Diferença entre pressão arterial sistólica medida nos dois braços pode indicar doenças vasculares e risco de mortalidade, de acordo com publicação do The Lancet
Diferença na pressão arterial sistólica1 (PAS) de 10 mmHg ou mais, ou de 15 mmHg ou mais, entre um braço e outro já foi associada à doença vascular periférica2 e atribuída à estenose3 da subclávia. O estudo publicado pelo The Lancet investigou se existe associação entre esta diferença e doenças vasculares4 centrais ou periféricas e mortalidade5.
As bases de dados consultadas foram Medline, Embase, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Cochrane e Medline In Process para estudos publicados antes de julho de 2011. Vinte e oito pesquisas elegíveis foram identificadas para esta revisão, vinte delas foram incluídas nesta meta-análise.
Em cinco estudos invasivos usando angiografia6, a diferença média na pressão sistólica7 dos dois braços foi de 36,9 mmHg para estenose3 subclávia comprovada (> 50% de oclusão) e uma diferença de 10 mmHg ou mais foi fortemente associada com estenose3 subclávia. Em estudos não invasivos, mostrou-se que uma diferença de 15 mmHg entre os braços foi associada a doença vascular periférica2, doença cerebrovascular8 pré-existente e aumento da mortalidade5 cardiovascular e por todas as causas de mortalidade5. Uma diferença de 10 mmHg ou mais foi associada à doença vascular periférica2.
Concluiu-se que a diferença da PAS entre os braços de 10 mmHg ou mais, ou de 15 mm Hg ou mais pode ajudar a identificar pacientes que necessitam de uma avaliação vascular9 mais detalhada. Uma diferença de 15 mmHg ou mais pode ser um indicador útil do risco de doença vascular9 e morte.
Fonte: The Lancet, publicação online de 30 de janeiro de 2012