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Estudo aponta grande salto na taxa de sobrevivência ao câncer de mama

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O número de pessoas que morrem após um diagnóstico1 de câncer2 de mama3 diminuiu em dois terços desde a década de 1990, mostrou um estudo com mais de meio milhão de mulheres na Inglaterra, publicado no The British Medical Journal.

O estudo investigou a mortalidade4 por câncer2 de mama3 em 500.000 mulheres com câncer2 de mama3 invasivo precoce na Inglaterra, de 1993-2015, e mostrou que as mulheres diagnosticadas desde 2010 têm um risco muito menor de morrer do que aquelas diagnosticadas na década de 1990.

O objetivo do estudo foi descrever a mortalidade4 por câncer2 de mama3 em longo prazo entre mulheres com diagnóstico1 de câncer2 de mama3 no passado e estimar os riscos absolutos de mortalidade4 por câncer2 de mama3 para grupos de pacientes com diagnóstico1 recente.

Leia sobre "Sete recomendações do INCA para reduzir a mortalidade4 por câncer2 de mama3 no Brasil".

Este estudo de coorte5 observacional de base populacional utilizou dados coletados rotineiramente do Serviço Nacional de Registro e Análise de Câncer2.

As participantes foram todas as 512.447 mulheres registradas com câncer2 de mama3 invasivo precoce (envolvendo apenas mama3 e possivelmente nódulos axilares) na Inglaterra durante o período de janeiro de 1993 a dezembro de 2015, com acompanhamento até dezembro de 2020.

As principais medidas de resultado foram taxas anuais de mortalidade4 por câncer2 de mama3 e riscos cumulativos por tempo desde o diagnóstico1, período do calendário de diagnóstico1 e nove características de pacientes e tumores.

Para as mulheres com diagnóstico1 feito dentro de cada um dos períodos do calendário 1993-99, 2000-04, 2005-09 e 2010-15, a taxa bruta anual de mortalidade4 por câncer2 de mama3 foi maior durante os cinco anos após o diagnóstico1 e depois diminuiu.

Para qualquer momento desde o diagnóstico1, as taxas brutas anuais de mortalidade4 por câncer2 de mama3 e os riscos diminuíram com o aumento do período do calendário. O risco bruto de mortalidade4 por câncer2 de mama3 em cinco anos foi de 14,4% (intervalo de confiança de 95% 14,2% a 14,6%) para mulheres com diagnóstico1 feito entre 1993-99 e 4,9% (4,8% a 5,0%) para mulheres com diagnóstico1 feito entre 2010-15.

As taxas anuais ajustadas de mortalidade4 por câncer2 de mama3 também diminuíram com o aumento do período do calendário em quase todos os grupos de pacientes, por um fator de cerca de três na doença com receptor de estrogênio positivo e cerca de dois na doença com receptor de estrogênio negativo.

Considerando apenas as mulheres com diagnóstico1 feito durante 2010-15, o risco cumulativo de mortalidade4 por câncer2 de mama3 em cinco anos variou substancialmente entre mulheres com diferentes características: foi <3% para 62,8% (96.085/153.006) das mulheres, mas ≥20% para 4,6% (6.962/153.006) das mulheres.

Esses riscos de mortalidade4 por câncer2 de mama3 em cinco anos para pacientes6 com diagnóstico1 recente podem ser usados para estimar os riscos de mortalidade4 por câncer2 de mama3 para pacientes6 hoje.

O prognóstico7 para mulheres com câncer2 de mama3 invasivo precoce melhorou substancialmente desde a década de 1990. A maioria pode esperar se tornar sobrevivente de câncer2 de longo prazo, embora para algumas o risco permaneça apreciável.

Saiba mais sobre "Câncer2 de mama3 - o que é" e "Câncer2 de mama3 - como se preparar para uma consulta".

 

Fontes:
The British Medical Journal, publicação em 13 de junho de 2023.
Nature, notícia publicada em 23 de junho de 2023.

 

NEWS.MED.BR, 2023. Estudo aponta grande salto na taxa de sobrevivência ao câncer de mama. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/1441255/estudo-aponta-grande-salto-na-taxa-de-sobrevivencia-ao-cancer-de-mama.htm>. Acesso em: 28 abr. 2024.

Complementos

1 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
4 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
5 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
6 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
7 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
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