Obesidade aumenta o risco de recorrência do câncer de próstata, segundo pesquisa publicada na Clinical Cancer Research
Homens obesos, principalmente aqueles com idade de 40 anos no momento do diagnóstico1 de um câncer2 de próstata3, têm maior risco para a progressão deste tipo de tumor4, de acordo com artigo publicado na edição de outubro da Clinical Cancer2 Research.
Em qualquer idade, mas principalmente na população adulta, manter peso e dieta saudáveis não ajuda somente os pacientes com câncer2 de próstata3 a reduzirem o risco de recorrência5 deste tumor4, mas também reduzem riscos cardiovasculares e diabetes6, diz a Dra. Sara S. Strom, da University of Texas M.D. Anderson Cancer2 Center, Houston.
A Dra. Sara e colaboradores avaliaram as medidas de obesidade7 em diferentes idades num grupo de 526 pacientes com câncer2 de próstata3 tratados com prostatectomia radical com o objetivo de desenvolverem um modelo prognóstico8 de falência bioquimica.
A obesidade7 entre 25 e 40 anos está associada com mais do dobro de risco de falência bioquímica, assim como um ganho anual de peso em excesso de 1,5 quilos entre 25 anos e a idade do diagnóstico1 de um câncer2 de próstata3.
Os homens que ganharam mais peso a partir de 25 anos também experimentam uma progressão significativamente mais precoce em relação àqueles que não ganharam peso ou engordaram mais lentamente, notaram os pesquisadores.
Um fluxograma estatístico incorporando o índice de massa corporal9 (IMC10) mostra melhor a falência bioquímica do que um fluxograma que não contém o IMC10. Este fluxograma precisa ser avaliado em pacientes de outros centros médicos e seguido por um longo período de tempo, segundo concluem os pesquisadores.
Já foram iniciados estudos em ratos para identificar os mecanismos pelos quais os genes e o ambiente (dietas, atividades físicas) influenciam na progressão do câncer2 de próstata3. A Dra. Sara diz que, com a identificação destes mecanismos, poderão ser desenvolvidas novas intervenções terapêuticas a partir de mudanças moleculares. Até o momento, ela recomenda que os médicos prestem atenção ao nível de obesidade7 de seus pacientes, considerando a possibilidade/necessidade do controle da obesidade7 como tratamento adicional do câncer2 de próstata3, e que também reforcem a necessidade de um monitoramento rígido da doença.