OMS: Ebola desafia países da África Ocidental
Desde março de 2014, mais de 600 casos de Ebola e mais de 390 mortes foram relatadas na Guiné, Libéria e Serra Leoa. Enquanto o número de casos suspeitos, prováveis, confirmados e de mortes muda rapidamente, o surto está causando preocupação entre as autoridades de saúde1, porque a doença mortal está sendo transmitida em comunidades e em locais de cuidados de saúde1 e já apareceu em cidades, bem como em áreas rurais e fronteiriças.
A doença, que causa hemorragia2 grave e pode matar até 90% das pessoas infectadas, é transmitida pelo contato direto com o sangue3 e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. Não há vacina4 ou cura disponível para esta doença.
A OMS, o Global Alert and Response Network (GOARN) e os seus parceiros estão fornecendo orientação e apoio e implantaram equipes de especialistas em países da África Ocidental e no Escritório Regional Africano da OMS, em Brazzaville, Congo.
Esses especialistas incluem:
- Epidemiologistas para trabalhar com os países na vigilância e monitoramento da epidemia.
- Especialistas de laboratório para apoiar os laboratórios móveis na confirmação precoce dos casos de Ebola.
- Especialistas em gestão de clínicas para ajudar os serviços de saúde1 no tratamento de pacientes infectados.
- Especialistas no controle da infecção5 e da prevenção para ajudar os países a evitar a transmissão do vírus6 na comunidade e nos serviços de saúde1.
- Técnicos de logística para despachar os equipamentos e materiais necessários.
- Equipes de mobilização social e comunicação do risco para ajudar as autoridades de saúde1 a passarem mensagens apropriadas sobre como relatar, manusear e tratar os casos de Ebola.
Reconhecendo que uma resposta regional coordenada é essencial, a OMS está convocando para uma reunião em Accra, Ghana, nos dias 2 e 3 de julho de 2014, as principais autoridades de saúde1 dos países afetados e próximos para chegar a um acordo sobre uma resposta operacional abrangente para controlar o surto de Ebola. Uma vasta gama de parceiros foi convidada e os Ministérios da Saúde1 da Guiné, Libéria e Serra Leoa apresentarão um relatório sobre suas medidas preventivas e de controle, identificação de contato e rastreio, gestão de casos, controle da infecção5 e prevenção, mobilização social e relatórios da situação.
Os países estão trabalhando para fornecer cuidados de suporte aos doentes, informar as comunidades sobre as práticas recomendadas, localização de contatos de pacientes infectados, controle da infecção5 em ambientes de cuidados de saúde1 e tomando outras medidas para controlar o surto. Apesar de seu progresso na implementação de medidas preventivas e de controle, as autoridades de saúde1 ainda enfrentam desafios em conter a propagação do surto e vão discutir estas questões na reunião em Accra.
Os últimos números divulgados, mas que mudam conforme a descoberta de novos casos, são:
- Guiné relatou 396 casos e 280 mortes.
- Serra Leoa tem 176 casos e 46 mortes.
- Libéria relatou 63 casos e 41 mortes.
Fonte: World Health Organization (WHO) - Media Centre, de 26 de junho de 2014