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De acordo com um novo estudo, publicado na revista Science Advances, o vírus1 da gripe2 pega carona com partículas finas do ar para penetrar profundamente no pulmão3. Pesquisas em camundongos mostraram que a poluição por partículas finas transporta o vírus1 e o ajuda a entrar nas células4. A partir daí, o sangue5 o transporta para órgãos distantes. Isso pode explicar por que a gripe2 piora quando a qualidade do ar é ruim.
1 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
2 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
3 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
4 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
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A retinopatia da prematuridade é uma condição ocular que afeta a retina1 em bebês2 prematuros e pode causar deficiência visual e cegueira em crianças, sendo uma das principais causas de cegueira infantil. Embora os programas de triagem possam ajudar a prevenir a progressão da retinopatia da prematuridade, existem preocupações sobre a escassez de oftalmologistas pediátricos para realizar essas triagens. Um estudo recente publicado na revista The Lancet Digital Health relata que um aplicativo de inteligência artificial (IA) sem código que não requer experiência em codificação ou hardware caro pode detectar com precisão a retinopatia da prematuridade grave.
1 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
2 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
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Neste estudo, publicado na revista Nature, apresentou-se a matriz de tumor1 de pele2 por microporação (STAMP) – uma abordagem pré-clínica que combina imagens de lapso de tempo (time lapse) de alto rendimento com sequenciamento de última geração de matrizes tumorais. A abordagem STAMP captura as relações dinâmicas dos componentes espaciais, celulares e moleculares da rejeição tumoral e tem o potencial de traduzir conceitos terapêuticos em estratégias clínicas bem-sucedidas.
1 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
2 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
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A função das células1 imunes chamadas células1 B no câncer2 tem sido controversa. O sequenciamento de célula3 única identificou um subconjunto não descrito anteriormente de células1 B que expressam uma proteína chamada TIM-1 e que se multiplicam em resposta ao crescimento do tumor4 de melanoma5. A deleção do gene que codifica TIM-1 nessas células1 desencadeou uma resposta imune antitumoral. O estudo descrevendo essas moléculas de checkpoint específicas de células1 B que regulam a imunidade6 antitumoral foi publicado na revista Nature.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
4 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
5 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
6 Imunidade: Capacidade que um indivíduo tem de defender-se perante uma agressão bacteriana, viral ou perante qualquer tecido anormal (tumores, enxertos, etc.).
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Em um novo estudo, publicado European Heart Journal Open, foi demonstrado, em mais de 8.000 pacientes, que o tempo gasto no exercício é o determinante mais importante dos benefícios do exercício, e que benefícios semelhantes podem ser alcançados com diferentes tipos e intensidades de exercício. O mais interessante foi que, em pacientes com doença cardiovascular bem tratados, até um terço dos efeitos do exercício são mediados pela melhora nos fatores de risco cardiovascular tradicionais, principalmente inflamação1 sistêmica e resistência à insulina2.
1 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
2 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
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Após hemorragia subaracnoidea1 aneurismática, o uso de drenos lombares tem sido sugerido para diminuir a incidência2 de isquemia3 cerebral tardia e melhorar o resultado a longo prazo. Neste estudo, publicado no JAMA Neurology, a drenagem4 lombar profilática após hemorragia subaracnoidea1 aneurismática diminuiu o fardo do infarto5 secundário e diminuiu a taxa de resultado desfavorável em 6 meses. Esses achados suportam o uso de drenos lombares após hemorragia subaracnoidea1 aneurismática.
1 Hemorragia subaracnoidea: Hemorragia subaracnoide ou subaracnoidea é um derramamento de sangue que se dá no espaço subaracnoideo compreendido entre duas meninges, a aracnoide e a pia-máter. Este espaço contém o líquor. Essas meninges, além da dura-máter, são membranas que envolvem o sistema nervoso. A origem habitual deste sangue é a ruptura de um vaso sanguíneo enfraquecido (quer seja por uma malformação arteriovenosa, quer por um aneurisma). Quando um vaso sanguíneo está afetado pela aterosclerose ou por uma infecção, pode produzir-se a rotura do mesmo. Tais rupturas podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequentes entre os 25 e os 50 anos. Raramente ela ocorre por um traumatismo craniano.
2 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
3 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
4 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
5 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
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O cromossomo1 Y pode explicar por que os homens são menos propensos do que as mulheres a sobreviver a alguns tipos de câncer2, de acordo com estudos que combinam dados de camundongos e humanos. Dois estudos, ambos publicados na revista Nature, abordam cânceres particularmente agressivos em homens: câncer2 colorretal e câncer2 de bexiga3. Um estudo descobriu que a perda de todo o cromossomo1 Y em algumas células4 – que ocorre naturalmente à medida que os homens envelhecem – aumenta o risco de câncer2 de bexiga3 agressivo e pode permitir que os tumores da bexiga3 escapem da detecção pelo sistema imunológico5. O outro descobriu que um determinado gene do cromossomo1 Y em camundongos aumenta o risco de alguns cânceres colorretais se espalharem para outras partes do corpo.
1 Cromossomo: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
4 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
5 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
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Novo estudo, publicado na Cell Host & Microbe, analisou as diferenças na assinatura microbiana intestinal de pessoas sem pólipos1 do cólon2, com adenomas tubulares ou com adenomas serrilhados sésseis. Dezenove espécies bacterianas foram significativamente diferentes em pacientes com adenomas tubulares do que em outras populações. Em pacientes com adenomas serrilhados sésseis, oito espécies foram significativamente diferentes. Fatores ambientais, como dieta e medicamentos, estão ligados à maioria das espécies microbianas identificadas. Os achados sugerem que as dependências únicas de cada lesão3 pré-maligna podem ser exploradas terapeuticamente ou por meio de intervenção dietética.
1 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
2 Cólon:
3 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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Em estudo publicado no periódico Scientific Reports, pesquisadores relatam que os pesticidas podem ser fatores de risco em casos de perda gestacional recorrente espontânea. Os níveis plasmáticos de PCB, DDE, dieldrin e etion foram significativamente maiores em casos de perda gestacional recorrente do que em gestações normais. Eles estão associados com um aumento do estresse oxidativo placentário e apoptose1 placentária. Medidas específicas devem ser tomadas para diminuir a exposição materna a essas fontes de poluentes, especialmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
1 Apoptose: Morte celular não seguida de autólise, também conhecida como “morte celular programada“.
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O uso diário de probióticos1 mostrou-se promissor como tratamento adjuvante para pacientes2 com transtorno depressivo maior (TDM), de acordo com um estudo piloto randomizado3, publicado no JAMA Psychiatry. As descobertas apontam que o eixo microbiota4-intestino-cérebro5 pode ser um alvo importante para novos tratamentos. Em 8 semanas, os pacientes do grupo probiótico6 alcançaram melhorias numericamente maiores nos sintomas7 depressivos e de ansiedade em comparação com o placebo8.
1 Probióticos: Suplemento alimentar, rico em micro-organismos vivos, que afeta de forma benéfica seu consumidor, através da melhoria do balanço microbiano intestinal.
2 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
3 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
4 Microbiota: Em ecologia, chama-se microbiota ao conjunto dos microrganismos que habitam um ecossistema, principalmente bactérias, protozoários e outros microrganismos que têm funções importantes na decomposição da matéria orgânica e, portanto, na reciclagem dos nutrientes. Fazem parte da microbiota humana uma quantidade enorme de bactérias que vivem em harmonia no organismo e auxiliam a ação do sistema imunológico e a nutrição, por exemplo.
5 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
6 Probiótico: Suplemento alimentar, rico em micro-organismos vivos, que afeta de forma benéfica seu consumidor, através da melhoria do balanço microbiano intestinal.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
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