Análise de proteínas sangüíneas indica, com 90% de acurácia, se uma pessoa desenvolverá a doença de Alzheimer
Estudo publicado na revista Nature Medicine revela que a análise de proteínas1 encontradas no plasma2 sangüíneo identifica com 2 a 6 anos de antecedência se um indivíduo vai apresentar a doença de Alzheimer3. Hoje só é possível diagnosticar esta condição através da exclusão de outras patologias que levam à perda cognitiva4.
A pesquisa coordenada por Tony Wyss-Coray, professor da Universidade de Stanford, na Califórnia, testou o sangue5 de 249 pessoas - indivíduos saudáveis, com sintomas6 precoces de Alzheimer7 ou em estágios avançados da doença. Foram analisadas 120 proteínas1 encontradas no plasma2 sangüíneo e que funcionam como mensageiros químicos entre células8 sangüíneas, neurônios9 e células8 do sistema imunológico10. Os participantes da pesquisa portadores do mal de Alzheimer7 e os que desenvolveram a doença poucos anos depois do exame apresentaram uma concentração elevada de 18 proteínas1 no plasma2.
Os participantes foram acompanhados por um período de seis anos. Cerca de 90% dos casos de desenvolvimento posterior da doença foram identificados pelo exame. A doença de Alzheimer3 resulta em uma perda progressiva da função cognitiva4 e demência11, afetando uma em cada oito pessoas a partir da idade de 65 anos.
Para ser validada, esta pesquisa deve ser repetida por outros laboratórios independentes. Ainda não existe cura para o mal de Alzheimer7, que atinge mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo, mas o uso precoce de medicamentos reduz os danos neurológicos.
Fonte: Nature