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O consumo de ácidos graxos ômega-3 – particularmente o ácido alfa-linolênico (ALA), um nutriente encontrado em alimentos como sementes de linhaça, nozes e óleos de chia, canola e soja – pode ajudar a retardar a progressão da doença em pacientes com esclerose1 lateral amiotrófica (ELA), de acordo com um novo estudo publicado na revista Neurology. Os pesquisadores calcularam que os participantes com os níveis mais altos de ALA tiveram um risco 50% menor de morte durante o período do estudo do que os participantes com os níveis mais baixos de ALA.
1 Esclerose: 1. Em geriatria e reumatologia, é o aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão, que ocorre em várias estruturas como nervos, pulmões etc., devido à inflamação crônica ou por razões desconhecidas. 2. Em anatomia botânica, é o enrijecimento das paredes celulares das plantas, por espessamento e/ou pela deposição de lignina. 3. Em fitopatologia, é o endurecimento anormal de um tecido vegetal, especialemnte da polpa dos frutos.
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Estudo publicado na revista Cell Metabolism mostrou que o jejum intermitente1 melhora o curso clínico e a patologia2 do modelo de camundongo de esclerose múltipla3 (encefalomielite autoimune4 experimental). O jejum intermitente1 aumenta a diversidade microbiana intestinal, altera sua composição e vias metabólicas. A transferência da microbiota5 intestinal de camundongos em jejum intermitente1 levou à proteção contra encefalomielite autoimune4 experimental em camundongos receptores. As descobertas observadas com restrição de energia intermitente1 em pacientes com esclerose múltipla3 recapitulam parcialmente o que é observado com jejum intermitente1 na encefalomielite autoimune4 experimental.
1 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
2 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
3 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
4 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
5 Microbiota: Em ecologia, chama-se microbiota ao conjunto dos microrganismos que habitam um ecossistema, principalmente bactérias, protozoários e outros microrganismos que têm funções importantes na decomposição da matéria orgânica e, portanto, na reciclagem dos nutrientes. Fazem parte da microbiota humana uma quantidade enorme de bactérias que vivem em harmonia no organismo e auxiliam a ação do sistema imunológico e a nutrição, por exemplo.
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Uma equipe liderada por pesquisadores da Harvard Medical School desenvolveu uma nova ferramenta que promete melhorar a maneira como os patologistas veem e avaliam um tumor1, fornecendo pistas detalhadas sobre o câncer2. A ferramenta, chamada Orion, combina informações histológicas3 com moleculares e oferece uma visão4 mais profunda do tipo, comportamento e provável resposta de um tumor1 ao tratamento. Um relatório sobre o trabalho da equipe foi publicado na revista Nature Cancer2.
1 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Histológicas: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
4 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
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Ainda há muito a ser descoberto sobre como as células1 pré-malignas se tornam células1 cancerígenas. Agora, uma análise do desenvolvimento de um tipo de leucemia2 humana implica a luz ultravioleta no desencadeamento de uma forma rara de câncer3, chamada neoplasia4 de células dendríticas5 plasmocitoides blásticas (NCDPB). Os dados, publicados na revista Nature, mostram que a migração de um tipo de célula6 imune através da pele7 leva ao acúmulo de danos no DNA associados à exposição à luz ultravioleta (UV). Esse dano precede a aquisição de mutações associadas à transformação em malignidade, indicando que o movimento de células1 pré-leucêmicas para a pele7 está envolvido nos estágios iniciais da NCDPB.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
5 Células Dendríticas: Células especializadas do sistema hematopoético que possuem extensões semelhantes a ramos. São encontradas em todo o sistema linfático, e tecidos não linfóides, como PELE e o epitélio nos tratos intestinal, respiratório e reprodutivo. Elas prendem e processam ANTÍGENOS e os apresentam às CÉLULAS T, estimulando assim a IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS. São diferentes das CÉLULAS DENDRÍTICAS FOLICULARES não hematopoéticas, que têm morfologia e função do sistema imune semelhantes, exceto em relação à imunidade humoral (PRODUÇÃO DE ANTICORPOS).
6 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
7 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
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De acordo com um novo estudo, publicado na revista Science Advances, o vírus1 da gripe2 pega carona com partículas finas do ar para penetrar profundamente no pulmão3. Pesquisas em camundongos mostraram que a poluição por partículas finas transporta o vírus1 e o ajuda a entrar nas células4. A partir daí, o sangue5 o transporta para órgãos distantes. Isso pode explicar por que a gripe2 piora quando a qualidade do ar é ruim.
1 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
2 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
3 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
4 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
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A retinopatia da prematuridade é uma condição ocular que afeta a retina1 em bebês2 prematuros e pode causar deficiência visual e cegueira em crianças, sendo uma das principais causas de cegueira infantil. Embora os programas de triagem possam ajudar a prevenir a progressão da retinopatia da prematuridade, existem preocupações sobre a escassez de oftalmologistas pediátricos para realizar essas triagens. Um estudo recente publicado na revista The Lancet Digital Health relata que um aplicativo de inteligência artificial (IA) sem código que não requer experiência em codificação ou hardware caro pode detectar com precisão a retinopatia da prematuridade grave.
1 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
2 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
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Neste estudo, publicado na revista Nature, apresentou-se a matriz de tumor1 de pele2 por microporação (STAMP) – uma abordagem pré-clínica que combina imagens de lapso de tempo (time lapse) de alto rendimento com sequenciamento de última geração de matrizes tumorais. A abordagem STAMP captura as relações dinâmicas dos componentes espaciais, celulares e moleculares da rejeição tumoral e tem o potencial de traduzir conceitos terapêuticos em estratégias clínicas bem-sucedidas.
1 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
2 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
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A função das células1 imunes chamadas células1 B no câncer2 tem sido controversa. O sequenciamento de célula3 única identificou um subconjunto não descrito anteriormente de células1 B que expressam uma proteína chamada TIM-1 e que se multiplicam em resposta ao crescimento do tumor4 de melanoma5. A deleção do gene que codifica TIM-1 nessas células1 desencadeou uma resposta imune antitumoral. O estudo descrevendo essas moléculas de checkpoint específicas de células1 B que regulam a imunidade6 antitumoral foi publicado na revista Nature.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
4 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
5 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
6 Imunidade: Capacidade que um indivíduo tem de defender-se perante uma agressão bacteriana, viral ou perante qualquer tecido anormal (tumores, enxertos, etc.).
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Em um novo estudo, publicado European Heart Journal Open, foi demonstrado, em mais de 8.000 pacientes, que o tempo gasto no exercício é o determinante mais importante dos benefícios do exercício, e que benefícios semelhantes podem ser alcançados com diferentes tipos e intensidades de exercício. O mais interessante foi que, em pacientes com doença cardiovascular bem tratados, até um terço dos efeitos do exercício são mediados pela melhora nos fatores de risco cardiovascular tradicionais, principalmente inflamação1 sistêmica e resistência à insulina2.
1 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
2 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
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Após hemorragia subaracnoidea1 aneurismática, o uso de drenos lombares tem sido sugerido para diminuir a incidência2 de isquemia3 cerebral tardia e melhorar o resultado a longo prazo. Neste estudo, publicado no JAMA Neurology, a drenagem4 lombar profilática após hemorragia subaracnoidea1 aneurismática diminuiu o fardo do infarto5 secundário e diminuiu a taxa de resultado desfavorável em 6 meses. Esses achados suportam o uso de drenos lombares após hemorragia subaracnoidea1 aneurismática.
1 Hemorragia subaracnoidea: Hemorragia subaracnoide ou subaracnoidea é um derramamento de sangue que se dá no espaço subaracnoideo compreendido entre duas meninges, a aracnoide e a pia-máter. Este espaço contém o líquor. Essas meninges, além da dura-máter, são membranas que envolvem o sistema nervoso. A origem habitual deste sangue é a ruptura de um vaso sanguíneo enfraquecido (quer seja por uma malformação arteriovenosa, quer por um aneurisma). Quando um vaso sanguíneo está afetado pela aterosclerose ou por uma infecção, pode produzir-se a rotura do mesmo. Tais rupturas podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequentes entre os 25 e os 50 anos. Raramente ela ocorre por um traumatismo craniano.
2 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
3 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
4 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
5 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
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