news.med.br  -  Medical Journal
A doença renal1 crônica aumenta o risco de doença cardiovascular. Pouco se sabe sobre como a doença cardiovascular se associa ao risco futuro de insuficiência renal2 com terapia renal1 substitutiva. Neste estudo, publicado no European Heart Journal, foi demonstrado que eventos incidentes3 de doença cardiovascular associam-se forte e independentemente com risco futuro de insuficiência renal2 com terapia renal1 substitutiva, principalmente após insuficiência cardíaca4, e também após doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral5 e fibrilação atrial.
1 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
2 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
3 Incidentes: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
4 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
5 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
   [Mais...]

Usuários de antraciclinas com câncer1 de mama2 ou linfoma3 tiveram um risco precoce de insuficiência cardíaca congestiva4 (ICC) que persistiu durante o acompanhamento de longo prazo em um estudo de caso-controle de base populacional. Os resultados, publicados no JAMA Network Open, apontam para um risco cardiovascular várias vezes maior com o uso de antraciclinas, que persistiu por mais de duas décadas. A incidência5 cumulativa de IC em participantes com câncer1 tratados com antraciclina foi de 7,4% ao longo de 15 anos, mais de 2 vezes maior do que em controles pareados, e não foi significativo para um subgrupo de participantes com câncer1 não tratados com antraciclina em comparação com os controles.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
3 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
4 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
5 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
   [Mais...]

O tratamento de pacientes com câncer1 pancreático com quimioterapia2 antes da cirurgia melhorou significativamente as taxas de sobrevida3 de um ano em comparação com a cirurgia imediata, descobriu um ensaio clínico randomizado4 publicado no The Lancet Gastroenterology & Hepatology. A taxa de sobrevida3 global de um ano foi de 84% para FOLFIRINOX, 78% para gencitabina mais capecitabina e 60% para aqueles que receberam quimiorradioterapia à base de capecitabina, em comparação com 39% para cirurgia imediata. Não houve diferença significativa nas taxas de remoção cirúrgica entre os grupos de pacientes cirúrgico e neoadjuvante, e todos os tratamentos foram bem tolerados.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
3 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
4 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
   [Mais...]

Pesquisadores identificaram uma pílula usada para tratar uma doença de pele1 comum (psoríase2) como um tratamento “incrivelmente promissor” para o transtorno por uso de álcool. O estudo foi publicado recentemente no Journal of Clinical Investigation. Em média, as pessoas que receberam o medicamento, chamado apremilast, reduziram a ingestão de álcool em mais da metade – de cinco drinks por dia para dois.
1 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
2 Psoríase: Doença imunológica caracterizada por lesões avermelhadas com descamação aumentada da pele dos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e costas juntamente com alterações das unhas (unhas em dedal). Evolui através do tempo com melhoras e pioras, podendo afetar também diferentes articulações.
   [Mais...]

Estudo publicado no JAMA Pediatrics aponta que, entre uma amostra de jovens que relataram beber nos últimos 30 dias quando pesquisados no 3º ano do ensino médio, e que disseram ter se envolvido em consumo de álcool de alta intensidade (CAAI, 10 ou mais drinks consecutivos) quando pesquisados novamente por volta dos 20 anos, a iniciação de todos os três níveis de uso de álcool – primeira bebida, cinco ou mais bebidas seguidas e CAAI – ocorreram principalmente durante os anos de ensino médio. E isso aconteceu rápido: da primeira bebida ao CAAI levou em média 1,9 anos, enquanto o tempo desde a primeira bebedeira até o início do CAAI foi em média de apenas 0,7 anos.   [Mais...]
Um adesivo pequeno e flexível usado no peito1 pode criar imagens de ultrassom do coração2 à medida que as pessoas se movem. O dispositivo, o primeiro desse tipo, pode ajudar a diagnosticar várias condições médicas por meio de imagens do coração2 durante o exercício. O protótipo do adesivo, descrito em um estudo publicado na revista Nature, produziu imagens comparáveis às de um dispositivo portátil padrão usado para visualizar o coração2 antes e depois do exercício.
1 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
2 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
   [Mais...]

Suplementos dietéticos do aminoácido serina podem aliviar a dor nos nervos relacionada ao diabetes1, de acordo com uma pesquisa em camundongos publicada na revista Nature. Quase metade das pessoas com diabetes1 tem neuropatia2 – uma condição na qual danos nos nervos causam fraqueza, dor e dormência3, geralmente nas mãos4 e nos pés. Estudando camundongos obesos geneticamente modificados para ter diabetes tipo 15 ou tipo 2, pesquisadores descobriram que, em comparação com camundongos sem nenhuma dessas condições, aqueles com diabetes1 tinham, em média, níveis mais baixos dos aminoácidos serina e glicina em seus tecidos e plasma sanguíneo6. Análises posteriores sugeriram que isso ocorre porque a insulina7 é necessária para prevenir a degradação desses aminoácidos. Ao receberem uma dieta enriquecida com serina, os camundongos experimentaram melhora da neuropatia2.
1 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
2 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
3 Dormência: 1. Estado ou característica de quem ou do que dorme. 2. No sentido figurado, inércia com relação a se fazer alguma coisa, a se tomar uma atitude, etc., resultando numa abulia ou falta de ação; entorpecimento, estagnação, marasmo. 3. Situação de total repouso; quietação. 4. No sentido figurado, insensibilidade espiritual de um ser diante do mundo. Sensação desagradável caracterizada por perda da sensibilidade e sensação de formigamento, e que geralmente ocorre nas extremidades dos membros. 5. Em biologia, é um período longo de inatividade, com metabolismo reduzido ou suspenso, geralmente associado a condições ambientais desfavoráveis; estivação.
4 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
5 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
6 Plasma Sanguíneo: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
7 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
   [Mais...]

Se você espirra quando há pólen no ar, a composição de bactérias em seu nariz1 pode ser o problema. As pessoas que têm rinite2 alérgica, ou febre do feno3, têm uma mistura menos diversa de bactérias nasais do que as pessoas sem a doença, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Microbiology. Os resultados mostram que o microbioma4 nasal de pacientes com rinite2 alérgica mostra diferenças distintas em comparação com indivíduos saudáveis, incluindo menor heterogeneidade e maior abundância de uma espécie, Streptococcus salivarius. Esta bactéria5 comensal6 contribui para o desenvolvimento de rinite2 alérgica, promovendo a liberação de citocinas7 inflamatórias e alterações morfológicas no epitélio8 nasal que são características da rinite2 alérgica. O estudo indica o potencial de abordagens antibacterianas direcionadas para terapia da rinite2 alérgica.
1 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
2 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
3 Febre do Feno: Doença polínica, polinose, rinite alérgica estacional ou febre do feno. Deve-se à sensibilização aos componentes de polens, sendo que os alérgenos de pólen provocam sintomas clínicos quando em contato com a mucosa do aparelho respiratório e a conjuntiva de indivíduos previamente sensibilizados.
4 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
5 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
6 Comensal: 1. Diz-se de ou cada um dos que comem juntos. 2. Diz-se de ou indivíduo que habitualmente frequenta e come em casa de outrem. 3. No sentido figurado, em uso pejorativo, diz-se de ou indivíduo que vive à custa alheia; parasita. 4. Em ecologia, é aquilo ou aquele que vive em comensalismo (diz-se de organismo), ou seja, em relação ecológica interespecífica na qual duas espécies de animais se encontram associadas com benefício para uma delas mas sem prejuízo para a outra; inquilinismo.
7 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
8 Epitélio: Uma ou mais camadas de CÉLULAS EPITELIAIS, sustentadas pela lâmina basal, que recobrem as superfícies internas e externas do corpo.
   [Mais...]

Um estudo de laboratório, publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revela como os medicamentos não antibióticos podem contribuir para a resistência aos medicamentos. Ao estudar bactérias cultivadas em laboratório, demonstrou-se que os antidepressivos em concentrações clinicamente relevantes induzem resistência a múltiplos antibióticos, mesmo após curtos períodos de exposição. A persistência do antibiótico também foi aumentada. Tais efeitos estão associados ao aumento de espécies reativas de oxigênio, respostas de assinatura de estresse aprimoradas e estimulação da expressão da bomba de efluxo. Considerando o alto consumo de antidepressivos, esses achados destacam a necessidade de reavaliar os efeitos colaterais1 semelhantes aos dos antibióticos observados com os antidepressivos.
1 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
   [Mais...]

Uma Inteligência Artificial (IA) foi encarregada de projetar proteínas1 com propriedades antimicrobianas. De acordo com dados do estudo, publicado na revista Nature Biotechnology, algumas dessas proteínas1 foram então criadas e testadas na vida real e demonstraram funcionar. A mesma abordagem poderia eventualmente ser usada para fazer novos medicamentos. A IA, chamada ProGen, foi treinada em 280 milhões de sequências de proteínas1 de mais de 19.000 famílias. Dentre as proteínas1 projetadas pela IA, 100 moléculas foram criadas fisicamente e 66 participaram de reações químicas semelhantes às das proteínas1 naturais que destroem as bactérias da clara do ovo2 e da saliva. Isso sugeriu que essas novas proteínas1 também poderiam matar bactérias. Os pesquisadores selecionaram as cinco proteínas1 com reações mais intensas e as adicionaram a uma amostra da bactéria3 Escherichia coli. Duas das proteínas1 destruíram as bactérias.
1 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
2 Ovo: 1. Célula germinativa feminina (haploide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO. 2. Em alguns animais, como aves, répteis e peixes, é a estrutura expelida do corpo da mãe, que consiste no óvulo fecundado, com as reservas alimentares e os envoltórios protetores.
3 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
   [Mais...]

» O tamanho das células do câncer de pele pode afetar a forma como elas respondem ao tratamento
» Diabetes tipo 2 foi associado a um risco aumentado de morrer de câncer
» Mapas detalhados de câncer colorretal ajudam a entender melhor a dinâmica da doença
» O microbioma intestinal modula a temperatura corporal tanto na sepse quanto na saúde
» Microbiomas oral e intestinal são moldados pelos contatos sociais, através da transmissão de microrganismos
» O ato de habitualmente morder a boca está frequentemente associado ao estresse e à ansiedade
» Estudo aponta ligações genéticas entre endometriose e distúrbios psiquiátricos
» Solução salina intranasal pode ser suficiente para o distúrbio respiratório do sono de algumas crianças
» A perda de informações epigenéticas pode levar ao envelhecimento, mas sua restauração pode revertê-lo
» Aditivo utilizado em alimentos processados foi associado ao risco de diabetes tipo 2


Visualizar: Títulos | Resumos
  • Entrar
  • Receber conteúdos