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A prevalência1 de depressão e a exposição a antidepressivos são altas entre mulheres em idade reprodutiva e durante a gravidez2. A duloxetina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina-norepinefrina aprovado nos Estados Unidos e na Europa em 2004 para o tratamento da depressão. A segurança fetal da duloxetina não está bem estabelecida. O presente estudo, publicado no PLOS Medicine, avalia a associação da exposição à duloxetina durante a gravidez2 e o risco de malformações3 congênitas4 maiores e menores e o risco de natimortos. Os resultados mostram que nenhum risco aumentado de malformações3 congênitas4 maiores ou menores ou natimorto foi associado à exposição à duloxetina durante a gravidez2.
1 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
4 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
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Filhos de mulheres que usam maconha durante ou logo após a gravidez1 têm duas vezes mais probabilidade do que outras crianças de ficarem ansiosos, agressivos ou hiperativos, de acordo com um novo estudo, publicado no jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences. O uso de cannabis está se tornando mais prevalente, inclusive durante períodos sensíveis ao desenvolvimento, como a gravidez1. No novo estudo, pesquisadores descobriram que o uso materno de cannabis está associado ao aumento do cortisol, ansiedade, agressividade e hiperatividade em crianças pequenas. Isso correspondeu a reduções generalizadas na expressão de genes relacionados ao sistema imunológico2 na placenta, que se correlacionou com ansiedade e hiperatividade. Estudos futuros são necessários para examinar os efeitos da cannabis na função imunológica durante a gravidez1 como um mecanismo regulador potencial que molda o desenvolvimento neurocomportamental.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
2 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
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Até então, o que acontece nas primeiras semanas depois que um embrião humano se implanta no útero1 era uma caixa preta. Agora, os biólogos tiveram a chance de estudar esse estágio de desenvolvimento em detalhes pela primeira vez, conforme foi relatado em estudo publicado na revista Nature. Os biólogos estão particularmente interessados em estudar um processo chamado gastrulação, que começa duas semanas depois que um óvulo2 humano é fertilizado e uma semana após a implantação. Um embrião doado com apenas 16 a 19 dias de idade e em processo de gastrulação foi estudado e descobriu-se que a gastrulação em humanos é muito semelhante à de ratos e macacos, mas com algumas diferenças importantes. Além do epiblasto pluripotente, foram identificadas células germinativas3 primordiais, hemácias4 e vários tipos de células5 mesodérmicas e endodérmicas. Este conjunto de dados oferece uma visão6 única de um estágio central, mas inacessível, do desenvolvimento humano.
1 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
2 Óvulo: Célula germinativa feminina (haplóide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO.
3 Células Germinativas: São as células responsáveis pela reprodução sexuada e contêm metade do número total de cromossomos de uma espécie. Os espermatozoides (homem) e os ovócitos (mulher) são células germinativas.
4 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
5 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
6 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
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Crianças expostas no útero1 ao caproato de 17 alfa-hidroxiprogesterona (17-OHPC) podem estar em risco aumentado de câncer2, sugere um novo estudo. Em uma análise de dados de mais de 18.000 pares de mãe e filho, os pesquisadores descobriram que, em geral, a prole de mulheres que receberam a injeção3 de progesterona sintética durante a gravidez4 tinha quase o dobro do risco de qualquer câncer2 em comparação com aquelas não expostas ao hormônio5. A exposição durante o primeiro trimestre carregou alguns dos maiores riscos de câncer2 mais tarde na vida, incluindo câncer2 cerebral pediátrico, câncer2 de próstata6 e câncer2 colorretal, de acordo com o relatório publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology. Esses resultados demonstram que o cuidado com o uso de caproato de 17 alfa-hidroxiprogesterona no início da gravidez4 é necessário, dada a possível ligação com câncer2 na prole.
1 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
4 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
5 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
6 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
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Há um uso crescente de parto cesáreo com base na preferência ao invés de indicação médica. No entanto, ainda não está claro até que ponto o parto cesáreo não indicado clinicamente beneficia ou prejudica a sobrevivência1 infantil. Neste estudo, publicado na revista PLOS Medicine, observou-se que nos grupos de Robson com baixas frequências esperadas de parto cesáreo, esse procedimento foi associado a um aumento de 25% na mortalidade infantil2. No entanto, em grupos com altas frequências esperadas de parto cesáreo, os achados sugerem que a cesariana clinicamente indicada está associada a uma redução na mortalidade infantil2. Assim, o estudo sugere que, no Brasil, a cesárea está associada a um risco aumentado de mortalidade infantil2, a menos que haja uma indicação clara para o procedimento.
1 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.
2 Mortalidade Infantil: A taxa de mortalidade infantil é o quociente entre os óbitos de menores de um ano ocorridos em uma determinada unidade geográfica e período de tempo, e os nascidos vivos da mesma unidade nesse período, segundo a fórmula: Taxa de Mortalidade Infantil = (Óbitos de Menores de 1 ano / Nascidos Vivos) x 1.000
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Um grande estudo de base populacional mostrou que o parto prematuro traz um risco vitalício de hipertensão1. Entre mais de 2 milhões de mulheres na Suécia, o parto antes de 37 semanas de gestação foi independentemente associado a um risco aumentado de 1,67 vezes de desenvolver hipertensão1 nos 10 anos seguintes, de acordo com estudo publicado no JAMA Cardiology. O risco foi maior para os partos mais prematuros, mas as taxas de risco ajustadas foram significativas para todas as categorias em comparação com uma gestação de 39 a 41 semanas completas. Para mulheres que tiveram parto prematuro extremo, o risco de hipertensão1 chegou a ser 2,2 vezes maior nos próximos 10 anos. Essas associações permaneceram elevadas pelo menos 40 anos depois e eram amplamente independentes de outros fatores maternos e familiares compartilhados.
1 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
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Estudo publicado pelo The British Medical Journal buscou avaliar se a metformina1 de liberação prolongada pode ser usada para prolongar a gestação em mulheres com pré-eclâmpsia2 pré-termo sob observação vigilante. O tempo médio desde a randomização até o parto foi de 17,7 dias no braço da metformina1 e 10,1 dias no braço do placebo3, uma diferença média de 7,6 dias. Este estudo sugere que a metformina1 de liberação prolongada pode prolongar a gestação em mulheres com pré-eclâmpsia2 pré-termo, embora sejam necessários mais estudos. Ele fornece uma prova de conceito4 de que o tratamento da pré-eclâmpsia2 pré-termo é possível.
1 Metformina: Medicamento para uso oral no tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia por reduzir a quantidade de glicose produzida pelo fígado e ajudando o corpo a responder melhor à insulina produzida pelo pâncreas. Pertence à classe das biguanidas.
2 Pré-eclâmpsia: É caracterizada por hipertensão, edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta. No meio médico, o termo usado é Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. É a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.
3 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
4 Prova de conceito: Prova de conceito (PoC ou Proof of Concept) é um termo utilizado para denominar um modelo prático que possa provar o conceito (teórico) estabelecido por uma pesquisa ou artigo técnico. Ela pode ser considerada uma implementação, em geral resumida ou incompleta, de um método ou de uma ideia, realizada com o propósito de verificar se o conceito ou a teoria em questão é susceptível de ser explorado de maneira útil.
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O paracetamol (também conhecido como acetaminofeno) é o ingrediente ativo em mais de 600 medicamentos usados para aliviar a dor leve a moderada e reduzir a febre1. O paracetamol é amplamente usado por grávidas. No entanto, o aumento da pesquisa experimental e epidemiológica sugere que a exposição pré-natal ao paracetamol pode alterar o desenvolvimento fetal, o que pode aumentar os riscos de alguns distúrbios neurodesenvolvimentais, reprodutivos e urogenitais. Nesse contexto, em um consenso publicado na revista Nature Reviews Endocrinology, pesquisadores resumiram essas evidências e pediram ações de precaução por meio de um esforço de pesquisa direcionado e do aumento da conscientização entre profissionais de saúde2 e gestantes.
1 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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Um novo estudo indica que uma enzima1 chamada proteína fosfatase 2A (PP2A) parece ser um dos principais fatores que causam a pré-eclâmpsia2, uma perigosa complicação da gravidez3 caracterizada pelo desenvolvimento de pressão alta e excesso de proteína na urina4. A descoberta, publicada na revista Circulation Research, pode levar a novos tratamentos para a pré-eclâmpsia2 além do parto prematuro, que muitas vezes é a única opção. No estudo foi demonstrado que a ativação da proteína fosfatase 2A via ApoER2 em trofoblastos5 estimula a pré-eclâmpsia2 em um modelo de camundongo da síndrome6 antifosfolípide. Os anticorpos7 antifosfolípides circulantes característicos da síndrome6 antifosfolípide alteram a função do trofoblasto8 da placenta para causar pré-eclâmpsia2 e também colocar o feto9 em perigo.
1 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
2 Pré-eclâmpsia: É caracterizada por hipertensão, edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta. No meio médico, o termo usado é Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. É a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.
3 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
4 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
5 Trofoblastos: Células que revestam a parte externa do BLASTOCISTO. Depois que os trofoblastos se ligam ao ENDOMÉTRIO, desenvolvem duas camadas distintas
6 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
7 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
8 Trofoblasto: Na embriologia, é a camada de células epiteliais que forma a parede externa da blástula dos mamíferos (blastocisto) e atua na implantação e nutrição do embrião. É a camada de células que vem a formar a camada superficial da placenta.
9 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
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Voltar à forma depois de ter um bebê é difícil, mesmo para mulheres que estavam em forma e eram fortes antes de engravidar, mostra um novo estudo publicado na revista PLOS One, que avaliou o impacto da gravidez1 na aptidão física de 460 mulheres que engravidaram durante o serviço militar. Antes de engravidar, as mulheres tinham altos níveis de aptidão física como requisito para serem soldadas na ativa. Elas continuaram o treinamento físico modificado durante a gravidez1 e a maioria voltou ao treinamento regular 12 semanas após o parto. Mesmo com esse treinamento dedicado, muitas das mulheres lutaram para recuperar a forma física. Um ano após o parto, apenas 30% conseguiram obter a mesma pontuação que tinham antes da gravidez1 no Teste de Aptidão Física do Exército dos EUA, que envolve abdominais, flexões e uma corrida cronometrada de 3,2 km. Três anos após o parto, 75% alcançaram suas pontuações pré-gravidez1.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
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