Tratamento de respostas pivôs para crianças com transtorno do espectro autista: um ensaio clínico randomizado
O objetivo foi realizar um estudo randomizado1 controlado para avaliar o tratamento de respostas pivôs2 (PRT-P3), que consiste em treinamento dos pais e intervenção em casa entregue pelo clínico, sobre as habilidades de comunicação de crianças com transtorno do espectro autista. O trabalho foi publicado pelo periódico Pediatrics.
Quarenta e oito crianças com transtorno do espectro autista e atraso significativo de linguagem entre 2 e 5 anos de idade foram aleatoriamente designadas para PRT-P3 (n = 24) ou grupo de tratamento tardio (n = 24) por 24 semanas. O efeito do tratamento nas habilidades de comunicação da criança foi avaliado por meio da codificação comportamental de interações entre pais e filhos, medidas padronizadas de relato parental e avaliações clínicas cegas.
A análise das expressões da criança durante a observação laboratorial estruturada revelou que, em comparação com o grupo de tratamento tardio, as crianças em PRT-P3 demonstraram maior aperfeiçoamento na frequência de expressões funcionais (F1,41 = 6,07; P = 0,026; d = 0,61). A maioria dos pais do grupo PRT-P3 (91%) foi capaz de implementar o tratamento de respostas pivôs2 (PRT) com fidelidade dentro das 24 semanas. As crianças que receberam o PRT-P3 também demonstraram um maior avanço na Brief Observation of Social Communication Change, na subescala Clinical Global Impressions Improvement, e no número de palavras usadas em um questionário relatado pelos pais.
Este é o primeiro estudo controlado, randomizado4, de 24 semanas, em que o tratamento comunitário é comparado à combinação de treinamento dos pais com PRT-P3 entregue pelo clínico. O PRT-P3 foi eficaz para melhorar as habilidades de comunicação social das crianças e para ensinar os pais a implementar o PRT-P3. Pesquisas adicionais serão necessárias para entender a combinação ideal de contextos de tratamento, intensidade e duração, e para identificar as características da criança e dos pais associadas à resposta ao tratamento.
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Fontes: