Imunoterapia combinada pré-operatória resultou na inviabilidade dos tumores em 57% dos indivíduos com câncer de pele
O tratamento com os medicamentos relatlimabe e nivolumabe antes da remoção cirúrgica de um tipo de câncer1 chamado melanoma2 resultou na inviabilidade dos tumores em 57% dos indivíduos, e não foram observados efeitos adversos graves. Pessoas com uma resposta favorável ao tratamento tiveram um melhor resultado de sobrevida3 do que aquelas que não responderam.
O artigo relatando o uso de terapia neoadjuvante com relatlimabe e nivolumabe no melanoma2 ressecável foi publicado na revista Nature.
A imunoterapia combinada com relatlimabe e nivolumabe melhora a sobrevida3 livre de progressão em relação à monoterapia com nivolumabe em pacientes com melanoma2 avançado irressecável. Neste estudo, investigou-se esse regime em pacientes com melanoma2 ressecável em estágio clínico III ou oligometastático em estágio IV.
Os pacientes receberam duas doses neoadjuvantes (nivolumabe 480 mg e relatlimabe 160 mg por via intravenosa a cada 4 semanas) seguidas de cirurgia e, em seguida, dez doses de terapia adjuvante combinada. O desfecho primário foi a taxa de resposta completa patológica (Rcp).
A combinação resultou em taxa de RCp de 57% e taxa de resposta patológica geral de 70% entre 30 pacientes tratados. A taxa de resposta radiográfica usando Critérios de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos 1.1 foi de 57%.
Nenhum evento adverso grau 3-4 relacionado ao sistema imunológico4 foi observado no cenário neoadjuvante. A taxa de sobrevida3 livre de recorrência5 em 1 e 2 anos foi de 100% e 92% para pacientes6 com qualquer resposta patológica, em comparação com 88% e 55% para pacientes6 que não tiveram resposta patológica (P = 0,005).
A infiltração de células7 imunes aumentada na linha de base e a diminuição dos macrófagos8 M2 durante o tratamento foram associados à resposta patológica.
Esses resultados indicam que relatlimabe e nivolumabe neoadjuvantes induzem uma alta taxa de resposta completa patológica. A segurança durante a terapia neoadjuvante é favorável em comparação com outros regimes de imunoterapia combinada.
Esses dados, em combinação com os resultados do estudo RELATIVITY-047, fornecem confirmação adicional da eficácia e segurança deste novo regime de imunoterapia.
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Fonte: Nature, publicação em 26 de outubro de 2022.