Kofi Annan elogia programa brasileiro de combate à AIDS
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na abertura da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, citou o programa de combate à AIDS desenvolvido pelo governo brasileiro como um dos maiores sucessos em todo o mundo. O Ministro da Saúde1 do Brasil, Humberto Costa, representante do País na reunião, enfatizou para os demais delegados a importância de oferecer tratamento gratuito a todos os pacientes, paralelamente a um forte trabalho de prevenção e educação sexual. Uma das principais preocupações do programa brasileiro é o crescente encarecimento dos custos dos medicamentos, o que levará os demais países a uma discussão inevitável sobre propriedade intelectual e as patentes dos anti-retrovirais.
O documento usado para embasar as discussões citou a estratégia brasileira como exemplo positivo ao garantir o tratamento com medicamentos anti-retrovirais a todos os pacientes com aids por mais de uma década, reduzindo drasticamente a evolução da epidemia.
Participaram da reunião Ministros da Saúde1 de mais de 100 paises. Foram discutidos os avanços obtidos no combate a doença desde 2001, ano da Declaração de Compromisso sobre HIV2/Aids da Assembléia Geral da ONU.
O sistema público de saúde1 brasileiro provê terapia anti-retroviral para 160 mil pacientes atualmente. Este número que deve chegar a 170 mil ate o final de 2005. Além disso, monitora clínica e laboratorialmente dezenas de milhares de pessoas infectadas que ainda não desenvolveram os sintomas3 da doença. O período de sobrevivência4 médio das pessoas doentes passou dos cinco meses, registrados na década de 80, para 59 meses em 1996. A mortalidade5 foi reduzida em 40% e a incidência6 de doenças oportunistas caiu 75%.
Equipe Médica Centralx7
Fonte: Ministério da Saúde1