Consumo de frutose está associado à gordura visceral e a fatores de risco cardiometabólicos, de acordo com estudo do The Journal of Nutrition
Embora os adolescentes consumam mais frutose1 do que qualquer outro grupo etário, a relação entre o consumo de frutose1 e os marcadores de risco cardiometabólicos ainda não foi estabelecida nesta população.
O estudo publicado pelo The Journal of Nutrition estabelece associações de ingestão total de frutose1 (frutose1 livre mais metade da ingestão de sacarose livre) com fatores de risco cardiometabólicos e tipo de adiposidade em um grupo de 559 adolescentes com idades entre 14-18 anos, na Geórgia.
Os parâmetros estudados foram: glicemia2, insulina3, lipídios, adiponectina e proteína C-reativa. A dieta foi avaliada e a atividade física foi determinada por acelerometria4. Tecidos moles livres de gordura5 e massa gorda6 foram medidos por Dual Energy X-Ray Absorption (DEXA). Já o tecido adiposo abdominal7 e a gordura5 visceral foram avaliados através de ressonância magnética8.
As avaliações estatísticas revelam que a ingestão de frutose1 está associada à gordura5 visceral, mas não parece estar relacionada ao tecido adiposo abdominal7. Também foram observadas as relações entre o consumo de frutose1 e uma tendência de aumento da pressão arterial sistólica9, da glicemia de jejum10 e da proteína-C reativa (um sinal11 de inflamação12 sistêmica), além de uma diminuição nos níveis de HDL13-colesterol14 (colesterol14 bom) e da adiponectina.
Os resultados mostram que, em adolescentes, o maior consumo de frutose1 está associado a múltiplos marcadores de risco cardiometabólicos e parece que essas relações são mediadas pela obesidade15 visceral.