Cemiplimabe aumentou significativamente a sobrevida em pacientes com câncer cervical recorrente
Pacientes com câncer1 cervical (câncer1 do colo do útero2) recorrente têm um prognóstico3 ruim. O cemiplimabe, um anticorpo4 monoclonal recombinante totalmente humano bloqueador da proteína de morte celular programada 1 (PD-1), aprovado para tratar câncer1 de pulmão5 e pele6, demonstrou ter atividade clínica preliminar nessa população.
Neste estudo de fase 3, publicado pelo The New England Journal of Medicine, recrutou-se pacientes que tiveram progressão da doença após quimioterapia7 de primeira linha contendo platina, independentemente de seu status de ligante de morte celular programada 1 (PD-L1).
Leia sobre "Câncer1 - informações importantes" e "Câncer1 do colo do útero2 - como é e como prevenir".
As mulheres foram aleatoriamente designadas (1:1) para receber cemiplimabe (350 mg a cada 3 semanas) ou a escolha do investigador de quimioterapia7 com agente único.
O desfecho primário foi a sobrevivência8 global. A sobrevida9 livre de progressão e a segurança também foram avaliadas.
Um total de 608 mulheres foram inscritas (304 em cada grupo). Na população geral do estudo, a sobrevida9 global mediana foi maior no grupo de cemiplimabe do que no grupo de quimioterapia7 (12,0 meses vs. 8,5 meses; taxa de risco para morte, 0,69; intervalo de confiança [IC] de 95%, 0,56 a 0,84; P bilateral <0,001).
O benefício de sobrevida9 global foi consistente em ambos os subgrupos histológicos10 (carcinoma11 de células12 escamosas e adenocarcinoma13 [incluindo carcinoma11 adenoescamoso]).
A sobrevida9 livre de progressão também foi maior no grupo de cemiplimabe do que no grupo de quimioterapia7 na população geral (taxa de risco para progressão da doença ou morte, 0,75; IC 95%, 0,63 a 0,89; P bilateral <0,001).
Na população geral, uma resposta objetiva ocorreu em 16,4% (IC 95%, 12,5 a 21,1) das pacientes do grupo de cemiplimabe, em comparação com 6,3% (IC 95%, 3,8 a 9,6) no grupo de quimioterapia7.
Uma resposta objetiva ocorreu em 18% (IC 95%, 11 a 28) das pacientes tratadas com cemiplimabe com expressão de PD-L1 maior ou igual a 1% e em 11% (IC 95%, 4 a 25) daquelas com expressão de PD-L1 inferior a 1%.
Em geral, eventos adversos de grau 3 ou superior ocorreram em 45,0% das pacientes que receberam cemiplimabe e em 53,4% daquelas que receberam quimioterapia7.
O estudo concluiu que a sobrevida9 foi significativamente maior com cemiplimabe do que com quimioterapia7 de agente único entre pacientes com câncer1 de colo do útero2 recorrente após quimioterapia7 de primeira linha contendo platina.
Veja também sobre "Adenocarcinoma13: o que é" e "Quimioterapia7".
Fonte: The New England Journal of Medicine, publicação em 10 de fevereiro de 2022.