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Smartwatches, ou relógios inteligentes, podem detectar a doença de Parkinson1 sete anos antes de os principais sintomas2 aparecerem, descobriu um novo estudo publicado na revista Nature Medicine. Usando inteligência artificial (IA), os pesquisadores analisaram a velocidade dos movimentos dos participantes durante um período de sete dias e previram quem mais tarde desenvolveria a doença. O estudo concluiu que a acelerometria3 é uma ferramenta de triagem potencialmente importante e de baixo custo para determinar pessoas em risco de desenvolver a doença de Parkinson1.
1 Doença de Parkinson: Doença degenerativa que afeta uma região específica do cérebro (gânglios da base), e caracteriza-se por tremores em repouso, rigidez ao realizar movimentos, falta de expressão facial e, em casos avançados, demência. Os sintomas podem ser aliviados por medicamentos adequados, mas ainda não se conhece, até o momento, uma cura definitiva.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Acelerometria: Método de análise utilizado em avaliações biomecânicas do movimento humano. É uma ferramenta aplicada em áreas da saúde como Educação Física, Fisioterapia e Medicina. Através do acelerômetro é possível mensurar as acelerações provocadas e sofridas pelo corpo humano. Esse transdutor detecta o movimento produzido por mudança na velocidade ou no padrão de movimentos corporais. Devido ao fato de a maioria dos gestos motores do corpo humano ocorrer em mais de um eixo de movimento, dá-se preferência aos acelerômetros triaxiais que permitem medir a aceleração em cada um dos eixos ortogonais.
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Pessoas de meia-idade que não dormem o suficiente são menos propensas a ver os benefícios do exercício quando se trata de proteger contra um declínio em habilidades como memória e pensamento. Em um novo estudo, publicado no The Lancet Healthy Longevity, pesquisadores apontam que pessoas na faixa dos 50 e 60 anos que realizavam atividades físicas regulares, mas dormiam menos de seis horas por noite, sofreram declínio cognitivo1 tão rápido quanto aquelas que faziam menos exercícios em um acompanhamento de 10 anos.
1 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
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Flutuações nos níveis de colesterol1 total e de triglicerídeos em pessoas com 60 anos ou mais foram associadas a um maior risco de demência2 incidente3, incluindo a doença de Alzheimer4, mostrou um estudo longitudinal publicado no jornal científico Neurology. Durante um acompanhamento médio de 12,9 anos, os participantes no quintil5 mais alto da variabilidade do colesterol1 total versus o quintil5 mais baixo tiveram um risco 19% maior de Alzheimer6 ou demências relacionadas incidentes7. Aqueles no quintil5 mais alto de variabilidade de triglicerídeos tiveram um risco 23% maior em comparação com o quintil5 mais baixo.
1 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
2 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
3 Incidente: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
4 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
5 Quintil: 1. Em estatística, diz-se de ou qualquer separatriz que divide a área de uma distribuição de frequência em cinco domínios de áreas iguais. O termo quintil também é utilizado, por vezes, para designar uma das quintas partes da amostra ordenada. 2. Em astronomia, é o aspecto de dois planetas distantes 72° entre si (distância angular correspondente a um quinto do Zodíaco). 3. Em matemática, é o mesmo que quíntico. A palavra quintil deriva do latim quintus, que significa quinto.
6 Alzheimer: Doença degenerativa crônica que produz uma deterioração insidiosa e progressiva das funções intelectuais superiores. É uma das causas mais freqüentes de demência. Geralmente começa a partir dos 50 anos de idade e tem incidência similar entre homens e mulheres.
7 Incidentes: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
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Uma dupla dinâmica formada por um antiviral unido a um fragmento1 de anticorpo2 oferece forte proteção contra os dois principais tipos de influenza3 que infectam humanos, segundo pesquisa em camundongos publicada na revista Science Immunology. Os resultados mostram que camundongos repelem o vírus4 influenza3 A e seu parente próximo, influenza3 B, quando recebem o conjugado composto por um nanocorpo anti cadeia leve kappa das imunoglobulinas5 de camundongos ligado ao inibidor de neuraminidase zanamivir.
1 Fragmento: 1. Pedaço de coisa que se quebrou, cortou, rasgou etc. É parte de um todo; fração. 2. No sentido figurado, é o resto de uma obra literária ou artística cuja maior parte se perdeu ou foi destruída. Ou um trecho extraído de uma obra.
2 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
3 Influenza: Doença infecciosa, aguda, de origem viral que acomete o trato respiratório, ocorrendo em epidemias ou pandemias e frequentemente se complicando pela associação com outras infecções bacterianas.
4 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
5 Imunoglobulinas: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
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Observações anteriores de que pacientes com lesões1 na medula espinhal2 são propensos a desenvolver infecções3 podem agora ter uma explicação. Os biomarcadores da atividade imune ficaram deprimidos por pelo menos 2 semanas após a lesão4 da medula espinhal2 (LME), pesquisadores descobriram em um estudo prospectivo5, publicado na revista Brain. Além disso, o grau de supressão imunológica se correlacionou com a gravidade e localização das LMEs. O estudo concluiu que pacientes com lesão4 da medula espinhal2 podem adquirir uma síndrome6 de imunodeficiência7 neurogênica secundária, caracterizada por expressão reduzida de mHLA-DR e hipogamaglobulinemia relativa.
1 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
2 Medula Espinhal:
3 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
5 Prospectivo: 1. Relativo ao futuro. 2. Suposto, possível; esperado. 3. Relativo à preparação e/ou à previsão do futuro quanto à economia, à tecnologia, ao plano social etc. 4. Em geologia, é relativo à prospecção.
6 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
7 Imunodeficiência: Distúrbio do sistema imunológico que se caracteriza por um defeito congênito ou adquirido em um ou vários mecanismos que interferem na defesa normal de um indivíduo perante infecções ou doenças tumorais.
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Em comunicado, a Pfizer anunciou a aprovação pela FDA do inibidor de Janus quinase (JAK) ritlecitinibe (Litfulo) para adultos e adolescentes com alopecia areata1 grave. Ritlecitinibe é o segundo inibidor de JAK oral aprovado para alopecia areata1 (o primeiro sendo baricitinibe [Olumiant]) e o primeiro tratamento aprovado para adolescentes de 12 anos ou mais com a condição de queda de cabelo2. No estudo que deu suporte à aprovação do medicamento, 23% dos pacientes randomizados para ritlecitinibe tinham ≥80% de cobertura capilar3 após 6 meses, em comparação com 1,6% do grupo placebo4.
1 Alopecia areata: Doença de causa desconhecida, que atinge igualmente homens e mulheres, caracterizando-se pela queda repentina dos pêlos nas áreas afetadas, sem alteração da superfície cutânea. Entre as possíveis causas estão uma predisposição genética que seria estimulada por fatores como o estresse emocional e fenômenos autoimunes. É uma perda de cabelo localizada em áreas bem delimitadas, arredondadas ou ovais, do couro cabeludo ou de outras partes do corpo. Pode surgir em qualquer idade, embora 60% dos seus portadores tenham menos de 20 anos.
2 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
3 Capilar: 1. Na medicina, diz-se de ou tubo endotelial muito fino que liga a circulação arterial à venosa. Qualquer vaso. 2. Na física, diz-se de ou tubo, em geral de vidro, cujo diâmetro interno é diminuto. 3. Relativo a cabelo, fino como fio de cabelo.
4 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
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Uma análise de 11.000 cânceres humanos revela como grandes alterações cromossômicas podem promover ou retardar o crescimento do tumor1. Usando uma ferramenta computacional desenvolvida por eles, pesquisadores descobriram que ter poucas ou muitas cópias de certos cromossomos2 ou partes de cromossomos2 – um estado conhecido como aneuploidia3 – impulsiona a progressão do câncer4. As descobertas, publicadas na Nature, podem levar a novas formas de orientar o tratamento do câncer4 ou desenvolver medicamentos direcionados.
1 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
2 Cromossomos: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
3 Aneuploidia: Aneuplóide é a celula que teve o seu material genético alterado, sendo portadora de um número cromossômico diferente do normal da espécie. Podendo ter uma diminuição ou um aumento do número de pares de cromossomos, porém não de todos. As mais comuns são: trissomia (três cromossomos ao invés de dois) ou monossomia (um cromossomo ao invés de dois).
4 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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Pesquisadores identificaram o primeiro marcador genético da gravidade da esclerose múltipla1. A análise de dados de mais de 22.000 pessoas com esclerose múltipla1 ajudou os pesquisadores a identificar uma variante genética associada à gravidade da doença. A variante genética foi observada em pessoas que tiveram uma progressão mais rápida da doença, resultando em maior incapacidade. A descoberta, que foi publicada na revista Nature, pode levar a tratamentos mais eficazes para a doença.
1 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
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A terapia hormonal na menopausa1 foi associada à demência2 e à doença de Alzheimer3, mesmo em mulheres que receberam tratamento aos 55 anos ou menos de idade, sugeriu um grande estudo observacional na Dinamarca, publicado no The British Medical Journal. Mulheres de 50 a 60 anos que receberam terapia com estrogênio-progesterona tiveram um risco aumentado de demência2 por todas as causas em comparação com mulheres que nunca usaram o tratamento. As razões de risco aumentaram com durações de uso mais longas, de 1,21 para 1 ano ou menos para 1,74 para mais de 12 anos.
1 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
2 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
3 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
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Neste estudo, publicado na revista Nature, descobriu-se que, além de suprimir o apetite, o GDF15 neutraliza reduções compensatórias no gasto de energia, provocando maior perda de peso e reduções na doença hepática1 gordurosa não alcoólica (DHGNA) em comparação com a restrição calórica sozinha. Os dados indicam que o direcionamento terapêutico da via GDF15-GFRAL pode ser útil para manter o gasto energético no músculo esquelético2 durante a restrição calórica.
1 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
2 Músculo Esquelético: Subtipo de músculo estriado fixado por TENDÕES ao ESQUELETO. Os músculos esqueléticos são inervados e seu movimento pode ser conscientemente controlado. Também são chamados de músculos voluntários.
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