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As infecções1 por uma bactéria2 que contribui para a periodontite, uma doença gengival, podem causar endometriose3, uma condição na qual os tecidos que revestem o útero4 crescem fora dele e formam lesões5 dolorosas. A descoberta sugere que os antibióticos podem prevenir ou tratar a doença. Em um estudo publicado na revista Science Translational Medicine, pesquisadores detectaram a bactéria2 Fusobacterium nucleatum em 64 por cento das mulheres com endometriose3 contra 7 por cento das mulheres sem a condição.
1 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
3 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
4 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
5 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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Adolescentes e adultos jovens com obesidade1 submetidos à gastrectomia vertical experimentaram perda óssea nos anos seguintes, relataram pesquisadores em um estudo publicado na revista científica Radiology. Embora nenhuma mudança tenha sido observada entre aqueles tratados apenas com dieta e exercícios, os jovens submetidos à gastrectomia vertical tiveram quedas significativas na força óssea da coluna lombar média em tomografias computadorizadas quantitativas 2 anos após a cirurgia. Os pacientes de cirurgia também tiveram um declínio significativo na densidade mineral óssea trabecular, enquanto praticamente nenhuma alteração foi observada nos pacientes de controle.
1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
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A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou cápsulas de linaclotida (Linzess) para o tratamento da constipação1 funcional em crianças de 6 anos ou mais. Linzess, um agonista2 de guanilato ciclase-C, é o primeiro tratamento para constipação1 pediátrica funcional. A dosagem recomendada em pacientes pediátricos de 6 a 17 anos é de 72 mcg por via oral uma vez ao dia. Em um estudo fundamental, o tratamento com linaclotida dobrou os movimentos intestinais espontâneos semanais.
1 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
2 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
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Transplantes de corações de doadores com morte circulatória avaliados com uma máquina de perfusão tiveram resultados tão bons quanto aqueles obtidos após morte cerebral1 e armazenamento a frio, mostrou um estudo randomizado2 publicado no The New England Journal of Medicine. Os receptores de um coração3 com morte circulatória tiveram uma sobrevida4 de 6 meses ajustada ao risco não inferior em comparação com os receptores de coração3 com morte cerebral1 (94% vs 90%) na população tratada. Também não houve diferenças “substanciais” em eventos adversos graves 30 dias após o transplante.
1 Morte cerebral: Um dos conceitos aceitos para MORTE CEREBRAL é o de que “O indivíduo que apresenta cessação irreversível das funções cardíaca e respiratória OU cessação irreversível de TODAS as funções de TODO o encéfalo, incluindo o tronco cerebral, está morto“. Esta definição estabeleceu a sinonímia entre MORTE ENCEFÁLICA e MORTE DO INDIVÍDUO. A nomenclatura MORTE ENCEFÁLICA tem sido preferida ao termo MORTE CEREBRAL, uma vez que para o diagnóstico clínico, existe necessidade de cessação das atividades do córtex e necessariamente, do tronco cerebral. Havendo qualquer sinal de persistência de atividade do tronco encefálico, não existe MORTE ENCEFÁLICA, portanto, o indivíduo não pode ser considerado morto. Como exemplos desta situação, podemos citar os anencéfalos, o estado vegetativo persistente e os casos avançados da Doença de Alzheimer. Ainda existem vários pontos de discussão sobre o conceito de MORTE CEREBRAL.
2 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
3 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
4 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
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Cientistas criaram embriões humanos sintéticos usando células-tronco1, em um avanço inovador que evita a necessidade de óvulos ou espermatozoides2. Os cientistas dizem que esses embriões modelo, que se assemelham aos dos primeiros estágios do desenvolvimento humano, podem fornecer uma janela crucial para o impacto de distúrbios genéticos e as causas biológicas de abortos recorrentes. O trabalho foi apresentado na reunião anual da Sociedade Internacional para Pesquisa de Células-Tronco1.
1 Células-tronco: São células primárias encontradas em todos os organismos multicelulares que retêm a habilidade de se renovar por meio da divisão celular mitótica e podem se diferenciar em uma vasta gama de tipos de células especializadas.
2 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
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Pesquisadores de câncer1 retal conseguiram uma façanha assustadora, demonstrando em um grande ensaio clínico, publicado no The New England Journal of Medicine, que os pacientes se saem tão bem sem radioterapia2 quanto com ela. O grande estudo de “descalonamento terapêutico” sugere que dezenas de milhares de pessoas anualmente podem contar apenas com quimioterapia3 e cirurgia para tratar suas doenças.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
3 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
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Em um estudo publicado na revista Nature Communications, cientistas identificaram uma enzima1 degradadora de lipídios, a amida hidrolase de ácidos graxos, como um biomarcador de prognóstico2 em pacientes com câncer3 de mama4 luminal. Em configurações experimentais in vitro e in vivo, descobriu-se que esta enzima1 previne a progressão do câncer3 e a metástase5 pulmonar.
1 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
2 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
5 Metástase: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
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Sintomas1 de insônia foram associados a um risco aumentado de acidente vascular cerebral2, de acordo com um estudo de coorte3 populacional publicado na revista científica Neurology. Pessoas relatando insônia menos grave e insônia mais grave tiveram um risco aumentado de AVC em uma média de 9 anos de acompanhamento em comparação com seus colegas sem insônia, especialmente adultos com menos de 50 anos, e o risco foi mediado por certas comorbidades4. Maior conscientização e controle dos sintomas1 de insônia podem contribuir para a prevenção da ocorrência de AVC.
1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
3 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
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Infarto do miocárdio1 incidente2 foi associado com declínio cognitivo3 de longo prazo acelerado, mas não com uma diminuição aguda na cognição4. Durante um acompanhamento médio de 6,4 anos, as pessoas com ataques cardíacos incidentes5 experimentaram quedas mais rápidas e persistentes na cognição4 global em comparação com pessoas que nunca tiveram infarto do miocárdio1, segundo dados do estudo publicado no JAMA Neurology. As pontuações de memória e função executiva6 também caíram mais rapidamente ao longo do tempo naqueles com infarto do miocárdio1 incidente2.
1 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
2 Incidente: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
3 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
4 Cognição: É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, percepção, classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
5 Incidentes: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
6 Função executiva: Também conhecida como controle cognitivo ou sistema supervisor atencional é um conceito neuropsicológico que se aplica ao processo cognitivo responsável pelo planejamento e execução de atividades, que podem incluir, por exemplo, a iniciação de tarefas, memória de trabalho, atenção sustentada e inibição de impulsos.
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Neste estudo, publicado na revista Nature, pesquisadores descrevem um anticorpo1 monoclonal direcionado à neuraminidase, FNI9, que inibe potentemente a atividade enzimática de todos os vírus2 influenza3 A do grupo 1 e do grupo 2, bem como vírus2 influenza3 B. O FNI9 neutraliza amplamente os vírus2 influenza3 A e vírus2 influenza3 B sazonais, incluindo as cepas4 de H3N2 imunoevasivas. A amplitude e a potência sem precedentes do anticorpo1 monoclonal FNI9 apoiam seu desenvolvimento para a prevenção da doença influenza3 por vírus2 sazonais e pandêmicos.
1 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
2 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
3 Influenza: Doença infecciosa, aguda, de origem viral que acomete o trato respiratório, ocorrendo em epidemias ou pandemias e frequentemente se complicando pela associação com outras infecções bacterianas.
4 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
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