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Cientistas localizaram gene associado ao risco de desenvolver câncer de intestino

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Cientistas fizeram estudo genético com mais de 30.000 pessoas, metade com câncer1 de intestino e metade sem a doença. Cada equipe estudou o genoma e encontrou um gene que é mais comum em pessoas com câncer1 de intestino do que em pessoas sem a doença. O gene está localizado em uma região chamada 8q24.

Cerca de metade da população geral carrega esta variante genética, o que resulta em um risco 20% maior de desenvolver câncer1 de intestino. O risco ao longo da vida para desenvolver esta doença varia de 1 em 20 para as pessoas que não carregam a variante e 1 em 16 para pessoas que carregam a variante. Como o risco aumentado é relativamente pequeno, não está indicado um teste genético até o momento. No futuro, pode ser possível desenvolver um teste para uma combinação de genes à medida em que novas variantes forem encontradas, o que vai colaborar para a melhoria da prevenção, diagnóstico2 e tratamento da doença.

Em um primeiro estudo, o professor Malcolm Dunlop, da Universidade de Edimburgo e da Unidade de Genética Humana do Conselho para Pesquisa Médica, comparou o DNA de cerca de 8 mil pacientes com câncer1 no intestino da América do Norte, França e Escócia, ao DNA de cerca de 8 mil pessoas saudáveis. Escaneando o genoma completo dessas pessoas, identificou-se a primeira variante para o câncer1 de intestino. Novas técnicas estão sendo usadas para achar novos genes associados a este tipo de tumor3.

Em um segundo estudo, liderado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer1 e do Instituto de Pesquisa de Londres da organização Cancer1 Research UK, foi examinado o DNA de um número semelhante de pacientes e pessoas saudáveis da Inglaterra e identificou-se o mesmo gene defeituoso. Os pesquisadores dizem que este é um importante passo, mas que são necessários mais estudos para que seja entendida toda a herança genética relacionada ao câncer1 de intestino.

O Cancer1 Research UK está lançando estudos genéticos semelhantes para o câncer1 de ovário4 e de pulmão5 e espera descobrir mais sobre os genes ligados a estes tipos de tumor3.

Fonte: Nature Genetics

 

NEWS.MED.BR, 2007. Cientistas localizaram gene associado ao risco de desenvolver câncer de intestino. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/11479/cientistas-localizaram-gene-associado-ao-risco-de-desenvolver-cancer-de-intestino.htm>. Acesso em: 24 abr. 2024.

Complementos

1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
3 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
4 Ovário: É um órgão par comparável com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura. Ele está preso ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. Na puberdade, os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
5 Pulmão: Órgão do sistema respiratório situado na cavidade torácica e responsável pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
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