Teste de anticorpos de detecção ultrarrápida, sensível e portátil de COVID-19 é barato e mostra o resultado em 5 minutos
O surto de COVID-19 e sua disseminação contínua ameaçam seriamente a saúde1 pública. O teste de anticorpos2 é essencial para o diagnóstico3 de infecção4, análise soroepidemiológica e avaliação da vacina5. No entanto, a detecção de anticorpos2 conveniente, rápida e precisa permanece um desafio nesta batalha prolongada.
Agora, um teste barato de 5 minutos se mostrou capaz de determinar com precisão se uma pessoa teve covid-19 no passado ou determinar se ela tem proteção de uma vacina5 detectando anticorpos2 no sangue6 ou saliva.
Quando uma pessoa é infectada pelo coronavírus ou vacinada contra ele, seu sistema imunológico7 produz anticorpos2 para combater o vírus8. Esses anticorpos2 continuam a ser produzidos por pelo menos seis meses, de modo que podem ser usados para detectar uma infecção4 passada ou resposta à vacina5. Já existem testes para anticorpos2 contra o coronavírus, mas tendem a ser caros, complicados ou pouco precisos.
Saiba mais sobre "Antígenos9 e anticorpos2 - o que são", "Anticorpos2 anti-SARS-COV-2" e "Eficácia das vacinas contra a COVID-19".
Nesse contexto, Feng Yan da Universidade Politécnica de Hong Kong e seus colegas fizeram um teste de anticorpo10 contra covid-19 mais barato e conveniente. Em um estudo publicado na revista Science Advances, eles relatam o desenvolvimento de um teste para detecção ultrarrápida, sensível e portátil de IgG para COVID-19 usando transistores eletroquímicos orgânicos flexíveis. Estes convertem sinais11 biológicos em sinais11 elétricos e estão se tornando populares para detectar moléculas biológicas como proteínas12 e glicose13.
Uma gota14 de sangue6 ou saliva é colocada em um desses transistores, que é feito de ouro e embutido em uma pequena tira de plástico. Conforme os anticorpos2 do coronavírus se ligam a ele, o transistor produz sinais11 elétricos que são lidos por um medidor portátil leve conectado via Bluetooth a um telefone celular. Todo o processo leva menos de 5 minutos.
No artigo, os pesquisadores descrevem em detalhes essa plataforma de detecção de imunoglobulina15 G (IgG) para SARS-CoV-2 ultrarrápida, de baixo custo e portátil baseada em transistores eletroquímicos orgânicos (TEQOs), que podem ser controlados remotamente por um telefone celular.
Para permitir uma detecção mais rápida, pulsos de voltagem são aplicados no eletrodo de entrada do TEQO para acelerar a ligação entre o anticorpo10 e o antígeno16. Ao otimizar as concentrações de íons17 e valores de pH das soluções de teste, foi realizada a detecção específica de IgG para SARS-CoV-2 em vários minutos com uma região detectável de 10 fM a 100 nM, que abrange a faixa de níveis séricos de IgG para SARS-CoV-2 em humanos.
Assim, o teste provou ser altamente preciso na medição de anticorpos2 contra o coronavírus quando foi testado em amostras de sangue6 e saliva que foram enriquecidas com diferentes níveis de anticorpos2 no laboratório, incluindo níveis muito baixos.
Esses sensores portáteis, portanto, são promissores para uso no diagnóstico3 e prognóstico18 de COVID-19.
Yan e seus colegas estão agora planejando um ensaio clínico para confirmar se o teste também funciona em ambientes reais. Se o teste for bem-sucedido, a equipe solicitará a aprovação para vender o teste, que deve custar menos de US$ 1 por tira de teste, diz Yan.
Como outros testes de anticorpos2 contra covid-19, o novo teste pode ser útil para estimar os níveis de imunidade19 ao vírus8 – seja de infecção4 natural ou vacinação – em diferentes populações, diz Yan. Também pode mostrar quando os efeitos protetores das vacinas estão começando a desaparecer e as doses de reforço podem ser necessárias, diz ele.
No entanto, o teste não pode ser usado para ver se as pessoas estão infectadas com covid-19, uma vez que geralmente leva uma ou duas semanas após a infecção4 para que níveis significativos de anticorpos2 sejam produzidos.
Leia sobre "Testes da COVID-19" e "DETECTR: forma de detecção rápida, sensível e específica do SARS-CoV-2".
Fontes:
Science Advances, Vol. 7, Nº 38, em 15 de setembro de 2021.
New Scientist, notícia publicada em 15 de setembro de 2021.