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A descoberta de que uma molécula evolutivamente conservada usada para produzir colesterol1 também atua como uma defesa contra um mecanismo de morte celular chamado ferroptose pode levar a novas formas de tratar o câncer2 e outras condições clínicas. Em dois estudos publicados na revista Nature, os pesquisadores lançaram luz sobre essa forma regulada de morte celular chamada ferroptose, que é impulsionada por uma modificação de lipídios nas membranas celulares dependente de ferro. Os resultados destacam um herói inesperado, a molécula 7-dehidrocolesterol (7-DHC).
1 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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A cessação do tabagismo foi associada a um risco reduzido de câncer1 a longo prazo, especialmente quando a cessação do tabagismo foi sustentada e ocorreu antes da meia-idade, concluiu um grande estudo de base populacional realizado na Coreia, com publicação no JAMA Network Open. Durante um acompanhamento médio de 13 anos, os fumantes que pararam completamente tiveram um risco 17% menor de qualquer tipo de câncer1 em comparação com pessoas que fumaram continuamente.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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As meninas que receberam uma derivação (shunt1) ventriculoperitoneal para hidrocefalia2 infantil tiveram um risco aumentado de puberdade precoce, particularmente aquelas com mielomeningocele3 e revisões repetidas da derivação, mostrou um estudo de coorte4 de base populacional publicado na revista científica Acta Paediatrica. Entre 82 meninas com hidrocefalia2 infantil, 21% tiveram puberdade precoce antes dos 8 anos de idade e outras 29% tiveram puberdade precoce com sinais5 aparecendo antes dos 8 anos e 9 meses. A puberdade precoce foi mais comum entre as meninas que passaram por três ou mais revisões de shunt1 (33% vs 8% entre aquelas com menos revisões).
1 Shunt: 1. Em cirurgia, é o desvio de depósitos de líquido para uma estrutura que o absorva ou o excrete. O shunt é feito por meio da criação de uma fístula ou de um dispositivo mecânico. 2. Em patologia, é a passagem anormal de sangue de uma cavidade para outra. 3. Em eletricidade, é o condutor que liga dois pontos num circuito elétrico e forma um caminho paralelo ou alternativo através do qual parte da corrente pode passar.
2 Hidrocefalia: Doença produzida pelo aumento do conteúdo de Líquido Cefalorraquidiano. Nas crianças pequenas, manifesta-se pelo aumento da cabeça, e nos adultos, pelo aumento da pressão interna do cérebro, causando dores de cabeça e outros sintomas neurológicos, a depender da gravidade. Pode ser devido a um defeito de escoamento natural do líquido ou por um aumento primário na sua produção.
3 Mielomeningocele: Também conhecida como espinha bífida, trata-se de um problema congênito. Ela é caracterizada pela má formação no tubo neural do feto, a qual ocorre nas três primeiras semanas de gravidez, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Esta malformação pode comprometer as funções de locomoção, controle urinário e intestinal, dentre outras.
4 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
5 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
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O risco de um novo transtorno afetivo ou comportamental é aumentado em crianças até quatro anos após sofrerem traumatismo1 cranioencefálico leve (TCE-l), de acordo com um estudo publicado na revista Pediatrics. Os riscos ajustados para transtornos afetivos foram significativamente maiores nos primeiros 3 anos após a lesão2 para o grupo de TCE-l, especialmente durante o segundo ano, com um aumento de 34% no risco. Os riscos ajustados para transtornos comportamentais foram significativos nos anos 2 e 4, com um aumento de até 37% no risco. A faixa etária com maior risco para transtornos afetivos e comportamentais pós-lesão2 foi a dos pacientes de 10 a 13 anos.
1 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
2 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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Lentes com um design em espiral podem oferecer uma alternativa às lentes multifocais tradicionais. Elas parecem produzir imagens mais nítidas do que as multifocais padrão, mesmo com pouca luz. De acordo com estudo publicado no periódico científico Optica, inscrever uma espiral no centro de uma lente de contato parece criar vórtices ópticos que interagem de modo que a lente forneça uma imagem nítida de objetos em todas as distâncias.   [Mais...]
Combinando imagens da retina1, genética e big data, médicos pesquisadores da Harvard Medical School descobriram que podem estimar a probabilidade de uma pessoa desenvolver problemas oculares e doenças sistêmicas no futuro. Eles encontraram associações significativas entre o afinamento das diferentes camadas da retina1 e o aumento do risco de desenvolver doenças oculares, cardíacas, pulmonares, metabólicas e neuropsiquiátricas, e identificaram genes associados à espessura das camadas da retina1. As descobertas foram publicadas na revista Science Translational Medicine.
1 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
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Um número significativo de pacientes com demência1 pode ter doença hepática2 não diagnosticada e a encefalopatia3 hepática2 pode estar contribuindo para o seu comprometimento cognitivo4, afirmaram os autores de um estudo de coorte5 publicado no JAMA Network Open. Em 177.422 veteranos diagnosticados com demência1 de 2009 a 2019, mais de 10% tiveram uma pontuação no índice Fibrose6-4 (FIB-4) superior a 2,67, o que é sugestivo de fibrose6 avançada, e mais de 5% tiveram uma pontuação FIB-4 maior que 3,25, o que sugere cirrose7.
1 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 Encefalopatia: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
4 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
5 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
6 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
7 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
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Um pequeno grupo de pessoas parece ter desenvolvido a doença de Alzheimer1 ou outros tipos de comprometimento cognitivo2 após receber injeções contaminadas de hormônio3 do crescimento de cérebros de doadores falecidos quando crianças, relataram John Collinge, MD, da University College London, na Inglaterra, e co-autores em estudo publicado na Nature Medicine. Embora a descoberta seja baseada num grupo pequeno de pessoas, ela sugere que a condição poderia, teoricamente, ser transmitida durante procedimentos médicos. No entanto, existem medidas em vigor para evitar isso. Um especialista também apontou que este estudo não prova definitivamente que estes receptores desenvolveram Alzheimer4 desta forma.
1 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
2 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
3 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
4 Alzheimer: Doença degenerativa crônica que produz uma deterioração insidiosa e progressiva das funções intelectuais superiores. É uma das causas mais freqüentes de demência. Geralmente começa a partir dos 50 anos de idade e tem incidência similar entre homens e mulheres.
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Há relação entre o uso de mochilas escolares por crianças e adolescentes e dor nas costas1? Duas importantes revisões sistemáticas, publicadas no British Journal of Sports Medicine e no European Journal of Pain avaliaram o assunto. Seus resultados sugerem não haver uma relação entre o uso de mochila escolar e dor nas costas1. E um terceiro estudo pode, na verdade, favorecer o uso de mochila carregada nas costas1, considerando que este uso é capaz de fortalecer a musculatura. Este último estudo afirma haver forte associação entre fraqueza muscular na adolescência e incapacidade 30 anos depois, destacando o benefício de exigir força muscular e exercícios para melhorar o condicionamento físico para adolescentes.
1 Costas:
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Em um estudo publicado na revista PLoS One, um monitor de frequência cardíaca usado no pulso, chamado WHOOP, detectou alterações na atividade durante a gravidez1 que podem estar ligadas a partos prematuros. A pulseira poderia, assim, ajudar os médicos a prever quem está em risco de parto prematuro. Grávidas que tiveram parto a termo tiveram uma mudança clara na variabilidade da frequência cardíaca por volta da 33ª semana de gestação, uma média de sete semanas antes do parto. Já para as 8,7% que tiveram parto prematuro, os padrões de variabilidade da frequência cardíaca foram muito menos consistentes, mas, tal como acontece com aquelas que tiveram parto a termo, a mudança na variabilidade ainda pareceu ocorrer em média cerca de sete semanas antes de entrarem em trabalho de parto, embora prematuramente.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
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