Novas vacinas podem ser esperança no tratamento de tumores cerebrais
As medicações tradicionais e mesmo os agentes de quimioterapia1 direcionados tiveram pouco sucesso no tratamento do glioblastoma - o tipo mais letal de tumor2 cerebral. "A imunoterapia representa uma grande esperança para os pacientes que enfrentam esta doença", diz David Reardon, diretor clínico do Instituto Dana-Farber.
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Em novembro passado, Reardon informou que uma nova vacina3 contra o câncer4, a Rindopepimut, mostrou esperança em um ensaio clínico de pacientes cujas células5 de glioblastoma possuem uma mutação genética6 específica.
As vacinas contra o câncer4 são uma forma de imunoterapia que foram estudadas e testadas há muitos anos com algum sucesso. Elas são geralmente feitas a partir de células5 tumorais individuais, ou parte delas, que são processadas em laboratório e retornam ao paciente para estimular uma forte resposta imune.
Rindopepimut, administrado juntamente com o fármaco7 anti-angiogênico Avastin, melhorou significativamente a sobrevivência8 de pacientes cujos tumores carregavam a mutação9 conhecida como EGFRvIII, que é encontrada em cerca de um terço dos glioblastomas.
Reardon também está dirigindo um novo estudo clínico sobre a NeoVax, uma "vacina3 personalizada contra o câncer4 feita com neoantígeno", que já está sendo testada em pacientes com melanoma10 no Instituto Dana-Farber.
A vacina3 NeoVax é feita com "antígenos11 específicos do tumor2" que correspondem ao conjunto único de tais antígenos11 na superfície das células5 tumorais de um paciente. Demonstrou-se que esses antígenos11 altamente específicos podem estimular uma resposta imune potente e focada. O novo estudo-piloto, realizado em colaboração com os cientistas Catherine Wu e Edward Fritsch, PhDs, está testando a viabilidade e a segurança da NeoVax em 15 pacientes.
Se a vacina3 se revelar eficaz, ela será combinada em novos ensaios com bloqueadores do ponto de controle imunológico que direcionam as proteínas12 PD-1 e PD-L1 para remover "os freios" que o câncer4 usa para suprimir uma resposta imune. Novas drogas que atacam esses pontos de controle tiveram resultados importantes e duradouros em alguns pacientes com melanoma10 avançado e metastático.
Em um projeto paralelo, atualmente testado em modelos animais, Reardon em colaboração com David Mooney, PhD do Instituto Wyss, está otimizando uma "matriz" implantável de biomateriais projetados para reprogramar células5 imunes no corpo dos pacientes para gerar um potente ataque imune contra tumores do tipo do glioblastoma.
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Fonte: Dana-Farber Cancer4 Institute, em 24 demaio de 2017