Uma nova pesquisa, publicada no jornal científico Nutrients, teve como objetivo revisar o estado da arte sobre as consequências do consumo de café nos diferentes níveis do trato gastrointestinal. Em algumas etapas do processo digestivo, os efeitos do consumo de café parecem bastante claros. É o caso da estimulação da secreção de ácido gástrico1, estimulação da secreção biliar e pancreática, redução do risco de cálculos biliares, estimulação da motilidade cólica e alterações na composição da microbiota2 intestinal. Outros aspectos ainda são controversos, como a possibilidade do café afetar o refluxo gastroesofágico3, úlceras4 pépticas e doenças inflamatórias intestinais. A revisão, que avaliou 196 estudos de referência, relata as evidências disponíveis em diferentes tópicos e identifica as áreas que mais se beneficiariam de estudos adicionais.
[Mais...]
O distúrbio neurológico funcional (DNF), anteriormente considerado como um diagnóstico1 de exclusão, agora é um diagnóstico1 de inclusão com os tratamentos disponíveis. Isso representa um grande passo para desestigmatizar o transtorno, que muitas vezes foi questionado e considerado intratável. O DNF é prevalente, geralmente afetando adultos jovens e de meia idade, e pode causar incapacidade grave em alguns indivíduos. Um diagnóstico1 precoce, com acesso subsequente a tratamentos reabilitativos e/ou psicológicos baseados em evidências, pode promover a recuperação, embora nem todos os pacientes respondam aos tratamentos atualmente disponíveis. Esta revisão, publicada pelo The British Medical Journal, apresenta os avanços mais recentes no uso de sinais2 de exames de inclusão validados para orientar o diagnóstico1 e a variedade de abordagens terapêuticas disponíveis para cuidar de pacientes com DNF.
[Mais...]
Uma nova declaração científica da American Heart Association está pedindo maior atenção à taxa de pacientes com diabetes tipo 21 que gerenciam adequadamente sua saúde2 cardiovascular. A declaração, publicada na revista Circulation, sugere que menos de 20% dos pacientes com diabetes tipo 21 atingiram as metas sugeridas para reduzir o risco de doenças cardiovasculares3 e fornece recomendações para pesquisa e prática clínica para ajudar a melhorar a proporção de pacientes que atingem a meta. A declaração aborda a importância contínua de intervenções no estilo de vida, terapia farmacológica e intervenções cirúrgicas para conter a epidemia de obesidade4 e síndrome metabólica5, importantes precursores de pré-diabetes6, diabetes7 e doenças cardiovasculares3 comórbidas. Por último, a declaração científica explora a importância crítica dos determinantes sociais da saúde2 e da equidade em saúde2 na continuidade dos cuidados em diabetes7 e doenças cardiovasculares3.
[Mais...]
Para lidar com a crescente epidemia de obesidade1, a American Heart Association (AHA) divulgou uma declaração científica delineando a base de conhecimento atual em torno de possíveis estratégias de prevenção e tratamento para o controle da hipertensão2 da obesidade1. A orientação foi publicada no periódico Hypertension. Os autores abordam como a modificação do estilo de vida, incluindo dieta, sedentarismo3 reduzido e aumento da atividade física, geralmente é recomendada para pacientes4 com obesidade1; no entanto, o sucesso a longo prazo dessas estratégias para reduzir a adiposidade, manter a perda de peso e reduzir a pressão arterial5 tem sido limitado. É sugerido então que estratégias farmacoterapêuticas e processuais eficazes, incluindo cirurgias metabólicas, são opções adicionais para tratar a obesidade1 e prevenir ou atenuar a hipertensão2 da obesidade1, danos a órgãos-alvo e doenças subsequentes.
[Mais...]
Trinta anos atrás, o MRC Vitamin Study Research Group, liderado pelo professor Sir Nicholas Wald, relatou que a suplementação1 de ácido fólico para mulheres na época da concepção2 reduziu o risco de graves defeitos do tubo neural3 (como anencefalia, espinha bífida4 e encefalocele5) em seus bebês6. Esse estudo levou à introdução da fortificação obrigatória com ácido fólico de alimentos básicos como a farinha em mais de 80 países, em um esforço para reduzir a incidência7 de defeitos do tubo neural3. Agora, o governo do Reino Unido anunciou que introduzirá a fortificação obrigatória da farinha de trigo não integral com ácido fólico. Adicionar ácido fólico significará que alimentos feitos com farinha, como pão, ajudarão ativamente a evitar cerca de 200 defeitos do tubo neural3 a cada ano cerca de 20% do total anual do Reino Unido.
[Mais...]
O paracetamol (também conhecido como acetaminofeno) é o ingrediente ativo em mais de 600 medicamentos usados para aliviar a dor leve a moderada e reduzir a febre1. O paracetamol é amplamente usado por grávidas. No entanto, o aumento da pesquisa experimental e epidemiológica sugere que a exposição pré-natal ao paracetamol pode alterar o desenvolvimento fetal, o que pode aumentar os riscos de alguns distúrbios neurodesenvolvimentais, reprodutivos e urogenitais. Nesse contexto, em um consenso publicado na revista Nature Reviews Endocrinology, pesquisadores resumiram essas evidências e pediram ações de precaução por meio de um esforço de pesquisa direcionado e do aumento da conscientização entre profissionais de saúde2 e gestantes.
[Mais...]
Mulheres que amamentam e que tiveram covid-19 secretam anticorpos1 neutralizantes contra o vírus2 em seu leite materno por até 10 meses após a infecção3, de acordo com estudo apresentado no Simpósio Global de Amamentação4 e Lactação5. Pesquisadores analisaram amostras de leite materno de 75 mulheres que se recuperaram de uma infecção3 por covid-19 e descobriram que 88% das amostras continham anticorpos1 contra o vírus2 SARS-CoV-2 e, na maioria dos casos, eles eram capazes de neutralizar o vírus2, o que significa que podem bloquear a infecção3. As descobertas sugerem que a amamentação4 pode ajudar a proteger os bebês6 de serem infectados com covid-19. O estudo também descobriu que a maioria das mulheres que receberam as vacinas Pfizer/BioNTech ou Moderna também tinham anticorpos1 específicos para o coronavírus no leite materno, mas níveis mais baixos de anticorpos1 foram observados no leite de mulheres que receberam a vacina7 Johnson & Johnson.
[Mais...]
Apesar de ser responsável por causar 35% das mortes em mulheres a cada ano, as doenças cardiovasculares1 em mulheres permanecem pouco estudadas, pouco reconhecidas, pouco diagnosticadas e pouco tratadas, com mulheres sub-representadas nos ensaios clínicos2. Para enfrentar essas desigualdades, 17 especialistas de 11 países criaram o primeiro relatório global sobre doenças cardiovasculares1 em mulheres, publicado pelo The Lancet. A comissão liderada por mulheres apresenta 10 novas recomendações ambiciosas para enfrentar as discrepâncias no diagnóstico3, tratamento e prevenção para reduzir as doenças cardiovasculares1 em mulheres.
[Mais...]
Dados de um estudo de coorte1 agrupado apresentado no Congresso de 2021 da European Society of Cardiology (ESC) sugere que a adesão a conselhos sólidos de estilo de vida e aos medicamentos pode prolongar os anos saudáveis de vida de um paciente em mais de 7 anos após um ataque cardíaco. Usando dados de 6 estudos prospectivos com mais de 3.200 pacientes, os investigadores determinaram que o risco residual ao longo da vida de eventos cardiovasculares adversos importantes poderia diminuir de 54% para 21%, se o tratamento for feito de forma ideal, o que se traduziu em um aumento médio de 7,5 anos de vida sem eventos em um modelo de simulação. Assim, o estudo sugere que melhorar o estilo de vida e o uso de medicamentos pode diminuir o risco de um segundo ataque cardíaco, com um ganho em muitos anos de vida sem um evento cardiovascular.
[Mais...]
O número de adultos com idade entre 30-79 anos com hipertensão1 aumentou de 650 milhões para 1,28 bilhões nos últimos trinta anos, de acordo com a primeira análise global abrangente de tendências na prevalência2, detecção, tratamento e controle da hipertensão1, liderada pelo Imperial College London e pela OMS, e publicado no The Lancet. Embora seja simples de diagnosticar a hipertensão1 e relativamente fácil de tratar a doença com medicamentos de baixo custo, o estudo revelou lacunas significativas no diagnóstico3 e tratamento. Cerca de 580 milhões de pessoas com hipertensão1 (41% das mulheres e 51% dos homens) desconheciam sua condição porque nunca foram diagnosticadas. O estudo também indicou que mais da metade das pessoas (53% das mulheres e 62% dos homens) com hipertensão1, ou um total de 720 milhões de pessoas, não estavam recebendo o tratamento de que precisam.
[Mais...]
|