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Uma revisão de um número limitado de casos de pacientes não responsivos com lesões1 cerebrais traumáticas graves levantou questões sobre o costume de tomar uma decisão dentro de 72 horas. O estudo, publicado no Journal of Neurotrauma, sugere esperar mais antes de retirar o suporte vital. Na análise, descobriu-se que, entre 56 pacientes cujo suporte de vida foi continuado que foram acompanhados por 6 meses, a maioria dos pacientes morreu de qualquer maneira no hospital, em cerca de seis dias. Mas 42 por cento dos que continuaram com suporte vital se recuperaram o suficiente no ano seguinte para terem algum grau de independência. Alguns até retornaram às suas vidas anteriores.
1 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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Encontrar soluções eficazes e escaláveis para resolver atrasos no diagnóstico1 e disparidades no autismo é um imperativo de saúde2 pública. Abordagens que integram biomarcadores de rastreamento ocular em modelos de avaliação do autismo baseados na comunidade são promissores para resolver este problema. Neste estudo, publicado no JAMA Network Open, um biomarcador composto de rastreamento ocular foi associado a um diagnóstico1 clínico de autismo de melhor estimativa, e um modelo de diagnóstico1 integrado incluindo diagnóstico1 do médico de atenção primária e certeza diagnóstica demonstrou maior sensibilidade e especificidade.
1 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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Um novo medicamento antisense1 de RNAm reduziu consideravelmente os triglicerídeos em pacientes com hipertrigliceridemia de alto risco ou moderada e naqueles com níveis extremamente elevados devido à síndrome2 da quilomicronemia familiar, mostraram dois ensaios randomizados publicados no The New England Journal of Medicine. Olezarsen, administrado por via subcutânea3 uma vez por mês, reduziu os níveis plasmáticos de triglicerídeos em 49,3 e 53,1 pontos percentuais com as duas doses testadas em comparação com placebo4 em uma coorte5 com hipertrigliceridemia predominantemente moderada com risco cardiovascular elevado. Em pacientes com síndrome2 da quilomicronemia familiar, a dose mais elevada reduziu os triglicerídeos em 43,5 pontos percentuais mais do que o placebo4.
1 Antisense: Antisense refere-se a sequências curtas de DNA e RNA denominadas oligonucleotídeos, os quais são projetados para serem complementos de uma sequência genética específica. Ao ligarem-se à sequência genética, vão alterar a expressão do gene à qual pertence esta sequência.
2 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
3 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
4 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
5 Coorte: Grupo de indivíduos que têm algo em comum ao serem reunidos e que são observados por um determinado período de tempo para que se possa avaliar o que ocorre com eles. É importante que todos os indivíduos sejam observados por todo o período de seguimento, já que informações de uma coorte incompleta podem distorcer o verdadeiro estado das coisas. Por outro lado, o período de tempo em que os indivíduos serão observados deve ser significativo na história natural da doença em questão, para que haja tempo suficiente do risco se manifestar.
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Um baixo nível sérico de testosterona na linha de base foi associado a um maior risco de mortalidade1 por todas as causas e por doenças cardiovasculares2 (DCV), segundo uma metanálise de 11 estudos de coorte3 prospectivos publicada no Annals of Internal Medicine. Em análises ajustadas por idade, os homens no quintil4 mais baixo (8,46 nmol/L [244 ng/dL]) da concentração total de testosterona tiveram um risco maior de mortalidade1 por todas as causas (HR 1,09) e mortalidade1 por DCV (HR 1,32) em comparação com homens no quintil4 mais elevado.
1 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
2 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
3 Estudos de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Quintil: 1. Em estatística, diz-se de ou qualquer separatriz que divide a área de uma distribuição de frequência em cinco domínios de áreas iguais. O termo quintil também é utilizado, por vezes, para designar uma das quintas partes da amostra ordenada. 2. Em astronomia, é o aspecto de dois planetas distantes 72° entre si (distância angular correspondente a um quinto do Zodíaco). 3. Em matemática, é o mesmo que quíntico. A palavra quintil deriva do latim quintus, que significa quinto.
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Um medicamento dois em um que modula as vias neurais envolvidas no apetite e na recompensa pode revelar-se mais eficaz e duradouro do que os atuais medicamentos para perda de peso disponíveis no mercado. Em um novo estudo publicado na revista Nature, pesquisadores descrevem que o candidato a medicamento visa tanto o receptor de GLP-1 quanto o receptor NMDA. Eles anexaram um peptídeo que se parece com o hormônio1 GLP-1 a uma pequena molécula, a dizocilpina (também chamada MK-801), que bloqueia o receptor NMDA. Os resultados demonstram que a entrega dirigida por GLP-1 do antagonista2 do receptor NMDA MK-801 afeta a neuroplasticidade no hipotálamo3 e no tronco cerebral4.
1 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
2 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
3 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
4 Tronco Cerebral: Parte do encéfalo que conecta os hemisférios cerebrais à medula espinhal. É formado por MESENCÉFALO, PONTE e MEDULA OBLONGA.
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Em adultos hospitalizados com suspeita de sepse1, a piperacilina-tazobactam foi associada a uma maior taxa de mortalidade2 e ao aumento da duração da disfunção orgânica em comparação com a cefepima, de acordo com um estudo de coorte3 retrospectivo4 publicado no JAMA Internal Medicine. Em uma análise de variáveis instrumentais, o tratamento empírico com vancomicina e piperacilina-tazobactam resultou em um aumento absoluto de 5% na mortalidade2 em 90 dias em comparação com o tratamento empírico com vancomicina e cefepima (22,5% vs 17,5%).
1 Sepse: Infecção produzida por um germe capaz de provocar uma resposta inflamatória em todo o organismo. Os sintomas associados a sepse são febre, hipotermia, taquicardia, taquipnéia e elevação na contagem de glóbulos brancos. Pode levar à morte, se não tratada a tempo e corretamente.
2 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
3 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
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As duas células1 que constituem um embrião humano com um dia de vida podem parecer idênticas à primeira vista. Mas um estudo publicado na revista Cell mostra que a maior parte do corpo humano2 se forma a partir de apenas uma dessas células1 — uma descoberta que poderá ajudar a aumentar a taxa de sucesso dos procedimentos de fertilização3 in vitro (FIV). O trabalho mostra que as células1 geradas pela primeira divisão do óvulo fertilizado4 dão uma contribuição desigual aos órgãos e tecidos do corpo. Essa primeira divisão prepara as células1 resultantes para procurarem destinos diferentes, abrindo caminho para as complexidades do feto5 totalmente desenvolvido.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Corpo humano: O corpo humano é a substância física ou estrutura total e material de cada homem. Ele divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A anatomia humana estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano.
3 Fertilização: Contato entre espermatozóide e ovo, determinando sua união.
4 Óvulo Fertilizado: ÓVULO fecundado, resultante da fusão entre um gameta feminino e um masculino.
5 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
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Uma nova técnica permitiu que cientistas congelassem tecido1 cerebral humano de modo que ele recuperasse a função normal após o descongelamento, potencialmente abrindo a porta para melhores formas de estudar as condições neurológicas. Usando a abordagem, foi possível congelar e descongelar com sucesso organoides cerebrais e cubos de tecido1 cerebral de alguém com epilepsia2. Os resultados foram relatados na revista Cell Reports Methods.
1 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
2 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
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Acredita-se que a formação de tumores e a progressão para o câncer1 sejam geralmente causadas pelo acúmulo de mutações genéticas permanentes. Agora, em um estudo publicado na revista Nature, pesquisadores desafiam a ideia de que os tumores surgem apenas de mutações genéticas permanentes. Utilizando moscas da fruta (Drosophila melanogaster), eles demonstram que perturbar transitoriamente os mecanismos que regulam a expressão genética sem fazer alterações na sequência de DNA – um processo conhecido como regulação epigenética – é suficiente para estabelecer programas de expressão genética que apoiam a iniciação e progressão do tumor2.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
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Pesquisadores desenvolveram um gel proteico que decompõe o álcool no trato gastrointestinal. Em um estudo publicado na revista Nature Nanotechnology, eles mostram que, em camundongos, o gel converte o álcool de forma rápida, eficiente e direta em ácido acético inofensivo antes de entrar na corrente sanguínea, onde normalmente desenvolveria os seus efeitos intoxicantes e nocivos. O gel à base de proteína do leite reduziu drasticamente o nível de álcool no sangue1 dos camundongos intoxicados. Se for comprovado que o gel é seguro e eficaz em humanos, poderia oferecer uma maneira rápida de se ficar sóbrio, combatendo os efeitos nocivos do consumo excessivo de álcool nas pessoas ou mesmo prevenindo a embriaguez.
1 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
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