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Nova diretriz médica brasileira traz recomendações para o tratamento da obesidade em relação à prevenção de doenças cardiovasculares

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Cinco sociedades médicas brasileiras publicaram, no jornal científico ABC Cardiol, uma diretriz inédita que visa estruturar o tratamento da obesidade1 em relação à prevenção da doença cardiovascular (DCV), levando em consideração o risco cardiovascular e o estágio da obesidade1.

As entidades responsáveis pela elaboração do documento “Diretriz Brasileira Baseada em Evidências de 2025 para o Manejo da Obesidade1 e Prevenção de Doenças Cardiovasculares2 e Complicações Associadas à Obesidade” foram: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade1 e da Síndrome Metabólica3 (Abeso), Sociedade Brasileira de Diabetes4 (SBD), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Academia Brasileira do Sono (ABS).

O documento determina que todo adulto com sobrepeso5 ou obesidade1 tenha seu risco cardiovascular avaliado e categorizado, incorporando o escore PREVENT para estimar a probabilidade de eventos como infarto6, AVC e insuficiência cardíaca7 em 10 anos.

A diretriz muda o foco do “quanto o paciente pesa” para “qual é o seu risco real de ter infarto6, AVC ou insuficiência8 cardíaca”. Para isso, orienta que todo adulto com sobrepeso5 ou obesidade1 seja classificado de acordo com o escore PREVENT e enquadrado em faixas de risco baixo, moderado ou alto para doença aterosclerótica cardiovascular (DASCV) ou em risco alto para insuficiência cardíaca7, o que passa a guiar objetivos e terapias (inclusive uso do cálcio coronário para reclassificar casos moderados).

Na prática clínica, isso se traduz em metas de perda de peso proporcionais ao risco (5% para benefícios metabólicos; ≥10% para reduzir eventos em quem tem risco moderado/alto) e no uso de um arsenal terapêutico atualizado, que inclui agonistas de GLP-1 (como semaglutida e tirzepatida), além da cirurgia bariátrica9 em perfis selecionados, sempre com manejo integrado de comorbidades10 e decisão compartilhada.

Saiba mais sobre "Obesidade1", "Doenças cardiovasculares2" e "Tratamento da obesidade1".

Contexto: obesidade1 e doença cardiovascular

A prevalência11 da obesidade1 mais que dobrou nas últimas quatro décadas e já afeta mais de um bilhão de pessoas no mundo. Em 2021, as doenças cardiovasculares2 (DCV) alcançaram 612 milhões de indivíduos e responderam por 26,8% de todas as mortes globais. Notavelmente, 79,5% dos anos de vida ajustados por incapacidade foram atribuídos a 11 fatores de risco, sendo o índice de massa corporal12 (IMC13) o que apresentou maior associação.

Além disso, dois terços dos óbitos relacionados à obesidade1 decorrem de DCV. No Brasil, estimativas de 2025 indicam que 68% dos adultos têm IMC13 ≥25 kg/m² e 31% vivem com obesidade1. Em 2021, houve 60.913 mortes prematuras associadas ao IMC13 elevado no país.

A obesidade1 é determinante central de DCV por vias indiretas (ao agravar fatores tradicionais como diabetes tipo 214, dislipidemia e hipertensão15) e por efeitos diretos do estado inflamatório da adiposidade sobre a estrutura e a função cardíacas. Evidências de epidemiológicas mostram associação entre categorias de sobrepeso5/obesidade1 (pelo IMC13) e maior risco de doença arterial coronariana e mortalidade16 cardiovascular. Estudos observacionais e de randomização mendeliana também relacionam elevação do IMC13 à incidência17 e à mortalidade16 por insuficiência cardíaca7.

A obesidade1 abdominal, medida por circunferência da cintura, é preditora independente de morbidade18 e mortalidade16 cardiovascular (CV) em qualquer faixa de IMC13. Mesmo indivíduos com IMC13 <30 kg/m² podem ter alto risco cardiometabólico quando há escassez de gordura subcutânea19 gluteofemoral e acúmulo de gordura20 visceral. Por isso, medidas como circunferência da cintura, relação cintura/quadril e relação cintura/altura são recomendadas para evidenciar adiposidade visceral.

Historicamente, o manejo da obesidade1 se concentrou em mudanças de estilo de vida e fármacos de eficácia limitada. A nova geração de medicamentos antiobesidade possibilita perdas de peso mais expressivas e sustentáveis. Com o aumento da complexidade terapêutica21 e benefícios observados em desfechos ligados à síndrome22 cardiorrenal metabólica, torna-se necessária a adoção de ferramentas de estratificação que orientem a escolha do tratamento.

Leia sobre "Repercussões cardíacas da obesidade1" e "Gordura abdominal23 e doenças cardíacas".

Como avaliar e categorizar o risco cardiovascular

A diretriz recomenda avaliar e categorizar o risco de DASCV e de insuficiência cardíaca7 (IC) em todos os adultos com sobrepeso5 ou obesidade1, orientando a conduta terapêutica21.

O PREVENT deve ser aplicado a pacientes entre 30 e 79 anos com IMC13 <40 kg/m², no modo que inclui valores de HbA1c24, estimando risco total de DASCV e de IC em 10 anos. A categorização do risco é em baixo, moderado ou alto para DASCV e risco alto para IC.

  • Risco baixo: pessoas com sobrepeso5 ou obesidade1, com IMC13 menor que 40 e idade menor que 30 anos, que não apresentam nenhum fator de risco25 cardiovascular; pessoas com sobrepeso5 ou obesidade1 com idade maior ou igual a 30 anos, com risco cardiovascular calculado pelo escore PREVENT como menor que 5% em 10 anos.
  • Risco moderado: pessoas com sobrepeso5 ou obesidade1, com IMC13 menor que 40, que nunca tiveram eventos cardiovasculares, com um ou mais fatores de risco; pessoas com sobrepeso5 ou obesidade1, com IMC13 menor que 40, em prevenção primária, com risco cardiovascular calculado pelo escore PREVENT como entre 5% e menor que 20% em 10 anos.
  • Risco alto: pessoas com doença coronariana26 crônica confirmada, infarto6 agudo27 do miocárdio28, AVC isquêmico29 ou acidente isquêmico29 transitório, doença arterial obstrutiva periférica, revascularização em qualquer território arterial; pessoas em prevenção primária, com risco cardiovascular calculado pelo escore PREVENT maior ou igual a 20% em 10 anos; pessoas com diabetes tipo 214 há mais de 10 anos; pessoas com doença renal30 crônica grau 3b; pessoas com escore de cálcio coronário maior que 100 sem diabetes4 ou maior que 10 com diabetes4.
  • Risco alto para IC: pessoas com IMC13 maior que 40, mesmo assintomáticas; pessoas com obesidade1, diabetes4 e hipertensão15 associados; pessoas com apneia obstrutiva do sono31 grave; pessoas com fibrilação atrial; pessoas com doença renal30 crônica grau 3b; pessoas com risco de insuficiência cardíaca7 calculado pelo escore PREVENT igual ou maior que 20% para os 10 anos seguintes; pessoas com doença aterosclerótica cardiovascular estabelecida; pessoas com sintomas32 sugestivos de insuficiência cardíaca7.
Veja também sobre "Insuficiência cardíaca congestiva33", "Infarto do miocárdio34" e "Síndrome metabólica3".

Recomendações da diretriz

A diretriz foi construída em formato de recomendações graduadas por grau de recomendação e nível de evidência, visando orientar o tratamento da obesidade1 conforme o risco cardiovascular individual. A classificação segue tabelas padronizadas (Classes de recomendação I/IIa/IIb/III e níveis de evidência A/B/C).

A estratégia proposta integra a avaliação de risco aterosclerótico e de insuficiência cardíaca7, com fluxos decisórios que consideram IMC13, presença de fatores de risco, doença cardiovascular estabelecida e risco estimado para eventos em 10 anos.

R1. “É RECOMENDADO avaliar e categorizar o risco em relação à Doença Aterosclerótica Cardiovascular (DASCV) e à Insuficiência Cardíaca7 (IC) de todos os indivíduos adultos acima de 18 anos com sobrepeso5 ou obesidade1, com o objetivo de orientar o tratamento da obesidade1.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: C.

R2. “É RECOMENDADO o uso do escore de risco PREVENT para avaliação do risco CV em pessoas com sobrepeso5 ou obesidade1 com IMC13 menor que 40 kg/m² e idade entre 30 e 79 anos, que estejam em prevenção primária, devendo o escore ser utilizado no modo que inclui o valor da HbA1c24, utilizando o risco DASCV total e o risco IC em 10 anos.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: C.

R3. “É RECOMENDADO categorizar o risco CV dos indivíduos com obesidade1 e sobrepeso5 como: risco DASCV BAIXO, MODERADO ou ALTO e risco IC ALTO.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: C.

R4. “DEVE SER CONSIDERADO o rastreamento para IC através da dosagem dos peptídeos atriais (NT-proBNP ou BNP) ou por método de imagem em pessoas com RISCO IC ALTO.” | Grau de recomendação: IIa. Nível de evidência: C.

R5. “É RECOMENDADA a redução sustentada de pelo menos 5% do peso, em indivíduos adultos com sobrepeso5 ou obesidade1 e RISCO DASCV MODERADO, para redução de fatores de risco CV, como hipertensão arterial35 sistêmica (HAS) e dislipidemia (DLP), bem como para atrasar ou evitar o surgimento de diabetes tipo 214.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R6. “DEVE SER CONSIDERADA a redução sustentada de pelo menos 10% do peso máximo já atingido na vida, em indivíduos adultos, com sobrepeso5 ou obesidade1 com risco DASCV MODERADO/ALTO, para redução de eventos CV.” | Grau de recomendação: IIa. Nível de evidência: B.

R7. “É RECOMENDADA a redução sustentada de pelo menos 10% do peso em indivíduos com obesidade1 e Fibrilação Atrial (FA) paroxística ou permanente, para reduzir o risco de complicações relacionadas à FA.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: B.

R8. “É RECOMENDADA a adoção de mudanças de estilo de vida, incluindo dieta saudável e atividade física, para todas as pessoas com sobrepeso5 ou obesidade1, independentemente do risco CV, com o objetivo de reduzir o peso, melhorar a saúde36, a qualidade de vida e prevenir HAS, diabetes tipo 214, DLP, DASCV e IC.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R9. “É RECOMENDADO o tratamento com um agonista37 do receptor GLP-1 (AR GLP-1) ou coagonista dos receptores GLP-1/GIP, para indivíduos adultos com sobrepeso5 ou obesidade1 e risco DASCV MODERADO ou ALTO, para redução de peso e fatores de risco CV.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R10. “PODE SER CONSIDERADO o uso de outras medicações antiobesidade com comprovada eficácia e segurança CV, em indivíduos adultos com sobrepeso5 ou obesidade1 e risco DASCV MODERADO ou ALTO, na impossibilidade de iniciar ou manter o tratamento com um AR GLP-1 ou coagonista dos receptores GLP-1/GIP, para redução de fatores de risco CV.” | Grau de recomendação: IIb. Nível de evidência: B.

R11. “É RECOMENDADO o tratamento com semaglutida SC 2,4mg em indivíduos com IMC13 ≥27Kg/m², sem diabetes4, e com doença CV estabelecida (PREVENÇÃO SECUNDÁRIA) para redução de morte CV, IAM e AVC.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: B.

R12. “NÃO É RECOMENDADO o uso de sibutramina em pacientes com obesidade1 e RISCO DASCV ALTO.” | Grau de recomendação: III. Nível de evidência: B.

R13. “É RECOMENDADO o tratamento farmacológico com um AR GLP-1 (Liraglutida, Dulaglutida ou Semaglutida SC ou Oral) em pessoas com Diabetes tipo 214, obesidade1 ou sobrepeso5 e RISCO DASCV ALTO, para redução de EVENTOS CV.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R14. “DEVE SER CONSIDERADO o uso de semaglutida 1,0 mg em pacientes com obesidade1 ou sobrepeso5, diabetes tipo 214 e doença renal30 crônica (DRC) com taxa de filtração glomerular ≥25ml/min/1,73m², para redução de eventos cardiorrenais.” | Grau de recomendação: IIa. Nível de evidência: B.

R15. “É RECOMENDADA a perda de peso para pessoas com obesidade1 e apneia obstrutiva do sono31 (AOS) moderada a grave, para melhora ou remissão da apneia38.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: C.

R16. “PODE SER CONSIDERADO o uso de liraglutida em combinação com mudança de estilo de vida em indivíduos com obesidade1 e apneia obstrutiva do sono31 moderada a grave, para redução da gravidade da AOS.” | Grau de recomendação: IIb. Nível de evidência: B.

R17. “DEVE SER CONSIDERADO o uso de tirzepatida em combinação com mudança de estilo de vida em indivíduos com obesidade1 e apneia obstrutiva do sono31 moderada a grave, para redução da gravidade ou remissão da AOS.” | Grau de recomendação: IIa. Nível de evidência: B.

R18. “É RECOMENDADA a redução de peso em pessoas com obesidade1 e IC estabelecida para melhorar a qualidade de vida, a função cardíaca e a capacidade para o exercício.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R19. “É RECOMENDADO o uso da semaglutida SC (2,4 mg/semana) ou da tirzepatida (5-15mg/semana) em pacientes com obesidade1 (IMC13 ≥30kg/m²) e IC estabelecida de fração de ejeção preservada (ICFEp), para redução de peso, melhora de qualidade de vida e de sintomas32 relacionados à IC.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R20. “É RECOMENDADO o uso de inibidores do SGLT2 (iSGLT2) em pacientes com sobrepeso5/obesidade1 e IC estabelecida (independentemente da fração de ejeção do VE), para redução de hospitalização e morte CV.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: A.

R21. “PODE SER CONSIDERADO o uso de AR GLP-1 em pacientes com obesidade1 e IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr), para redução do peso, com exceção da IC em classe IV (NYHA).” | Grau de recomendação: IIb. Nível de evidência: B.

R22. “É RECOMENDADO o uso da semaglutida SC (2,4 mg/semana) ou da tirzepatida (10-15 mg/semana) em indivíduos com obesidade1 grau 3 (IMC13 ≥40kg/m²) com risco IC alto, para melhora de qualidade de vida e prevenção do surgimento de sintomas32 relacionados à IC.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: C.

R23. “DEVE SER CONSIDERADA a combinação de iSGLT2 com AR GLP-1 em pacientes com obesidade1, diabetes tipo 214 e risco alto de IC, para redução adicional de desfechos relacionados à ICFEp, por estar associada a maiores reduções, comparativamente à monoterapia com qualquer um dos agentes.” | Grau de recomendação: IIa. Nível de evidência: B.

R24. “É RECOMENDADA a indicação de cirurgia bariátrica9 para indivíduos com IMC13 ≥35 kg/m² e risco DASCV MODERADO/ALTO ou risco IC ALTO, quando o tratamento clínico disponível for insuficiente para promover perda de peso e melhora de fatores de risco CV de forma sustentada.” | Grau de recomendação: I. Nível de evidência: B.

R25. “PODE SER CONSIDERADA a indicação de cirurgia bariátrica9 em pacientes com IMC13 ≥35 kg/m² e IC estabelecida para promoção de perda de peso, melhora de fatores de risco e sintomas32 relacionados à IC, devendo ser avaliada com cautela e de acordo com o risco cirúrgico do paciente.” | Grau de recomendação: IIb. Nível de evidência: B.

Acesse aqui a diretriz na íntegra para conferir todos os detalhes.

Conclusão

Diante da escalada da obesidade1 e de sua relação direta com a doença cardiovascular, a diretriz coloca a avaliação do risco cardiovascular no centro do planejamento terapêutico. Elaborado em conjunto por cinco sociedades médicas brasileiras, o documento oferece estratégias baseadas em evidências para tratar a obesidade1 e prevenir DCV, ajustadas ao contexto de saúde36 pública do país e com análise cuidadosa de riscos e benefícios de cada abordagem.

Reconhece-se, porém, o desafio de implementação em larga escala, especialmente porque não há fármacos antiobesidade disponíveis no SUS. Assim, a priorização de intervenções com eficácia comprovada na redução de eventos cardiovasculares, sobretudo nos grupos de maior risco, é destacada como caminho pragmático para orientar decisões clínicas e planejamento de recursos, com foco no controle da obesidade1 e na diminuição de suas complicações.

 

Fonte: ABC Cardiol, Vol. 122, N° 9, em setembro de 2025.

 

NEWS.MED.BR, 2025. Nova diretriz médica brasileira traz recomendações para o tratamento da obesidade em relação à prevenção de doenças cardiovasculares. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/saude/1494810/nova-diretriz-medica-brasileira-traz-recomendacoes-para-o-tratamento-da-obesidade-em-relacao-a-prevencao-de-doencas-cardiovasculares.htm>. Acesso em: 24 set. 2025.

Complementos

1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
3 Síndrome metabólica: Tendência de várias doenças ocorrerem ao mesmo tempo. Incluindo obesidade, resistência insulínica, diabetes ou pré-diabetes, hipertensão e hiperlipidemia.
4 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
5 Sobrepeso: Peso acima do normal, índice de massa corporal entre 25 e 29,9.
6 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
7 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
8 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
9 Cirurgia Bariátrica:
10 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
11 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
12 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
13 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
14 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
15 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
16 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
17 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
18 Morbidade: Morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento.
19 Gordura Subcutânea: Tecido gorduroso abaixo da pele em todo o corpo.
20 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
21 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
22 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
23 Gordura Abdominal: Tecido gorduroso da região do ABDOME. Dela fazem parte as GORDURAS SUBCUTÂNEAS ABDOMINAL e a INTRA-ABDOMINAL
24 HbA1C: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
25 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
26 Doença coronariana: Doença do coração causada por estreitamento das artérias que fornecem sangue ao coração. Se o fluxo é cortado, o resultado é um ataque cardíaco.
27 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
28 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
29 Isquêmico: Relativo à ou provocado pela isquemia, que é a diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição.
30 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
31 Apnéia obstrutiva do sono: Pausas na respiração durante o sono.
32 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
33 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
34 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
35 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
36 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
37 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
38 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.

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