OMS: malária pode estar se tornando resistente a medicamentos
Parasita1 causador da malária parece estar se tornando resistente a medicamentos considerados mais eficientes para tratar a doença, segundo informam cientistas internacionais e a Organização Mundial de Saúde2 (OMS).
Normalmente os medicamentos à base de artemesinina são capazes de eliminar os parasitas da malária do sangue3 da pessoa infectada num prazo de dois a três dias. Mas dois grupos de cientistas, trabalhando em pesquisas independentes, relatam ter encontrado evidências de que a eliminação dos parasitas estaria levando entre quatro e cinco dias entre pacientes do oeste do Camboja. Este é um sinal4 de resistência a drogas que precisa ser prontamente contido para evitar uma catástrofe global.
Especialistas advertem que este é um motivo de preocupação, pois gerações anteriores de medicamentos contra a malária tiveram seu uso inviabilizado por conta da resistência iniciada nesta mesma região do mundo. Como foi o caso da resistência à cloroquina e à sulfadoxina-pirimetamina, ambas provocando mortes na África.
A disseminação de parasitas resistentes da Ásia à África pode ter consequências devastadoras para o controle da malária no mundo.
Segundo a OMS, 3,3 bilhões de pessoas – metade da população mundial - está exposta à doença, principalmente em países subdesenvolvidos. A cada ano a malária mata cerca de um milhão de pessoas. As crianças africanas estão em maior risco, observando-se a morte de uma criança pela doença a cada 30 segundos.
Fonte: World Health Organization