Células tumorais persistentes que sobrevivem à quimioterapia são identificadas
A quimioterapia1 nem sempre consegue combater um tumor2. Compreender como o crescimento do câncer3 é retomado após a quimioterapia1 será fundamental para encontrar novos tratamentos que possam levar a curas sustentáveis.
Em um novo estudo, publicado na revista Nature, os pesquisadores descobriram alguns detalhes que faltavam sobre as células4 que impulsionam essas recidivas5 tumorais.
Um olhar mais atento às células4 que impulsionam o crescimento do câncer3 após a quimioterapia1 e, portanto, contribuem para a progressão fatal do tumor2, fornece novos conhecimentos sobre a identidade das células4 que conseguem sobreviver ao tratamento.
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No artigo, os pesquisadores descrevem como a interface célula6-matriz regula a dormência7 em células-tronco8 de câncer3 de cólon9 humano.
Eles contextualizam que a recidiva10 do câncer3 após a quimioterapia1 continua sendo a principal causa de morte relacionada ao câncer3. Embora se acredite que a recidiva10 resulte da propagação de células-tronco8 tumorais (CTTs) residentes, a falta de plataformas experimentais que permitam a análise prospectiva da dinâmica da CTT com resolução espaço-temporal suficiente dificultou o teste dessa hipótese.
Neste estudo, desenvolveu-se um sistema vivo de rastreamento de linhagem genética que permite o rastreamento longitudinal de células4 individuais em organoides de câncer3 colorretal humano xenotransplantados e identificou-se CTTs LGR5+ que exibem um comportamento inativo em um estado sem experiência de quimioterapia1.
As células4 LGR5+ dormentes são marcadas pela expressão de p27, e a imagem intravital demonstra diretamente a persistência de células4 LGR5+p27+ durante a quimioterapia1, seguida de expansão clonal.
A análise do transcriptoma revela uma regulação positiva de COL17A1, uma molécula de adesão celular que fortalece o hemidesmossoma, em células4 LGR5+p27+ dormentes.
Os organoides nos quais a COL17A1 foi inativada perdem a subpopulação LGR5+p27+ dormente e tornam-se sensíveis à quimioterapia1, sugerindo um papel da interface célula6-matriz na manutenção da dormência7.
A quimioterapia1 interrompe a COL17A1 e quebra a dormência7 nas células4 LGR5+p27+ através da ativação de FAK-YAP (Quinase de Adesão Focal - Proteína Sim-Associada). A revogação da sinalização da YAP restringe as células4 quimiorresistentes de sair da dormência7 e atrasa o crescimento do tumor2, destacando o potencial terapêutico da inibição da YAP na prevenção da recidiva10 do câncer3.
Esses resultados oferecem uma abordagem terapêutica11 viável para superar a refratariedade do câncer3 colorretal humano à quimioterapia1 convencional.
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Fonte: Nature, publicação em 07 de julho de 2022.