A cirrose1 hepática2 foi associada a um maior risco de acidente vascular cerebral3 em um grande estudo retrospectivo4, e a associação foi independente de fatores de risco cardiovascular estabelecidos, relatou a pesquisa apresentada na reunião da Associação Europeia para o Estudo do Fígado5 e publicada no Journal of Hepatology. No estudo de quase 1,3 milhão de indivíduos na Alemanha, a análise multivariada mostrou um risco 21% maior para qualquer evento cardiovascular acidente vascular cerebral3 ou infarto do miocárdio6 entre aqueles com versus sem cirrose1 (7,7% vs 5,9%). Mas olhar para os dois componentes individualmente revelou um risco 37% maior de acidente vascular cerebral3 no grupo de cirrose1, mas nenhum risco maior de infarto do miocárdio6 (AVC: 5,1% vs 3,5%; IM: 2,8% vs 2,6%).
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1 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
4 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
5 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
6 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.