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A cortisona e outros glicocorticoides relacionados são extremamente eficazes na redução de reações imunológicas excessivas. Mas anteriormente, surpreendentemente pouco se sabia sobre como exatamente eles faziam isso. Uma equipe de pesquisadores explorou agora o mecanismo molecular de ação com mais detalhes. Tal como relatam os pesquisadores na revista Nature, os glicocorticoides reprogramam o metabolismo1 das células2 imunológicas, ativando os “freios” naturais do corpo na inflamação3, e uma pequena molécula chamada itaconato desempenha um papel especialmente importante nisso. Estas descobertas estabelecem as bases para o desenvolvimento de agentes anti-inflamatórios com menos efeitos colaterais4 e menos graves.
1 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
4 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
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Um estudo publicado na revista Cell descobriu que os adoçantes artificiais sacarina1 e sucralose aumentam os níveis de açúcar2 no sangue3, apesar de que se pensava que eles não tinham esse efeito. Isso pode estar relacionado às mudanças que os adoçantes induzem no microbioma4 intestinal. Os pesquisadores testaram os efeitos que quatro substitutos do açúcar2 (aspartame5, sucralose, sacarina1 ou estévia) têm sobre o açúcar2 no sangue3 em 120 adultos em Israel sem comorbidades6 subjacentes. Em média, os pesquisadores descobriram que as pessoas que consumiram sacarina1 e sucralose tiveram picos significativos de açúcar2 no sangue3 após testes de tolerância à glicose7. Ao analisar amostras diárias de fezes e saliva dos participantes, descobriu-se que todos os quatro adoçantes alteraram significativamente a abundância, atividade e tipos de bactérias no intestino e na boca8. O estudo concluiu que o consumo humano de adoçantes não nutritivos pode induzir alterações glicêmicas específicas da pessoa, dependentes do microbioma4, necessitando avaliação futura das implicações clínicas.
1 Sacarina: Adoçante sem calorias e sem valor nutricional.
2 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
5 Aspartame: Adoçante com quase nenhuma caloria e sem valor nutricional.
6 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
7 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
8 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
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Montelucaste não é eficaz para o tratamento da tosse após-infecção1 em adultos, é o que mostra um estudo controlado por placebo2, duplo-cego, randomizado3, publicado pelo The Lancet Respiratory Medicine.
1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
3 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
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O jejum tem sido sugerido como uma abordagem útil para prevenir ou controlar doenças crônicas, como câncer1, obesidade2 e doenças cardíacas – mas resultados de estudos com camundongos mostram que jejuns prolongados podem prejudicar o sistema imunológico3. Em um novo estudo, publicado na revista Immunity, camundongos que jejuaram por 24 horas tiveram mais inflamação4 e foram mais propensos a morrer de uma infecção5 bacteriana do que os camundongos seguindo um horário regular de alimentação.
1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
3 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
4 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
5 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
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Trabalho publicado pelo periódico Stroke relata uma associação causal entre o uso recente de cocaína e o risco de um acidente vascular1 isquêmico2 (AVCI) em jovens, principalmente quando este uso ocorre nas 24 horas que antecedem o início do evento vascular1.
1 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
2 Isquêmico: Relativo à ou provocado pela isquemia, que é a diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição.
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O jejum intermitente1 tornou-se a moda nos últimos anos porque promove a perda de peso ao privar o corpo de glicose2, o que o força a quebrar a gordura3 para produzir uma fonte alternativa de combustível chamada cetonas. O jejum intermitente1 também pode melhorar a imunidade4 e ajudar a combater doenças, de acordo com uma descoberta em camundongos que mostra que as células5 imunológicas se defendem de maneira mais eficaz de infecções6 e câncer7 ao usar cetonas em vez de glicose2 como fonte de energia. Os achados foram publicados na revista Immunity.
1 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
2 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
3 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
4 Imunidade: Capacidade que um indivíduo tem de defender-se perante uma agressão bacteriana, viral ou perante qualquer tecido anormal (tumores, enxertos, etc.).
5 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
6 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
7 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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Novo medicamento injetável aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inclisiran, controla o colesterol1 ruim (LDL2), um dos principais fatores de risco por trás de eventos cardíacos. A inclisirana sódica (Sybrava), da Novartis, é especialmente indicada a pacientes adultos com hipercolesterolemia3 primária ou dislipidemia mista. Estudos anteriores para eficácia e segurança da fórmula apontaram que com duas aplicações por ano é possível reduzir em média 52% dos níveis do LDL2. Estudo mais recente, publicado no The Lancet Diabetes4 & Endocrinology, concluiu que o inclisiran duas vezes por ano proporcionou reduções sustentadas nas concentrações de colesterol1 LDL2 e PCSK9 e foi bem tolerado durante 4 anos.
1 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
2 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
3 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
4 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
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Uma pesquisa da Noruega envolvendo quase 75.000 nascimentos indica que conceber dentro de três meses após um aborto espontâneo ou aborto induzido não aumenta os riscos de resultados adversos. A descoberta vai contra a recomendação atual da Organização Mundial da Saúde1 de esperar pelo menos seis meses após o aborto espontâneo ou induzido antes de engravidar novamente, para evitar complicações para a mãe e o bebê. Os resultados, publicados na PLoS Medicine, mostraram ainda que as mulheres tinham menor risco de complicações na gravidez2, como baixo peso ao nascer e diabetes gestacional3, se concebessem dentro de três meses após um aborto espontâneo. Em combinação com pesquisas anteriores, esses resultados sugerem que as mulheres podem tentar engravidar logo após um aborto espontâneo ou induzido anterior sem aumentar os riscos à saúde1 perinatal.
1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Diabetes gestacional: Tipo de diabetes melito que se desenvolve durante a gravidez e habitualmente desaparece após o parto, mas aumenta o risco da mãe desenvolver diabetes no futuro. O diabetes gestacional é controlado com planejamento das refeições, atividade física e, em alguns casos, com o uso de insulina.
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O grego Hipócrates, pai da medicina, já recomendava o vinho por seus benefícios à saúde1. Confira este artigo publicado na Revista Wine Style, número 1, em 2005, escrito pelo Dr. Gustavo Andrade de Paula (médico e diretor de Degustação da ABS-SP/Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo).
Email para contato: gustavoap@usa.net
1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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A Garcinia cambogia, sozinha ou com chá verde, é comumente promovida para perda de peso. Casos esporádicos de insuficiência hepática1 por G. cambogia foram relatados, mas seu papel na lesão2 hepática3 é controverso. Agora, um estudo publicado no jornal científico Clinical Gastroenterology and Hepatology revelou que suplementos dietéticos contendo extrato de G. cambogia levaram a lesões4 hepáticas5 que eram clinicamente indistinguíveis das lesões4 causadas por chá verde. Entre mais de 1.400 casos documentados de lesão2 hepática3 induzida por drogas de 2004 a 2018, houve 22 casos relacionados a suplementos de G. cambogia com ou sem chá verde; destes, 91% necessitaram de hospitalização por lesão2 hepatocelular com icterícia6, um paciente precisou de um transplante e dois morreram.
1 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
2 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
3 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
4 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
5 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
6 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
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