Risco de histerectomia 5 anos após ablação endometrial é de 12%
Estudo publicado na revista científica Obstetrics & Gynecology buscou avaliar o risco de histerectomia1 após ablação2 endometrial não ressectoscópica em pacientes com sangramento menstrual intenso.
Os bancos de dados EMBASE, MEDLINE, ClinicalTrials.gov e Cochrane foram pesquisados para artigos elegíveis desde o início até 13 de junho de 2022. Usou-se combinações de termos de pesquisa para ablação2 endometrial e histerectomia1.
Os artigos incluídos na revisão descreveram a incidência3 de histerectomia1 em um ponto específico no tempo após a ablação2, com duração mínima de acompanhamento de 12 meses.
A busca na literatura resultou em um total de 3.022 ocorrências. Um total de 53 estudos preencheram os critérios de inclusão e exclusão, incluindo seis estudos retrospectivos, 24 ensaios clínicos4 randomizados e 23 estudos prospectivos.
Um total de 48.071 pacientes foram submetidas à ablação2 endometrial entre 1992 e 2017. A duração do seguimento variou entre 12 e 120 meses.
Análises por momento de acompanhamento mostraram taxa de histerectomia1 de 4,3% em 12 meses de acompanhamento (n = 29 estudos), 11,1% em 18 meses (n = 1 estudo), 8,0% em 24 meses (n = 11 estudos), 10,2% aos 36 meses (n = 12 estudos), 7,6% aos 48 meses (n = 2 estudos) e 12,4% aos 60 meses (n = 6 estudos).
Dois estudos relataram uma taxa média de histerectomia1 em 10 anos após a ablação2 de 21,3%. Diferenças clinicamente relevantes mínimas nas taxas de histerectomia1 foram observadas entre os diferentes desenhos de estudo. Além disso, não foram encontradas diferenças significativas na taxa de histerectomia1 entre os diferentes dispositivos de ablação2 endometrial não ressectoscópica.
Este estudo concluiu que o risco de histerectomia1 após ablação2 endometrial parece aumentar de 4,3% após 1 ano para 12,4% após 5 anos. Os médicos podem usar os resultados desta revisão para aconselhar as pacientes sobre o risco de 12% de histerectomia1 5 anos após a ablação2 endometrial.
Leia sobre "Histerectomia1 ou retirada do útero5", "Menorragia6", "Endometriose7" e "Histeroscopia8: como é o exame".
Fonte: Obstetrics & Gynecology, Vol. 142, Nº 1, em julho de 2023.