com sepse3 devido a infecção2 da corrente sanguínea com um curso curto de antibióticos de uma semana não é diferente de um curso tradicional de duas semanas. O estudo incluiu 3.608 pacientes. A morte em 90 dias ocorreu em 14,5% daqueles que foram randomizados para um tratamento de sete dias e 16,1% daqueles que foram randomizados para um tratamento de 14 dias.
1 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
2 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Sepse: Infecção produzida por um germe capaz de provocar uma resposta inflamatória em todo o organismo. Os sintomas associados a sepse são febre, hipotermia, taquicardia, taquipnéia e elevação na contagem de glóbulos brancos. Pode levar à morte, se não tratada a tempo e corretamente.
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Entre mães, um histórico de transtornos alimentares ou índice de massa corporal1 (IMC2) fora da faixa normal foi associado a um risco maior de transtornos do neurodesenvolvimento e psiquiátricos em seus filhos, de acordo com um estudo de coorte3 baseado na população finlandesa, publicado no JAMA Network Open. Os maiores tamanhos de efeito foram para transtornos alimentares maternos não especificados em associação com transtornos do sono na infância e transtornos de funcionamento social e tiques. Para obesidade4 materna grave pré-gestacional, o maior tamanho de efeito foi para deficiências intelectuais.
1 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
2 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
3 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
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Pacientes com alopecia areata1 apresentaram maior prevalência2 de comorbidades3 autoimunes4 e psiquiátricas no diagnóstico5 e maior risco de novo surgimento dessas comorbidades3 após o diagnóstico5, de acordo com um estudo de coorte6 retrospectivo7 publicado no JAMA Dermatology. No momento do diagnóstico5 de alopecia areata1, 30,9% dos pacientes apresentavam comorbidades3 psiquiátricas em comparação com 26,8% dos controles não pareados sem alopecia areata1, enquanto 16,1% versus 8,9%, respectivamente, apresentavam comorbidades3 autoimunes4.
1 Alopecia areata: Doença de causa desconhecida, que atinge igualmente homens e mulheres, caracterizando-se pela queda repentina dos pêlos nas áreas afetadas, sem alteração da superfície cutânea. Entre as possíveis causas estão uma predisposição genética que seria estimulada por fatores como o estresse emocional e fenômenos autoimunes. É uma perda de cabelo localizada em áreas bem delimitadas, arredondadas ou ovais, do couro cabeludo ou de outras partes do corpo. Pode surgir em qualquer idade, embora 60% dos seus portadores tenham menos de 20 anos.
2 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
3 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
4 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
5 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
6 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
7 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
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Em um artigo publicado na revista Nature, pesquisadores descrevem a engenharia de uma insulina1 regulada pela glicose2 que pode alterar sua própria atividade em resposta à concentração de glicose2. A nova forma de insulina1 pode ligar e desligar automaticamente dependendo dos níveis de glicose2 no sangue3. Em animais, essa insulina1 ‘inteligente’ reduziu automaticamente as altas concentrações de açúcar4 no sangue3 de forma eficaz, ao mesmo tempo em que evitou que os níveis caíssem muito.
1 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
2 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
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As taxas de sobrevivência1 ao câncer2 de mama3 poderiam ser melhoradas simplesmente programando o tratamento para um estágio específico do ciclo menstrual? Em estudo publicado na revista Nature, pesquisadores revelam que o ciclo menstrual modifica a sensibilidade ao tratamento do câncer2 de mama3. Este resultado levanta novas possibilidades terapêuticas.
1 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
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Pesquisadores desenvolveram o primeiro implante1 de hidrogel projetado para uso em trompas de falópio. Essa inovação desempenha duas funções: uma é atuar como um contraceptivo, a outra é impedir que a receptora desenvolva endometriose2 em primeiro lugar ou interromper a disseminação caso isso aconteça. Eles descrevem suas descobertas em um estudo publicado no periódico Advanced Materials.
1 Implante: 1. Em cirurgia e odontologia é o material retirado do próprio indivíduo, de outrem ou artificialmente elaborado que é inserido ou enxertado em uma estrutura orgânica, de modo a fazer parte integrante dela. 2. Na medicina, é qualquer material natural ou artificial inserido ou enxertado no organismo. 3. Em patologia, é uma célula ou fragmento de tecido, especialmente de tumores, que migra para outro local do organismo, com subsequente crescimento.
2 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
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Um grande novo estudo, publicado no British Medical Journal, sugere que pode haver um bom motivo para comer chocolate: descobriu-se que pessoas que comiam chocolate tinham menor probabilidade de desenvolver diabetes tipo 21. Mas as descobertas vieram com uma ressalva importante. Apenas o chocolate amargo foi associado a um menor risco de desenvolver a doença, não o chocolate ao leite.
1 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
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Estudo recente revelou uma conexão intrigante entre o vício alimentar, ou dependência alimentar, caracterizado por comportamentos compulsivos como o consumo excessivo de alimentos, e vírus1 específicos presentes no intestino humano. No novo estudo, publicado na revista Nature Metabolism, mostrou-se que bacteriófagos Microviridae, particularmente Gokushovirus WZ-2015a, estão associados ao vício em comida e à obesidade2 em várias coortes humanas. Análises adicionais revelam que o vício em comida e o Gokushovirus estão ligados ao metabolismo3 da serotonina e da dopamina4.
1 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
2 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
3 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
4 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
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