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Pesquisadores de câncer1 retal conseguiram uma façanha assustadora, demonstrando em um grande ensaio clínico, publicado no The New England Journal of Medicine, que os pacientes se saem tão bem sem radioterapia2 quanto com ela. O grande estudo de “descalonamento terapêutico” sugere que dezenas de milhares de pessoas anualmente podem contar apenas com quimioterapia3 e cirurgia para tratar suas doenças.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
3 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
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O uso de um novo dispositivo de ultrassom implantável no crânio1 foi capaz de abrir a barreira hematoencefálica, o que permitiu a penetração do paclitaxel ligado à albumina2 em regiões críticas do cérebro3 em pacientes com glioblastoma, mostrou um estudo de fase I de escalonamento de dose, publicado no The Lancet Oncology. A penetração da barreira hematoencefálica por meio de pulsos de ondas de ultrassom levou a um aumento de três vezes na concentração do medicamento quimioterápico em pessoas com o câncer4 cerebral.
1 Crânio: O ESQUELETO da CABEÇA; compreende também os OSSOS FACIAIS e os que recobrem o CÉREBRO. Sinônimos: Calvaria; Calota Craniana
2 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
3 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
4 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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A imunoterapia combinada com a quimioterapia1 padrão melhorou significativamente a sobrevida2 livre de progressão (SLP) em pacientes com câncer3 de endométrio4 avançado ou recorrente, de acordo com os resultados de dois estudos randomizados de fase III publicados no The New England Journal of Medicine. No estudo NRG-GY018, as taxas de SLP foram estimadas em 74% com a adição de pembrolizumabe (Keytruda) ao paclitaxel mais carboplatina e 38% com placebo5 em 12 meses entre pacientes com doença com deficiência no reparo de mal pareamento (dMMR) do DNA. No estudo RUBY, a SLP estimada em 24 meses foi de 61,4% com a adição de dostarlimabe (Jemperli) ao paclitaxel-carboplatina em comparação com 15,7% com placebo5 em pacientes com tumores com dMMR e instabilidade de microssatélites alta (MSI-H).
1 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
2 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
5 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
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Camundongos intoxicados que perderam a consciência demoraram metade do tempo para acordar e se levantar depois de receberem a injeção1 do hormônio2 FGF21, em comparação com os camundongos não injetados. Os dados são de um estudo publicado na revista Cell Metabolism. O hormônio2 que ajuda os camundongos bêbados a ficarem sóbrios pode um dia tratar a intoxicação aguda por álcool em pessoas.
1 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
2 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
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Um novo estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, aponta que a atividade física pode ser mais eficaz do que medicamentos para reduzir sintomas1 da depressão. O impacto foi visto em exercícios praticados ao longo de 12 semanas, em qualquer intensidade. De acordo com os pesquisadores, a atividade física é altamente benéfica para melhorar os sintomas1 de depressão, ansiedade e angústia em uma ampla gama de populações adultas, incluindo a população em geral, pessoas com transtornos mentais diagnosticados e pessoas com doenças crônicas.
1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
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O tratamento de pacientes com câncer1 pancreático com quimioterapia2 antes da cirurgia melhorou significativamente as taxas de sobrevida3 de um ano em comparação com a cirurgia imediata, descobriu um ensaio clínico randomizado4 publicado no The Lancet Gastroenterology & Hepatology. A taxa de sobrevida3 global de um ano foi de 84% para FOLFIRINOX, 78% para gencitabina mais capecitabina e 60% para aqueles que receberam quimiorradioterapia à base de capecitabina, em comparação com 39% para cirurgia imediata. Não houve diferença significativa nas taxas de remoção cirúrgica entre os grupos de pacientes cirúrgico e neoadjuvante, e todos os tratamentos foram bem tolerados.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
3 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
4 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
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Certas células1 de câncer2 de pele3 podem diferir em como respondem a vários tratamentos de acordo com seu tamanho, apontou um estudo publicado na revista Science Advances. Entender melhor esse mecanismo e como ele se relaciona com os resultados do tratamento pode ajudar os médicos a prever a resposta individual ao medicamento. Os achados mostraram que células1 de câncer2 de pele3 melanoma4 menores podem ser mais vulneráveis a drogas que bloqueiam o reparo do DNA, enquanto células1 maiores podem ser mais responsivas à imunoterapia. Este estudo fornece uma das primeiras demonstrações de fenômenos de dimensionamento de tamanho no câncer2 e como a morfologia influencia a química da célula5.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
4 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
5 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
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Crianças nascidas sem um sistema imunológico1 funcional devido a uma doença genética rara chamada imunodeficiência2 combinada grave (SCID) com deficiência de Artemis podem agora levar uma vida normal graças a uma nova terapia de substituição genética. Um estudo, publicado no The New England Journal of Medicine, descobriu que a terapia restaurou parcial ou totalmente o sistema imunológico1 de 10 bebês3 com a doença. Os exames de sangue4 de acompanhamento descobriram que todas as crianças produziram células5 T e células5 B entre seis e 16 semanas após o tratamento. Das seis crianças que receberam a terapia há dois ou mais anos, cinco agora têm sistemas imunológicos em pleno funcionamento. Não houve efeitos colaterais6 graves do tratamento em si, mas os pesquisadores planejam acompanhar as crianças por mais tempo para ter certeza.
1 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
2 Imunodeficiência: Distúrbio do sistema imunológico que se caracteriza por um defeito congênito ou adquirido em um ou vários mecanismos que interferem na defesa normal de um indivíduo perante infecções ou doenças tumorais.
3 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
6 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
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A hipercalcemia da malignidade (HCM) é a complicação metabólica mais comum de malignidades, mas sua incidência1 pode estar diminuindo devido a agentes quimioterápicos potentes. Apesar da ampla disponibilidade de medicamentos eficazes para tratar a HCM, faltam recomendações baseadas em evidências para lidar com essa condição debilitante. O objetivo, portanto, foi desenvolver diretrizes para o tratamento de adultos com HCM. A nova Diretriz de Prática Clínica desenvolvida pela Endocrine Society foi publicada no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Um painel multidisciplinar identificou e priorizou 8 questões clínicas relacionadas ao tratamento da HCM em pacientes adultos. A principal recomendação (recomendação forte) é para o tratamento com denosumabe ou um bisfosfonato intravenoso em adultos com HCM.
1 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
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Estudo publicado no Journal of the European Academy of Dermatology & Venereology sugere que a aplicação precoce de emolientes pode ajudar a prevenir o eczema1 em bebês2 com alto risco de desenvolver a doença. Pesquisadores analisaram 11 ensaios clínicos3, incluindo quase 3.500 bebês2 que receberam emolientes para dermatite4 atópica. Após a análise de todos os dados, os cientistas relataram que três tipos específicos de emolientes – cremes, emulsões e tipos mistos – ajudaram a prevenir o desenvolvimento de eczema1 em bebês2. No entanto, após análises adicionais, os pesquisadores descobriram que a emulsão emoliente é a melhor opção para ajudar a prevenir o eczema1 em bebês2 de alto risco.
1 Eczema: Afecção alérgica da pele, ela pode ser aguda ou crônica, caracterizada por uma reação inflamatória com formação de vesículas, desenvolvimento de escamas e prurido.
2 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
3 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
4 Dermatite: Inflamação das camadas superficiais da pele, que pode apresentar-se de formas variadas (dermatite seborreica, dermatite de contato...) e é produzida pela agressão direta de microorganismos, substância tóxica ou por uma resposta imunológica inadequada (alergias, doenças auto-imunes).
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