Antagonista do receptor da prostaglandina D2: uma nova opção terapêutica para a asma eosinofílica?
A asma1 afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, é uma causa importante de morbidade2. Muitos pacientes conseguem controlar seus sintomas3 com as medicações usadas no tratamento padrão, mas muitos deles não obtêm sucesso e os sintomas3 persistem.
A asma1 é uma síndrome4 heterogênea abrangendo diferentes fenótipos clínicos e endotipos moleculares, dependentes da idade de início, presença de alergias, frequência das exacerbações, bem como da natureza da inflamação5 das vias aéreas subjacentes (asma1 eosinofílica vs asma1 não eosinofílica).
Saiba mais nos artigos sobre "Asma1", "Asma1 brônquica", "Prevenção e tratamento da asma1" e "Corticoides".
Embora os corticosteroides inalatórios (associados ou não a beta 2 agonistas de longa duração) sejam eficazes para pacientes6 com asma1 persistente em ensaios clínicos7 randomizados, a evidência no mundo real mostra que a asma1 não está bem controlada em muitos pacientes.
Neste estudo, cientistas da Universidade de Leicester, coordenados pelo professor Chris Brightling, avaliaram 60 pacientes com asma1 grave, que apesar de utilizarem corticoides inalatórios e serem acompanhados regularmente por especialistas, não tinham alívio dos sintomas3 da asma1.
Metade do grupo recebeu Fevipiprant por três meses além de suas medicações habituais e a outra metade continuou a tomar suas medicações habituais juntamente com uma pílula de placebo8. Os pacientes que receberam Fevipiprant apresentaram menos células sanguíneas9 inflamatórias no exame do escarro e nas vias respiratórias.
Até o momento, os resultados mostraram-se promissores, mas são necessários estudos de longo prazo e com maior número de pacientes para avaliar se a nova medicação será realmente efetiva na redução das crises de asma1 de pacientes gravemente enfermos.
Fonte: The Lancet Respiratory Medicine, publicação online, em 5 de agosto de 2016