news.med.br
O impacto da exposição a corticosteroides no útero1 no risco de comprometimento neurológico a longo prazo variou de acordo com o momento do nascimento, de acordo com uma revisão sistemática e metanálise publicada no JAMA Pediatrics. Crianças com parto prematuro extremo que foram expostas a um único ciclo de corticosteroides antenatais tiveram um risco significativamente reduzido de desenvolver resultados adversos de longo prazo no desenvolvimento neurológico. Mas para crianças com parto prematuro tardio, a exposição a corticosteroides antenatais foi associada a um risco modestamente aumentado de investigação para distúrbios neurocognitivos. Já os bebês2 nascidos a termo que foram expostos a corticosteroides no útero1 tiveram um risco significativamente aumentado de desenvolver transtornos mentais ou comportamentais e distúrbios neurocognitivos comprovados ou suspeitos. Os resultados sugerem uma necessidade de cautela na administração de corticosteroides antenatais.
1 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
2 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
   [Mais...]

A obesidade1 pode representar uma ameaça significativa para gestações saudáveis, de acordo com uma análise de mediação. Em um estudo com 392.820 mulheres, aquelas que tinham obesidade1 antes da gravidez2 tinham 55% mais chances de mortalidade3 perinatal – definida como natimorto ou morte neonatal antes da alta hospitalar, relataram os pesquisadores em estudo publicado na revista PLoS One. Mesmo as mulheres que tinham apenas sobrepeso4 antes da gravidez2 tiveram 22% mais chances de mortalidade3 perinatal em comparação com as mulheres que tinham um IMC5 normal. A maior força motriz entre esses dois fatores foi a idade gestacional no parto, mediando 63,1% da associação entre obesidade1 e morte perinatal. Os efeitos estimados não foram afetados pelo ajuste para fatores de risco adicionais para morte perinatal ou análises de sensibilidade para dados ausentes.
1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
4 Sobrepeso: Peso acima do normal, índice de massa corporal entre 25 e 29,9.
5 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
   [Mais...]

A função tireoidiana materna adequada é importante para uma gravidez1 sem complicações. O objetivo neste novo estudo, publicado pelo The Lancet Diabetes2 & Endocrinology, foi examinar a associação entre anormalidades nos testes de função tireoidiana e risco de hipertensão3 gestacional e pré-eclâmpsia4. Comparado com o eutireoidismo, o hipotireoidismo5 subclínico foi associado a um risco maior de pré-eclâmpsia4 (2,1% vs 3,6%). Em análises contínuas, tanto a concentração mais alta quanto a mais baixa de TSH foram associadas a um maior risco de pré-eclâmpsia4. Esses resultados quantificam os riscos de hipertensão3 gestacional ou pré-eclâmpsia4 em mulheres com anormalidades nos testes de função tireoidiana, somando-se ao conjunto total de evidências sobre o risco de desfechos maternos e fetais adversos da disfunção tireoidiana durante a gravidez1.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
2 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
3 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
4 Pré-eclâmpsia: É caracterizada por hipertensão, edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta. No meio médico, o termo usado é Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. É a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.
5 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
   [Mais...]

Gestações concebidas por tecnologia de reprodução1 assistida (TRA) podem ser acompanhadas por um risco aumentado de complicações vasculares2 intra-hospitalares e outros resultados adversos da gravidez3, de acordo com um novo estudo publicado no Journal of the American Heart Association. Os resultados sugerem que a concepção4 com TRA foi independentemente associada a riscos aumentados de 1,7 e 2,5 vezes para arritmia5 e lesão6 renal7 aguda, respectivamente, após ajuste para o perfil de risco basal. O estudo concluiu que gestações concebidas por tecnologia de reprodução1 assistida apresentam maiores riscos de desfechos obstétricos adversos e complicações vasculares2 em comparação com a concepção4 espontânea. Os médicos devem ter discussões detalhadas sobre as complicações associadas à tecnologia de reprodução1 assistida em mulheres durante o aconselhamento pré-gestacional.
1 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
2 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
3 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
4 Concepção: O início da gravidez.
5 Arritmia: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
6 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
7 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
   [Mais...]

Um novo estudo, publicado pelo The British Medical Journal, buscou comparar a eficácia de diferentes intervenções para prevenir parto prematuro espontâneo em mulheres com gravidez1 única e história de parto prematuro espontâneo ou colo2 curto. Para parto prematuro de menos de 34 semanas e com placebo3 ou nenhum tratamento como comparador, a progesterona vaginal foi associada a menos mulheres com parto prematuro. Para o desfecho fetal de morte perinatal e com placebo3 ou nenhum tratamento como comparador, a progesterona vaginal foi o único tratamento que mostrou evidência clara de benefício. Dessa forma, o estudo concluiu que a progesterona vaginal deve ser considerada o tratamento preventivo4 de escolha para mulheres com gravidez1 única identificadas como em risco de parto prematuro.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
2 Colo: O segmento do INTESTINO GROSSO entre o CECO e o RETO. Inclui o COLO ASCENDENTE; o COLO TRANSVERSO; o COLO DESCENDENTE e o COLO SIGMÓIDE.
3 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
4 Preventivo: 1. Aquilo que previne ou que é executado por medida de segurança; profilático. 2. Na medicina, é qualquer exame ou grupo de exames que têm por objetivo descobrir precocemente lesão suscetível de evolução ameaçadora da vida, como as lesões malignas. 3. Em ginecologia, é o exame ou conjunto de exames que visa surpreender a presença de lesão potencialmente maligna, ou maligna em estágio inicial, especialmente do colo do útero.
   [Mais...]

Estudo publicado no periódico Obstetrics & Gynecology teve como objetivo estimar o risco de arrependimento da esterilização com base na idade no momento da esterilização em um grupo contemporâneo de mulheres. A proporção cumulativa de arrependimento foi de 10,2% (12,6% para mulheres que se submeteram à esterilização na idade de 21 a 30 anos e 6,7% para aquelas que se submeteram à esterilização com mais de 30 anos). O estudo concluiu que as mulheres mais jovens sentem mais arrependimento de ter realizado um procedimento de esterilização. À medida que as mulheres envelhecem, o arrependimento da esterilização diminui. O aconselhamento sobre esterilização deve revelar a imprevisibilidade do desejo futuro, mas a idade por si só não deve ser uma barreira para a realização da esterilização.   [Mais...]
A morbidade1 e a mortalidade2 materna continuam a aumentar, e a pré-eclâmpsia3 é um dos principais responsáveis por esse ônus. Neste estudo, publicado na revista Nature, pesquisadores demonstraram a capacidade do RNA livre de células4 (cfRNA) plasmático para revelar padrões de progressão normal da gravidez5 e determinar o risco de desenvolver pré-eclâmpsia3 meses antes da apresentação clínica. Foi demonstrado que as assinaturas de cfRNA de uma única coleta de sangue6 podem rastrear a progressão da gravidez5 nos níveis placentário, materno e fetal e podem prever de forma robusta a pré-eclâmpsia3, com uma sensibilidade de 75% e um valor preditivo positivo de 32,3%, que é superior ao método padrão ouro atual.
1 Morbidade: Morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento.
2 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
3 Pré-eclâmpsia: É caracterizada por hipertensão, edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta. No meio médico, o termo usado é Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. É a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.
4 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
5 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
6 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
   [Mais...]

A prevalência1 de depressão e a exposição a antidepressivos são altas entre mulheres em idade reprodutiva e durante a gravidez2. A duloxetina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina-norepinefrina aprovado nos Estados Unidos e na Europa em 2004 para o tratamento da depressão. A segurança fetal da duloxetina não está bem estabelecida. O presente estudo, publicado no PLOS Medicine, avalia a associação da exposição à duloxetina durante a gravidez2 e o risco de malformações3 congênitas4 maiores e menores e o risco de natimortos. Os resultados mostram que nenhum risco aumentado de malformações3 congênitas4 maiores ou menores ou natimorto foi associado à exposição à duloxetina durante a gravidez2.
1 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
4 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
   [Mais...]

Filhos de mulheres que usam maconha durante ou logo após a gravidez1 têm duas vezes mais probabilidade do que outras crianças de ficarem ansiosos, agressivos ou hiperativos, de acordo com um novo estudo, publicado no jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences. O uso de cannabis está se tornando mais prevalente, inclusive durante períodos sensíveis ao desenvolvimento, como a gravidez1. No novo estudo, pesquisadores descobriram que o uso materno de cannabis está associado ao aumento do cortisol, ansiedade, agressividade e hiperatividade em crianças pequenas. Isso correspondeu a reduções generalizadas na expressão de genes relacionados ao sistema imunológico2 na placenta, que se correlacionou com ansiedade e hiperatividade. Estudos futuros são necessários para examinar os efeitos da cannabis na função imunológica durante a gravidez1 como um mecanismo regulador potencial que molda o desenvolvimento neurocomportamental.
1 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
2 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
   [Mais...]

Até então, o que acontece nas primeiras semanas depois que um embrião humano se implanta no útero1 era uma caixa preta. Agora, os biólogos tiveram a chance de estudar esse estágio de desenvolvimento em detalhes pela primeira vez, conforme foi relatado em estudo publicado na revista Nature. Os biólogos estão particularmente interessados em estudar um processo chamado gastrulação, que começa duas semanas depois que um óvulo2 humano é fertilizado e uma semana após a implantação. Um embrião doado com apenas 16 a 19 dias de idade e em processo de gastrulação foi estudado e descobriu-se que a gastrulação em humanos é muito semelhante à de ratos e macacos, mas com algumas diferenças importantes. Além do epiblasto pluripotente, foram identificadas células germinativas3 primordiais, hemácias4 e vários tipos de células5 mesodérmicas e endodérmicas. Este conjunto de dados oferece uma visão6 única de um estágio central, mas inacessível, do desenvolvimento humano.
1 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
2 Óvulo: Célula germinativa feminina (haplóide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO.
3 Células Germinativas: São as células responsáveis pela reprodução sexuada e contêm metade do número total de cromossomos de uma espécie. Os espermatozoides (homem) e os ovócitos (mulher) são células germinativas.
4 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
5 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
6 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
   [Mais...]

Mostrar: 10
<< - « Anteriores - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - Próximos » - >>
41 a 50 (Total: 192)
  • Entrar
  • Receber conteúdos