O ganho de peso na menopausa é inevitável? Revisão da literatura publicada pela Pubmed
O objetivo desta revisão publicada pela PubMed foi sumarizar a literatura sobre o impacto da transição da menopausa1 sobre o peso corporal e a composição corporal. Foi realizada uma pesquisa da literatura, através do Medline e PubMed, para estudos de língua2 inglesa, que incluíam os seguintes termos de pesquisa: “menopausa”, “meia-idade”, “terapia hormonal” ou “estrogênio” combinados com “obesidade”, “peso corporal” ou “composição corporal”.
Os resultados mostram que apesar de o ganho de peso por si só não poder ser atribuído à transição para a menopausa1, a alteração hormonal durante a menopausa1 está associada a um aumento da gordura3 corporal total e ao aumento de gordura abdominal4. O excesso de peso na meia-idade não só é associado a um risco acrescido para as doenças cardiovasculares5 e metabólicas, mas também a impactos negativos na qualidade de vida e da função sexual. Os estudos em animais e humanos indicam que esta tendência para o acúmulo de gordura abdominal4 é amenizada pela terapia com estrogênio. Estudos indicam principalmente uma redução da massa de gordura3 total com terapia com estrogênio ou estrogênio-progestina, melhorando a sensibilidade à insulina6 e levando a uma menor taxa de desenvolvimento de diabetes tipo 27.
Concluiu-se, nesta revisão, que as mudanças hormonais na perimenopausa contribuem substancialmente para o aumento do acúmulo de gordura abdominal4, o que leva à morbidades físicas e psicológicas adicionais. Há fortes evidências de que a terapia com estrogênio pode, em parte, evitar essa mudança relacionada com a menopausa1 na composição corporal e as sequelas8 metabólicas associadas. No entanto, mais estudos são necessários para identificar as mulheres com maior probabilidade de obterem benefício metabólico com a terapia hormonal na menopausa1, a fim de desenvolver-se recomendações clínicas baseadas em evidências.
Fonte: US National Library of Medicine National Institutes of Health