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Múltiplos mecanismos potenciais através dos quais a obesidade é um fator de risco para infecção grave por COVID-19

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A pandemia1 da doença do coronavírus 2019 (COVID-19) levou a esforços de pesquisa em todo o mundo para identificar pessoas com maior risco de desenvolver a forma crítica da doença e morrer. Os dados iniciais apontaram para indivíduos mais velhos sendo particularmente vulneráveis, assim como aqueles com diabetes mellitus2 ou doenças cardiovasculares3 (incluindo hipertensão4), respiratórias ou renais. Esses problemas geralmente se concentram em certos grupos raciais (por exemplo, afro-americanos e asiáticos), que também parecem mais propensos a piores resultados da COVID-19.

Um número crescente de relatórios vincula a obesidade5 a doença mais grave e morte por COVID-19. Em um estudo francês, o risco de ventilação6 mecânica invasiva em pacientes com infecção7 por COVID-19 admitidos em unidade de tratamento intensivo foi 7 vezes maior nos pacientes com índice de massa corporal8 (IMC9) >35 em comparação com IMC9 <25 kg/m². Entre os indivíduos com COVID-19 com menos de 60 anos de idade na cidade de Nova York, aqueles com um IMC9 entre 30 a 34 kg/m² e >35 kg/m² tiveram 1,8 vezes e 3,6 vezes mais chances de serem internados em terapia intensiva10, respectivamente, que indivíduos com IMC9 <30 kg/m².

Em um artigo de opinião publicado no periódico Circulation, os pesquisadores Naveed Sattar, Iain B. McInnes e John J. V. McMurray sugerem que a obesidade5 ou o excesso de deposição ectópica11 de gordura12 possa ser um fator de risco13 unificador para infecção7 grave por COVID-19, reduzindo a reserva cardiorrespiratória protetora e potencializando a desregulação imunológica que parece, pelo menos em parte, mediar a progressão para doença crítica e falência de órgãos em uma proporção de pacientes com COVID-19. São necessárias mais pesquisas para definir se a obesidade5 é um fator de risco13 independente para suscetibilidade à infecção7.

Saiba mais sobre "Obesidade5", "Escore de risco para COVID-19 grave" e "Quem é mais provável de ser infectado com o SARS-CoV-2".

Do ponto de vista cardiovascular, os estudos e as evidências genéticas mostram conclusivamente que a obesidade5 (e excesso de massa gorda14) está relacionada causalmente com hipertensão4, diabetes mellitus2, doença cardíaca coronariana, acidente vascular cerebral15, fibrilação atrial, doença renal16 e insuficiência cardíaca17. A obesidade5 potencializa múltiplos fatores de risco cardiovascular, o desenvolvimento prematuro de doenças cardiovasculares3 e os resultados cardiorrenais adversos.

Há também uma preocupação metabólica. Em indivíduos com diabetes mellitus2, ou com alto risco de diabetes mellitus2, a obesidade5 e o excesso de gordura12 ectópica11 levam ao comprometimento da resistência à insulina18 e à redução da função das células19 β. Ambos limitam a capacidade de evocar uma resposta metabólica apropriada no desafio imunológico, levando alguns pacientes com diabetes mellitus2 a exigir quantidades substanciais de insulina20 durante infecções21 graves. No geral, a regulação integrada do metabolismo22 necessária para as interações celulares complexas e para a defesa efetiva do hospedeiro é perdida, levando ao déficit imunológico funcional.

A COVID-19 também pode interromper diretamente a função das células19 β pancreáticas através de uma interação com a enzima23 conversora de angiotensina 2. Além disso, a obesidade5 aumenta a trombose24, o que é relevante, dada a associação entre COVID-19 grave e coagulação25 intravascular26 disseminada protrombótica e altas taxas de tromboembolismo27 venoso.

Além das consequências cardiometabólicas e trombóticas28, a obesidade5 tem efeitos prejudiciais sobre a função pulmonar, diminuindo o volume expiratório forçado e a capacidade vital forçada29. Uma massa gorda14 relativa mais alta também está ligada a essas mudanças adversas, talvez relevantes para relatos emergentes de maior doença crítica de COVID-19 em certas etnias, por exemplo, asiáticos. Os asiáticos geralmente apresentam menor aptidão cardiorrespiratória e transportam proporcionalmente mais tecido adiposo30 com IMCs mais baixos. Com obesidade5 extrema (por exemplo, IMC9 >40 kg/m²), o atendimento a indivíduos internados em unidades de terapia intensiva10 é frequentemente impedido, pois esses pacientes são mais difíceis de fazer exames de imagem, ventilar, cuidar e reabilitar.

Com relação à resposta imune, existe uma clara associação entre obesidade5 e estado inflamatório basal, caracterizado por níveis mais elevados de interleucina 6 circulante e proteína C reativa. O tecido adiposo30 na obesidade5 é "pró-inflamatório", com expressão aumentada de citocinas31 e particularmente adipocinas. Também há expressão desregulada de leucócitos32 nos tecidos, e subgrupos inflamatórios de macrófagos33 (e linfoides34 inatos) substituem as células19 fenotípicas35 reguladoras de tecidos (M2).

A obesidade5 em si é um fator de risco13 independente e causal para o desenvolvimento de doenças imunomediadas, por exemplo, psoríase36, sugerindo que esse estado adiposo pode ter consequências imunes sistêmicas em provocações ambientais adicionais.

Leia sobre ""COVID-19 e diabetes37" e "Trombose24 venose em pacientes com COVID-19 grave".

Em termos de defesa do hospedeiro, a obesidade5 prejudica as respostas imunes adaptativas ao vírus38 influenza39 e poderia fazer o mesmo com a COVID-19. Indivíduos obesos podem exibir maior derramamento viral, sugerindo potencial para uma grande exposição viral, especialmente se vários membros da família estiverem acima do peso. Isso pode ser agravado em famílias multigeracionais superlotadas, que são mais comuns nas comunidades socioeconomicamente carentes, nas quais a obesidade5 é predominante.

Todas essas observações apontam para o potencial da obesidade5 de gerar uma relação mais adversa entre vírus38 e resposta imune do hospedeiro na COVID-19. Pior estado nutricional e hiperglicemia40 podem agravar ainda mais a situação em alguns indivíduos obesos.

Grande parte do foco da COVID-19 está nas pessoas mais velhas. No entanto, é importante lembrar que o peso e a massa muscular começam a diminuir em idade avançada, mas a massa gorda14 relativa aumenta, principalmente naqueles com doenças comórbidas, como doenças cardiovasculares3 e respiratórias. A idade avançada também está associada a mais hipertensão4 e diabetes mellitus2 por causa de vasos mais rígidos e menor eficiência metabólica, respectivamente. Pessoas mais velhas (por exemplo, >70 anos de idade), de modo semelhante a indivíduos obesos mais jovens, têm menos reserva cardiorrespiratória para lidar com a infecção7 por COVID-19. A senescência imunológica é bem reconhecida, assim como o conceito de inflamação41, e ambos podem influenciar a dinâmica vírus38-hospedeiro em idosos e os resultados de infecção7.

Quais são as implicações dessas observações emergentes para pesquisas futuras e mensagens de saúde42 pública? Com relação à pesquisa, os instrumentos preditivos para aqueles com maior risco de resultados graves devem considerar o IMC9. O entendimento mecanicista da relação entre obesidade5 e COVID-19 pode sugerir intervenções terapêuticas (por exemplo, medicamentos comprovados para perda de peso, dietas com baixas calorias43) para reduzir potencialmente o risco de desenvolver doença grave por COVID-19.

No que diz respeito à saúde42 pública, é importante comunicar riscos sem causar ansiedade. As pessoas em todo o mundo devem ser incentivadas a melhorar seu estilo de vida para diminuir os riscos nas ondas atuais e subsequentes da COVID-19. Além de aumentar os níveis de atividade, deve haver mensagens aprimoradas sobre uma melhor dieta, com foco em conselhos mais simples para ajudar as pessoas a adotar mudanças sustentáveis. Isso é particularmente desafiador com as regras atuais de ficar em casa, limitando os níveis de atividade – o custo do ganho de peso no lockdown.

Ainda mais preocupante é que a crise econômica resultante pode piorar a obesidade5, especialmente nos indivíduos mais vulneráveis, um risco que os governos precisam enfrentar após a atual pandemia1.

De fato, essa pandemia1 destacou que mais – e não menos – deve ser feito para combater e prevenir a obesidade5 nas sociedades, para a prevenção de doenças crônicas e de maiores reações adversas às pandemias virais.

Veja também sobre "Alimentação saudável" e "Estimativas da população com risco aumentado de COVID-19 grave".

 

Fonte: Circulation, vol. 142, nº 1, em 07 de julho de 2020.

 

NEWS.MED.BR, 2020. Múltiplos mecanismos potenciais através dos quais a obesidade é um fator de risco para infecção grave por COVID-19. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/opiniao/1373963/multiplos-mecanismos-potenciais-atraves-dos-quais-a-obesidade-e-um-fator-de-risco-para-infeccao-grave-por-covid-19.htm>. Acesso em: 19 abr. 2024.

Complementos

1 Pandemia: É uma epidemia de doença infecciosa que se espalha por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a pandemia pode se iniciar com o aparecimento de uma nova doença na população, quando o agente infecta os humanos, causando doença séria ou quando o agente dissemina facilmente e sustentavelmente entre humanos. Epidemia global.
2 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
3 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
4 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
5 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
6 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
7 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
9 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
10 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
11 Ectópica: Relativo à ectopia, ou seja, à posição anômala de um órgão.
12 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
13 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
14 Massa gorda: É a porção de massa do organismo constituída de gordura armazenada (encontrada no tecido subcutâneo) e gordura essencial (encontrada nas vísceras, responsável pelo funcionamento fisiológico normal). A massa gorda é o resultado em quilos do percentual de gordura existente no organismo. Por exemplo, um indivíduo de 100 quilos e com percentual de gordura de 38%, pode ter o valor da massa gorda calculado em 38 quilos.
15 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
16 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
17 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
18 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
19 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
20 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
21 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
22 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
23 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
24 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
25 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
26 Intravascular: Relativo ao interior dos vasos sanguíneos e linfáticos, ou que ali se situa ou ocorre.
27 Tromboembolismo: Doença produzida pela impactação de um fragmento de um trombo. É produzida quando este se desprende de seu lugar de origem, e é levado pela corrente sangüínea até produzir a oclusão de uma artéria distante do local de origem do trombo. Esta oclusão pode ter diversas conseqüências, desde leves até fatais, dependendo do tamanho do vaso ocluído e do tipo de circulação do órgão onde se deu a oclusão.
28 Trombóticas: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
29 Capacidade vital forçada: Representa o volume máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração.
30 Tecido Adiposo: Tecido conjuntivo especializado composto por células gordurosas (ADIPÓCITOS). É o local de armazenamento de GORDURAS, geralmente na forma de TRIGLICERÍDEOS. Em mamíferos, existem dois tipos de tecido adiposo, a GORDURA BRANCA e a GORDURA MARROM. Suas distribuições relativas variam em diferentes espécies sendo que a maioria do tecido adiposo compreende o do tipo branco.
31 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
32 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
33 Macrófagos: É uma célula grande, derivada do monócito do sangue. Ela tem a função de englobar e destruir, por fagocitose, corpos estranhos e volumosos.
34 Linfoides: 1. Relativos a ou que constituem o tecido característico dos nodos linfáticos. 2. Relativos ou semelhantes à linfa.
35 Fenotípicas: Referente a fenótipo, ou seja, à manifestação visível ou detectável de um genótipo. Características físicas, morfológicas e fisiológicas do organismo.
36 Psoríase: Doença imunológica caracterizada por lesões avermelhadas com descamação aumentada da pele dos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e costas juntamente com alterações das unhas (unhas em dedal). Evolui através do tempo com melhoras e pioras, podendo afetar também diferentes articulações.
37 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
38 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
39 Influenza: Doença infecciosa, aguda, de origem viral que acomete o trato respiratório, ocorrendo em epidemias ou pandemias e frequentemente se complicando pela associação com outras infecções bacterianas.
40 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
41 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
42 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
43 Calorias: Dizemos que um alimento tem “x“ calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc.
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