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Pessoas com insuficiência hepática1 podem, no futuro, ser capazes de se recuperar conectando-se a um equipamento de diálise2 para limpar o sangue3 de toxinas4. A ideia é semelhante à diálise2 renal5, quando as pessoas com insuficiência renal6 vão regularmente a uma clínica ou hospital para limpar o sangue3 dos resíduos normalmente removidos pelos rins7. Um novo dispositivo de diálise2 do fígado8 para pacientes9 com insuficiência hepática1 aguda sobre crônica (IHAC), chamado DIALIVE, se mostrou seguro em comparação com o tratamento padrão, de acordo com os resultados de um pequeno estudo, apresentado no Congresso Internacional do Fígado8 de 2021, com resumo publicado no Journal of Hepatology. O estudo mostrou que o DIALIVE é seguro e aumenta significativamente a proporção de pacientes com resolução da insuficiência hepática1 crônica agudizada enquanto reduz o tempo de resolução.
1 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
2 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Toxinas: Substâncias tóxicas, especialmente uma proteína, produzidas durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capazes de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
5 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
6 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
7 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
8 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
9 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
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Em 21 de abril de 2021, a triagem neonatal para a doença falciforme foi lançada em Ndola, Zâmbia. O primeiro programa de triagem neonatal da doença falciforme e intervenção terapêutica1 precoce faz parte do Consórcio para Triagem Neonatal na África (CONSA, do inglês Consortium on Newborn Screening in Africa). De acordo com notícia publicada no The Lancet Haematology, o CONSA foi lançado em 2016 para lidar com a carga global da doença falciforme e mostra o valor da triagem neonatal e como ela pode ser implementada em diversos ambientes em toda a África Subsaariana. O objetivo do CONSA é introduzir práticas de tratamento padrão para triagem e terapias de intervenção precoces nas instituições participantes, rastreando de 10.000 a 16.000 bebês2 por ano, e fornecer serviços clínicos de acompanhamento para bebês2 com teste positivo para a doença.
1 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
2 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
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O fenômeno da névoa cerebral, ou névoa mental, conforme descrito por alguns pacientes com hipotireoidismo1 apesar do tratamento, é frequentemente associado a fadiga2 e sintomas3 cognitivos4 e pode ser aliviado por uma variedade de abordagens farmacológicas e não farmacológicas, sugere uma nova pesquisa. Esses resultados foram apresentados no Encontro Anual Virtual de 2021 da Associação Americana de Endocrinologia Clínica (AACE). Falta de energia, esquecimento e sonolência foram os sintomas3 mais frequentes, com a falta de energia sendo reportada por mais de 90% dos indivíduos. Entre todos os indivíduos, modificações no comportamento, dieta e reposição do hormônio5 tireoidiano foram os fatores mais frequentemente mencionados que melhoraram ou pioraram os sintomas3.
1 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
2 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Cognitivos: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
5 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
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O risco de desenvolver trombose1 venosa cerebral devido à COVID-19 foi “muitas vezes” maior do que devido a receber as vacinas AstraZeneca/Oxford ou as vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna, pesquisadores concluíram. Um estudo da Universidade de Oxford, disponível como uma pré-impressão não revisada por pares na plataforma Center for Open Science, estimou que, em comparação com as vacinas de mRNA, o risco de trombose1 venosa cerebral por COVID-19 era cerca de 10 vezes maior. Em comparação com a vacina2 de Oxford, o risco de trombose1 venosa cerebral por COVID-19 foi cerca de 8 vezes maior. Um padrão semelhante foi observado na trombose1 da veia porta3.
1 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
2 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
3 Veia porta: Veia curta e calibrosa formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica.
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Cientistas em Oregon, Estados Unidos, identificaram uma versão local, que ocorreu espontaneamente, de uma variante de rápida disseminação do coronavírus relatada pela primeira vez na Grã-Bretanha – mas esta tem uma mutação1 que pode tornar a variante menos suscetível a vacinas. De acordo com a notícia publicada pelo The New York Times, a nova versão que surgiu em Oregon tem a mesma espinha dorsal da variante B.1.1.7, e a mutação1 que carrega – E484K, ou “Eek” – é vista em variantes do vírus2 que circulam na África do Sul, Brasil e Nova York.
1 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
2 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
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A ivermectina é um medicamento antiparasitário aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), usado para tratar várias doenças tropicais negligenciadas, incluindo oncocercose, helmintíases e escabiose1. Para essas indicações, a ivermectina tem sido amplamente usada e geralmente é bem tolerada. Ela não é aprovada pela FDA para o tratamento de qualquer infecção2 viral. A recomendação do NIH foi atualizada de “contra” o uso da ivermectina para tratamento da covid para “nem contra nem a favor”.
1 Escabiose: Doença contagiosa da pele causada nos homens pelo Sarcoptes scabiei e nos animais por diversos ácaros. Caracteriza-se por intenso prurido e eczema. Popularmente conhecida como sarna ou pereba.
2 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
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Em janeiro de 2021 foram enviados à ANVISA pedidos de autorização para uso no país das vacinas contra a COVID-19 Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, e Covishield, desenvolvida pela Fiocruz em parceria com a Astrazeneca. No dia 17 de janeiro, ambas as vacinas foram aprovadas pela agência para uso emergencial no Brasil, e no mesmo dia foi iniciada a vacinação. Visando esclarecer a população sobre a decisão tomada, a ANVISA publicou então um relatório onde expressa as bases técnicas para essa decisão quanto à autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de ambas as vacinas.   [Mais...]
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou recentemente a nova Demografia Médica do Brasil, realizada em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP). Agora em sua quinta edição, em 2020 completou 10 anos que a pesquisa é realizada, quando o país atinge um marco histórico ao passar de 500 mil médicos em atuação. Porém, os problemas de distribuição geográfica destes profissionais continuam sendo um desafio.   [Mais...]
Uma nova cepa1 variante de SARS-CoV-2 (conhecida como VOC 202012/01) surgiu no Reino Unido com um número incomumente grande de mutações e já foi detectada em vários países ao redor do mundo. Um estudo divulgado pelo Centre for Mathematical Modeling of Infectious Diseases, ainda não revisado por uma revista científica, utilizou um modelo matemático para analisar a transmissão do SARS-CoV-2 e estimou que a nova variante seja 56% mais transmissível do que variantes preexistentes.
1 Cepa: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
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Mais de 200 vacinas contra COVID-19 estão em desenvolvimento em todo o mundo, com governos garantindo acordos para ter acesso a doses antecipadas. Mas o acesso é apenas um problema. A disposição de aceitar uma vacina1 contra COVID-19 quando estiver disponível variou consideravelmente entre os países durante o curso da pandemia2. Comentário publicado no The Lancet Infectious Diseases discute sobre como é importante investigar as motivações e preocupações sobre uma futura vacina1 contra COVID-19 para ajudar a formar estratégias de comunicação.
1 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
2 Pandemia: É uma epidemia de doença infecciosa que se espalha por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a pandemia pode se iniciar com o aparecimento de uma nova doença na população, quando o agente infecta os humanos, causando doença séria ou quando o agente dissemina facilmente e sustentavelmente entre humanos. Epidemia global.
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