IMC não é capaz de identificar mais de um quarto das crianças com excesso de gordura corporal: uma revisão sistemática e meta-análise
Os meios ideais de identificação de obesidade1 em crianças e adolescentes ainda não foram determinados, embora o índice de massa corporal2 (IMC3) seja a ferramenta de triagem mais utilizada.
Foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise de estudos que avaliam o desempenho diagnóstico4 do IMC3 para detectar adiposidade em crianças até 18 anos. A pesquisa foi publicada pelo periódico Pediatric Obesity.
As fontes de dados utilizadas foram EMBASE, MEDLINE, Cochrane, Database of Systematic Reviews Cochrane CENTRAL, Web of Science e SCOPUS até março de 2013. Foram incluídos na análise os estudos que forneciam medidas de desempenho diagnóstico4 do IMC3 e utilizavam a técnica de composição corporal para medição do percentual de gordura5 corporal.
Trinta e sete estudos elegíveis que avaliaram 53.521 pacientes, com média de idade variando de 4 a 18 anos, foram incluídos na meta-análise. Concluiu-se que o IMC3 tem alta especificidade, mas baixa sensibilidade para detectar o excesso de adiposidade e não consegue identificar mais de um quarto das crianças com excesso de gordura5 corporal. A sensibilidade foi menor para os meninos.
Fonte: Pediatric Obesity, publicação online, de 24 de junho de 2014