Resultados oncológicos após histerectomia minimamente invasiva em comparação com histerectomia aberta no câncer de endométrio de alto risco não diferiram
Estudo publicado no periódico Obstetrics & Gynecology teve como objetivo comparar a sobrevida1 livre de doença entre a cirurgia minimamente invasiva e a cirurgia aberta em pacientes com câncer2 de endométrio3 de alto risco.
Foi conduzido um estudo multicêntrico de propensão combinada de pacientes com câncer2 endometrial de alto risco que foram submetidas à histerectomia4, salpingo-ooforectomia5 bilateral e estadiamento entre janeiro de 1999 e junho de 2016 em dois centros.
O câncer2 de endométrio3 de alto risco incluiu endometrioide de grau 3, seroso, de células6 claras, carcinoma7 indiferenciado ou carcinossarcoma com qualquer invasão miometrial. As pacientes foram categorizadas a priori em dois grupos com base na abordagem cirúrgica, os escores de propensão foram calculados com base em potenciais fatores de confusão e os grupos foram pareados 1:1 usando a técnica do vizinho mais próximo. A análise de regressão de risco de Cox e as curvas de Kaplan-Meier avaliaram a associação da técnica cirúrgica com a sobrevida1.
Das 626 pacientes elegíveis, 263 (42%) foram submetidas à cirurgia minimamente invasiva e 363 (58%) à cirurgia aberta. Na coorte8 combinada, não houve diferenças nas taxas de sobrevida1 livre de doença em 5 anos entre cirurgia aberta (53,4% [IC 95% 45,6-60,5%]) e cirurgia minimamente invasiva (54,6% [IC 95% 46,6-61,8]; P = 0,82).
A cirurgia minimamente invasiva não foi associada a pior sobrevida1 livre de doença (razão de risco [HR] 0,85, IC 95% 0,63-1,16; P = 0,30), sobrevida1 geral (HR 1,04, IC 95% 0,73-1,48, P = 0,81 ), ou taxa de recorrência9 (HR 0,99; IC 95% 0,69-1,44; P = 0,99) em comparação com a cirurgia aberta.
O uso de manipulador uterino não foi associado a pior sobrevida1 livre de doença (HR 1,01, IC 95% 0,65-1,58, P = 0,96), sobrevida1 geral (HR 1,18, IC 95% 0,71-1,96, P = 0,53) ou taxa de recorrência9 (HR 1,12, IC 95% 0,67-1,87; P = 0,66).
O estudo concluiu que não houve diferença nos resultados oncológicos comparando a cirurgia minimamente invasiva e aberta entre pacientes com câncer2 de endométrio3 de alto risco.
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Fonte: Obstetrics & Gynecology, Vol. 138, Nº 6, em dezembro de 2021. (doi: 10.1097/AOG.0000000000004606)