Insônia pode aumentar risco cardiovascular em pacientes com transtorno bipolar, diz pesquisa apresentada na reunião da Associated Professional Sleep Societies
Na última década tem havido crescente preocupação com a elevada prevalência1 de fatores de risco cardiovasculares no transtorno bipolar. Paralelamente a estes achados, evidências epidemiológicas sugerem que sintomas2 de insônia (dificuldades para começar a dormir ou se manter adormecido e acordar muito cedo) estão independentemente associados com maiores taxas de fatores de risco cardiovasculares na população geral.
O objetivo do estudo, apresentado na reunião anual da Associated Professional Sleep Societies, foi avaliar a associação entre sintomas2 de insônia e fatores de risco cardiovasculares em pessoas com transtorno bipolar, na National Comorbidity Survey - Replication (NCS-R).
A prevalência1 dos fatores de risco como obesidade3, hipertensão arterial4 e diabetes5/hiperglicemia6 foi comparada em 3 grupos de entrevistados com doença bipolar com base na presença de:
- Sintomas2 de insônia crônica.
- Sintomas2 de insônia aguda.
- Problemas de sono no ano passado.
As taxas de obesidade3 e de hipertensão arterial4 foram estatisticamente maiores em pacientes bipolares do grupo 1 (41,8% e 28,8%) e do grupo 2 (43,7% e 24,1%) em comparação com pacientes bipolares que não apresentavam alterações do sono (19,7% e 5,9%). Diabetes5/hiperglicemia6 não diferiram significativamente entre os grupos.
Os resultados mostram que, na população estudada, os sintomas2 de insônia, especialmente aqueles que são de natureza crônica, podem conferir risco para a obesidade3 e para hipertensão arterial4 na doença bipolar.