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Novo comprimido de GLP-1, orforglipron, proporciona perda de peso superior a 11% na dose mais alta em estudo de fase III

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Um agonista1 do receptor GLP-1 oral, de pequena molécula e não peptídico, em fase experimental, reduziu significativamente o peso em adultos com obesidade2 no estudo randomizado3 ATTAIN-1.

Na semana 72, o orforglipron em múltiplas doses provou ser superior ao placebo4 quando adicionado a um regime de dieta e exercícios, com perda de peso superior a 11% na dose mais alta, relatou Sean Wharton, MD, da Wharton Weight Management Clinic, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes5 (EASD).

A variação média no peso corporal da linha de base até a semana 72 foi a seguinte:

  • 6 mg de orforglipron: -7,5%
  • 12 mg de orforglipron: -8,4%
  • 36 mg de orforglipron: -11,2%
  • Placebo4: -2,1%

A maioria dos pacientes (54,6%) que receberam a dose mais alta perdeu pelo menos 10% do peso corporal, em comparação com 12,9% daqueles que receberam placebo4. Mais de um terço (36%) perdeu pelo menos 15% do peso corporal, em comparação com 5,9% com placebo4, e 18,4% perderam 20% ou mais, em comparação com 2,8% com placebo4.

Este é o primeiro ensaio clínico de fase III concluído de um agonista1 do receptor GLP-1 oral de pequena molécula em pessoas com obesidade2, disse Wharton na reunião. Os resultados também foram publicados no The New England Journal of Medicine.

O orforglipron foi desenvolvido para ser tomado uma vez ao dia por via oral, mas não apresenta as mesmas restrições à ingestão de alimentos ou líquidos que a formulação oral de semaglutida (Rybelsus), aprovada apenas para diabetes tipo 26.

Analistas preveem que o orforglipron poderá ser aprovado rapidamente pela FDA até o final do ano.

Leia sobre "Tratamento da obesidade2: como os agonistas GLP-1 e a tecnologia estão redefinindo a prática clínica".

Um comprimido de semaglutida de 25 mg para obesidade2 também está caminhando para aprovação, com uma decisão da FDA esperada para este ano. Nos testes, o comprimido de semaglutida em altas doses resultou em perda de peso de 13,6% em 16 meses. Em comparação, a semaglutida injetável (Wegovy) e a tirzepatida (Zepbound) podem proporcionar uma perda média de peso de cerca de 15% e 20% em adultos, respectivamente.

“Agonistas do receptor GLP-1 orais de pequena molécula podem atenuar as limitações das terapias com peptídeos GLP-1, mantendo suas propriedades biológicas”, escreveram Wharton e co-autores. “Esses agentes podem ser passíveis de armazenamento, distribuição e administração mais fáceis.”

Eles acrescentaram que muitos pacientes preferem uma opção oral aos injetáveis, que é como a maioria dos agentes GLP-1 é formulada.

“Tais vantagens, teoricamente, podem aumentar o acesso a terapias baseadas em GLP-1 e a benefícios mais amplos para a saúde7 associados ao seu uso, permitindo que os pacientes selecionem uma formulação alinhada às suas necessidades”, escreveram os autores do estudo.

O orforglipron também está sendo testado para diabetes tipo 26, hipertensão8, osteoartrite9 e apneia obstrutiva do sono10.

No artigo publicado, os pesquisadores descrevem a investigação do orforglipron como tratamento para obesidade2.

No estudo ATTAIN-1, de fase 3, multinacional, randomizado11 e duplo-cego, examinou-se a segurança e a eficácia do orforglipron uma vez ao dia nas doses de 6 mg, 12 mg ou 36 mg, em comparação com placebo4 (atribuídos aos participantes na proporção de 3:3:3:4) como adjuvante à dieta saudável e à atividade física por 72 semanas. A dose de orforglipron foi iniciada com 1 mg e, em seguida, aumentada a cada 4 semanas. Os participantes foram instruídos a manter uma dieta saudável e balanceada, sem déficit calórico específico.

O estudo randomizou 3.127 participantes em 137 centros em nove países. Todos deveriam apresentar obesidade2 sem diabetes5, com índice de massa corporal12 (IMC13) igual ou superior a 30 ou IMC13 de 27 a inferior a 30 com pelo menos uma complicação relacionada à obesidade2 (incluindo hipertensão8, dislipidemia, doença cardiovascular ou apneia obstrutiva do sono10), e histórico de pelo menos uma tentativa malsucedida de dieta para perda de peso relatada pelo paciente.

A idade média dos participantes foi de 45 anos, 64,2% eram mulheres e 56,5% eram brancos. No início do estudo, o peso corporal médio era de 103,2 kg, o IMC13 médio era de 37 e 36% apresentavam pré-diabetes14. Pacientes com diabetes5 foram excluídos.

O desfecho primário foi a variação percentual no peso corporal desde o início até a semana 72, avaliada de acordo com a estimativa do regime de tratamento na população com intenção de tratar.

Saiba mais sobre "Obesidade2" e "Repercussões cardíacas da obesidade2".

A alteração média no peso corporal da linha de base até a semana 72 foi de -7,5% (intervalo de confiança [IC] de 95%, -8,2 a -6,8) com 6 mg de orforglipron, -8,4% (IC de 95%, -9,1 a -7,7) com 12 mg de orforglipron e -11,2% (IC de 95%, -12,0 a -10,4) com 36 mg de orforglipron, em comparação com -2,1% (IC de 95%, -2,8 a -1,4) com placebo4 (P <0,001 para todas as comparações com placebo4).

Entre os pacientes no grupo de orforglipron 36 mg, 54,6% apresentaram redução de 10% ou mais do peso, 36,0% apresentaram redução de 15% ou mais e 18,4% apresentaram redução de 20% ou mais, em comparação com 12,9%, 5,9% e 2,8% dos pacientes no grupo placebo4, respectivamente.

Além da perda de peso, o orforglipron melhorou significativamente fatores de risco cardiometabólico em comparação com o placebo4, incluindo circunferência abdominal, pressão arterial sistólica15, níveis de triglicerídeos e de colesterol16 não HDL17, proteína C-reativa de alta sensibilidade, relação cintura-altura, hemoglobina glicada18, glicemia de jejum19 e insulina20 de jejum.

Até 83,7% dos pacientes com pré-diabetes14 no início do estudo atingiram normoglicemia com orforglipron, em comparação com 44,6% com placebo4.

Em um subgrupo de 171 pacientes submetidos à absorciometria por raio-X de dupla energia para avaliar alterações na composição corporal, 73,1% da redução do peso corporal nos grupos que receberam orforglipron foi devido à perda de massa gorda21 e 26,9% à perda de massa magra22. Eles também apresentaram reduções médias de 13,8% na massa gorda21 corporal total, 4,5% na massa magra22 e 19% na massa gorda21 visceral, em comparação com uma redução de 1,7% e aumentos de 0,3% e 7,4% com placebo4, respectivamente.

Os eventos adversos mais comuns com orforglipron foram efeitos gastrointestinais, incluindo náusea23, constipação24, diarreia25, vômito26 e dispepsia27. Como esperado com um agente GLP-1, os eventos gastrointestinais foram, em sua maioria, de gravidade leve a moderada e ocorreram principalmente durante o escalonamento da dose. Eventos graves ocorreram em 3,8% a 5,5% dos grupos que receberam orforglipron e 4,9% daqueles que receberam placebo4.

No geral, 10% dos pacientes com a dose mais alta interromperam o tratamento devido a eventos adversos, em comparação com 5% a 8% nas doses mais baixas e 2,7% com placebo4. Até 7% interromperam o tratamento com orforglipron devido a eventos adversos gastrointestinais, em comparação com menos de 1% dos pacientes que receberam placebo4.

“Pequenas moléculas podem se ligar a receptores fora do alvo, o que aumenta o potencial para efeitos adversos adicionais”, apontaram os pesquisadores. “Nenhum efeito desse tipo foi detectado no programa de desenvolvimento do orforglipron até o momento, e o perfil de segurança do orforglipron tem sido consistente com os agonistas do receptor GLP-1 peptídicos em ensaios clínicos28 de fase III.”

O estudo concluiu que, em adultos com obesidade2, o tratamento de 72 semanas com orforglipron levou a reduções significativamente maiores no peso corporal do que o placebo4; o perfil de eventos adversos foi consistente com o de outros agonistas do receptor GLP-1.

Veja também sobre "Peso ideal e como calculá-lo" e "Tratamento da obesidade2".

 

Fontes:
The New England Journal of Medicine, publicação em 16 de setembro de 2025.
MedPage Today, notícia publicada em 16 de setembro de 2025.

 

NEWS.MED.BR, 2025. Novo comprimido de GLP-1, orforglipron, proporciona perda de peso superior a 11% na dose mais alta em estudo de fase III. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/1494855/novo-comprimido-de-glp-1-orforglipron-proporciona-perda-de-peso-superior-a-11-na-dose-mais-alta-em-estudo-de-fase-iii.htm>. Acesso em: 25 set. 2025.

Complementos

1 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
2 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
3 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
4 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
5 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
6 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
7 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
8 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
9 Osteoartrite: Termo geral que se emprega para referir-se ao processo degenerativo da cartilagem articular, manifestado por dor ao movimento, derrame articular, etc. Também denominado artrose.
10 Apnéia obstrutiva do sono: Pausas na respiração durante o sono.
11 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
12 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
13 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
14 Pré-diabetes: Condição em que um teste de glicose, feito após 8 a 12 horas de jejum, mostra um nível de glicose mais alto que o normal mas não tão alto para um diagnóstico de diabetes. A medida está entre 100 mg/dL e 125 mg/dL. A maioria das pessoas com pré-diabetes têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2.
15 Pressão arterial sistólica: É a pressão mais elevada (pico) verificada nas artérias durante a fase de sístole do ciclo cardíaco, é também chamada de pressão máxima.
16 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
17 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
18 Hemoglobina glicada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
19 Glicemia de jejum: Teste que checa os níveis de glicose após um período de jejum de 8 a 12 horas (frequentemente dura uma noite). Este teste é usado para diagnosticar o pré-diabetes e o diabetes. Também pode ser usado para monitorar pessoas com diabetes.
20 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
21 Massa gorda: É a porção de massa do organismo constituída de gordura armazenada (encontrada no tecido subcutâneo) e gordura essencial (encontrada nas vísceras, responsável pelo funcionamento fisiológico normal). A massa gorda é o resultado em quilos do percentual de gordura existente no organismo. Por exemplo, um indivíduo de 100 quilos e com percentual de gordura de 38%, pode ter o valor da massa gorda calculado em 38 quilos.
23 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
24 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
25 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
26 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
27 Dispepsia: Dor ou mal-estar localizado no abdome superior. O mal-estar pode caracterizar-se por saciedade precoce, sensação de plenitude, distensão ou náuseas. A dispepsia pode ser intermitente ou contínua, podendo estar relacionada com os alimentos.
28 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.

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