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A varíola dos macacos (monkeypox em inglês), um vírus1 descoberto em macacos em 1958 e que se espalhou para humanos em 1970, agora está sendo visto em números pequenos, mas crescentes, na Europa Ocidental e na América do Norte. Uma notícia publicada no The British Medical Journal resumiu o que se sabe até agora. Os números de casos parecem estar aumentando diariamente, embora ainda sejam baixos. A transmissão entre pessoas ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias, normalmente significando contato prolongado face2 a face2. Mas o vírus1 também pode se espalhar através de fluidos corporais. Os sintomas3 podem incluir febre4, dor de cabeça5, dores musculares, dores nas costas6, linfonodos7 inchados, calafrios8 e exaustão. Normalmente, uma erupção9 cutânea10 se desenvolve, que geralmente começa no rosto, mas pode se espalhar para outras áreas, como os genitais. Embora não existam tratamentos específicos para a varíola dos macacos, a vacina11 contra a varíola comum e certos antivirais podem ser usados para controlar surtos.
1 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
2 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
5 Cabeça:
6 Costas:
7 Linfonodos: Gânglios ou nodos linfáticos.
8 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
9 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
10 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
11 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
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Mulheres com histórico de enxaqueca1 apresentaram maiores riscos de complicações na gravidez2, mostraram dados do grande estudo prospectivo3 Nurses' Health Study II. Em modelos ajustados para idade, adiposidade e fatores comportamentais e de saúde4, as mulheres com enxaqueca1 pré-gravidez2 tiveram maiores riscos de parto prematuro, hipertensão5 gestacional e pré-eclâmpsia6 em comparação com mulheres que não tiveram enxaqueca1 pré-gravidez2, relataram os pesquisadores em uma apresentação na reunião anual de 2022 da American Academy of Neurology. Em comparação com mulheres sem enxaqueca1 antes da gestação, o risco de pré-eclâmpsia6 foi maior entre aquelas que tiveram enxaqueca1 com aura versus enxaqueca1 sem aura. Essas descobertas sugerem que o histórico de enxaqueca1 antes da gravidez2 pressagia um risco aumentado de pré-eclâmpsia6 e outras complicações e pode ser um fator clinicamente importante para os médicos considerarem ao avaliar e gerenciar os riscos obstétricos.
1 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Prospectivo: 1. Relativo ao futuro. 2. Suposto, possível; esperado. 3. Relativo à preparação e/ou à previsão do futuro quanto à economia, à tecnologia, ao plano social etc. 4. Em geologia, é relativo à prospecção.
4 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
5 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
6 Pré-eclâmpsia: É caracterizada por hipertensão, edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta. No meio médico, o termo usado é Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. É a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.
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Desde que a Organização Mundial de Saúde1 (OMS) publicou um comunicado sobre o surto de hepatite2 aguda de etiologia3 desconhecida no Reino Unido em 15 de abril de 2022, tem havido contínuos novos relatos de casos de hepatite2 aguda de origem desconhecida em crianças pequenas. Ainda não está claro se houve um aumento nos casos de hepatite2 ou um aumento na conscientização sobre casos de hepatite2 que ocorrem na taxa esperada, mas não são detectados. Até 21 de abril de 2022, pelo menos 169 casos de hepatite2 aguda de origem desconhecida foram relatados em 12 países. Os casos têm idade entre 1 mês e 16 anos. Dezessete crianças (aproximadamente 10%) necessitaram de transplante de fígado4; pelo menos uma morte foi relatada. A síndrome5 clínica entre os casos identificados é a hepatite2 aguda (inflamação6 do fígado4) com enzimas hepáticas7 acentuadamente elevadas. Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, as investigações estão em andamento para o agente causador.
1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
3 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
4 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
5 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
6 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
7 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
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Uma nova pesquisa, publicada no jornal científico Nutrients, teve como objetivo revisar o estado da arte sobre as consequências do consumo de café nos diferentes níveis do trato gastrointestinal. Em algumas etapas do processo digestivo, os efeitos do consumo de café parecem bastante claros. É o caso da estimulação da secreção de ácido gástrico1, estimulação da secreção biliar e pancreática, redução do risco de cálculos biliares, estimulação da motilidade cólica e alterações na composição da microbiota2 intestinal. Outros aspectos ainda são controversos, como a possibilidade do café afetar o refluxo gastroesofágico3, úlceras4 pépticas e doenças inflamatórias intestinais. A revisão, que avaliou 196 estudos de referência, relata as evidências disponíveis em diferentes tópicos e identifica as áreas que mais se beneficiariam de estudos adicionais.
1 Ácido Gástrico: Ácido clorídrico presente no SUCO GÁSTRICO.
2 Microbiota: Em ecologia, chama-se microbiota ao conjunto dos microrganismos que habitam um ecossistema, principalmente bactérias, protozoários e outros microrganismos que têm funções importantes na decomposição da matéria orgânica e, portanto, na reciclagem dos nutrientes. Fazem parte da microbiota humana uma quantidade enorme de bactérias que vivem em harmonia no organismo e auxiliam a ação do sistema imunológico e a nutrição, por exemplo.
3 Refluxo gastroesofágico: Presença de conteúdo ácido proveniente do estômago na luz esofágica. Como o dito órgão não está adaptado fisiologicamente para suportar a acidez do suco gástrico, pode ser produzida inflamação de sua mucosa (esofagite).
4 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
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O distúrbio neurológico funcional (DNF), anteriormente considerado como um diagnóstico1 de exclusão, agora é um diagnóstico1 de inclusão com os tratamentos disponíveis. Isso representa um grande passo para desestigmatizar o transtorno, que muitas vezes foi questionado e considerado intratável. O DNF é prevalente, geralmente afetando adultos jovens e de meia idade, e pode causar incapacidade grave em alguns indivíduos. Um diagnóstico1 precoce, com acesso subsequente a tratamentos reabilitativos e/ou psicológicos baseados em evidências, pode promover a recuperação, embora nem todos os pacientes respondam aos tratamentos atualmente disponíveis. Esta revisão, publicada pelo The British Medical Journal, apresenta os avanços mais recentes no uso de sinais2 de exames de inclusão validados para orientar o diagnóstico1 e a variedade de abordagens terapêuticas disponíveis para cuidar de pacientes com DNF.
1 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
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Uma nova declaração científica da American Heart Association está pedindo maior atenção à taxa de pacientes com diabetes tipo 21 que gerenciam adequadamente sua saúde2 cardiovascular. A declaração, publicada na revista Circulation, sugere que menos de 20% dos pacientes com diabetes tipo 21 atingiram as metas sugeridas para reduzir o risco de doenças cardiovasculares3 e fornece recomendações para pesquisa e prática clínica para ajudar a melhorar a proporção de pacientes que atingem a meta. A declaração aborda a importância contínua de intervenções no estilo de vida, terapia farmacológica e intervenções cirúrgicas para conter a epidemia de obesidade4 e síndrome metabólica5, importantes precursores de pré-diabetes6, diabetes7 e doenças cardiovasculares3 comórbidas. Por último, a declaração científica explora a importância crítica dos determinantes sociais da saúde2 e da equidade em saúde2 na continuidade dos cuidados em diabetes7 e doenças cardiovasculares3.
1 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
4 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
5 Síndrome metabólica: Tendência de várias doenças ocorrerem ao mesmo tempo. Incluindo obesidade, resistência insulínica, diabetes ou pré-diabetes, hipertensão e hiperlipidemia.
6 Pré-diabetes: Condição em que um teste de glicose, feito após 8 a 12 horas de jejum, mostra um nível de glicose mais alto que o normal mas não tão alto para um diagnóstico de diabetes. A medida está entre 100 mg/dL e 125 mg/dL. A maioria das pessoas com pré-diabetes têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2.
7 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
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Para lidar com a crescente epidemia de obesidade1, a American Heart Association (AHA) divulgou uma declaração científica delineando a base de conhecimento atual em torno de possíveis estratégias de prevenção e tratamento para o controle da hipertensão2 da obesidade1. A orientação foi publicada no periódico Hypertension. Os autores abordam como a modificação do estilo de vida, incluindo dieta, sedentarismo3 reduzido e aumento da atividade física, geralmente é recomendada para pacientes4 com obesidade1; no entanto, o sucesso a longo prazo dessas estratégias para reduzir a adiposidade, manter a perda de peso e reduzir a pressão arterial5 tem sido limitado. É sugerido então que estratégias farmacoterapêuticas e processuais eficazes, incluindo cirurgias metabólicas, são opções adicionais para tratar a obesidade1 e prevenir ou atenuar a hipertensão2 da obesidade1, danos a órgãos-alvo e doenças subsequentes.
1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
3 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
4 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
5 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
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Trinta anos atrás, o MRC Vitamin Study Research Group, liderado pelo professor Sir Nicholas Wald, relatou que a suplementação1 de ácido fólico para mulheres na época da concepção2 reduziu o risco de graves defeitos do tubo neural3 (como anencefalia, espinha bífida4 e encefalocele5) em seus bebês6. Esse estudo levou à introdução da fortificação obrigatória com ácido fólico de alimentos básicos como a farinha em mais de 80 países, em um esforço para reduzir a incidência7 de defeitos do tubo neural3. Agora, o governo do Reino Unido anunciou que introduzirá a fortificação obrigatória da farinha de trigo não integral com ácido fólico. Adicionar ácido fólico significará que alimentos feitos com farinha, como pão, ajudarão ativamente a evitar cerca de 200 defeitos do tubo neural3 a cada ano – cerca de 20% do total anual do Reino Unido.
1 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
2 Concepção: O início da gravidez.
3 Tubo neural: Estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Durante a gestação humana, o tubo neural dá origem a três vesículas: romboencéfalo, mesencéfalo e prosencéfalo.
4 Espinha bífida: Também conhecida como mielomeningocele, a espinha bífida trata-se de um problema congênito. Ela é caracterizada pela má formação no tubo neural do feto, a qual ocorre nas três primeiras semanas de gravidez, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Esta malformação pode comprometer as funções de locomoção, controle urinário e intestinal, dentre outras.
5 Encefalocele: Defeito de fechamento do tubo neural, o qual pode ocorrer em qualquer local da região dorsal do embrião em gestação. Quando ocorre na região da cabeça recebe o nome de encefalocele. Há um herniação do tecido cerebral devido a um defeito congênito ou adquirido.
6 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
7 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
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O paracetamol (também conhecido como acetaminofeno) é o ingrediente ativo em mais de 600 medicamentos usados para aliviar a dor leve a moderada e reduzir a febre1. O paracetamol é amplamente usado por grávidas. No entanto, o aumento da pesquisa experimental e epidemiológica sugere que a exposição pré-natal ao paracetamol pode alterar o desenvolvimento fetal, o que pode aumentar os riscos de alguns distúrbios neurodesenvolvimentais, reprodutivos e urogenitais. Nesse contexto, em um consenso publicado na revista Nature Reviews Endocrinology, pesquisadores resumiram essas evidências e pediram ações de precaução por meio de um esforço de pesquisa direcionado e do aumento da conscientização entre profissionais de saúde2 e gestantes.
1 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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Mulheres que amamentam e que tiveram covid-19 secretam anticorpos1 neutralizantes contra o vírus2 em seu leite materno por até 10 meses após a infecção3, de acordo com estudo apresentado no Simpósio Global de Amamentação4 e Lactação5. Pesquisadores analisaram amostras de leite materno de 75 mulheres que se recuperaram de uma infecção3 por covid-19 e descobriram que 88% das amostras continham anticorpos1 contra o vírus2 SARS-CoV-2 e, na maioria dos casos, eles eram capazes de neutralizar o vírus2, o que significa que podem bloquear a infecção3. As descobertas sugerem que a amamentação4 pode ajudar a proteger os bebês6 de serem infectados com covid-19. O estudo também descobriu que a maioria das mulheres que receberam as vacinas Pfizer/BioNTech ou Moderna também tinham anticorpos1 específicos para o coronavírus no leite materno, mas níveis mais baixos de anticorpos1 foram observados no leite de mulheres que receberam a vacina7 Johnson & Johnson.
1 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
2 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
3 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
5 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
6 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
7 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
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