Crianças que vivem em regiões arborizadas têm uma probabilidade 24% menor de desenvolverem asma
Pesquisadores da Universidade de Columbia, Estados Unidos, chegaram à conclusão de que crianças entre quatro e cinco anos de idade que crescem em uma rua arborizada têm redução de 24% nas chances de desenvolver asma1. Acredita-se que a qualidade do ar seja o fator principal para essa queda e que, em ruas com árvores, as crianças são estimuladas a brincarem ao ar livre, desenvolvendo seus sistemas de defesa. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, os cientistas ainda não têm esta certeza.
A “teoria da higiene” diz que a ausência de estímulos infecciosos nos países ricos teria causado um desvio no sistema de defesa do organismo, fazendo com que ao invés de combater infecções2, este teria passado a fabricar anticorpos3 contra substâncias antes inócuas, como pó e ácaro, explicando o crescimento de doenças alérgicas no mundo. De acordo com esta teoria, especialistas acreditam que as crianças expostas a poucos micróbios quando pequenas têm mais chances de ter asma1, pois o sistema imunológico4 não é preparado para combater infecções2. Eles pensam ainda que, em ruas com árvores, as crianças são estimuladas a brincar na rua, desenvolvendo seus sistemas de defesa.
Pesquisa publicada na revista científica Journal of Epidemiology and Community Health de maio de 2008 mostra que, estudando o planejamento urbano (que inclui os projetos de arborização com a contagem das árvores nas ruas), foi possível correlacionar os casos de asma1 e as internações hospitalares por problemas respiratórios à densidade de árvores nas ruas e bairros. Concluiu-se que a presença de árvores nas ruas de uma determinada vizinhança estava associada a uma redução em 24% nos casos de asma1 em crianças entre 4 e 5 anos de idade.