Salbutamol inalável pode aumentar o risco de crises de asma em pessoas com variação genética, segundo estudo da University of Dundee
Estudo da Brighton and Sussex Medical School (BSMS) na University of Dundee mostrou que há uma variação genética chamada Arg16 que pode reduzir a efetividade do salbutamol1 e do salmeterol em crianças e jovens asmáticos. Aproximadamente 1 milhão de crianças na Inglaterra têm asma2 e mais de 100 mil carregam esta variação genética.
Os cientistas enfatizam que as crianças e os jovens devem continuar usando a medicação inalável prescrita por seus médicos para o tratamento da asma2 e dizem que este estudo não muda as orientações médicas propostas até o momento. Ele apenas aponta a necessidade de novas pesquisas nesta área.
O trabalho, liderado pelo professor da Somnath Mukhopadhyay (BSMS), encontrou uma variante genética no gene - chamada Arg16 - que faz uma molécula do organismo se ligar ao salbutamol1, levando à menor efetividade desta medicação, quando usada frequentemente (pelo menos uma vez ao dia).
A pesquisa mostrou que geralmente os pacientes em uso de salbutamol1 têm sua asma2 bem controlada, mas aqueles com a variação genética Arg16, em uso de inalador de salbutamol1 diariamente, apresentam um risco 30% maior de ter crises asmáticas comparados àqueles com a forma mais comum do gene. Além disso, aqueles com uma cópia dupla do gene com a variação Arg16, 13% da população, têm uma probabilidade dobrada de não responder ao tratamento com salbutamol1.
Mais estudos são necessários para verificar se a variação genética pode ser usada para definir alterações nas prescrições para o tratamento da asma2. O presente trabalho ressalta a importância da monitoração da efetividade do salbutamol1 ou do salmeterol em pacientes que começam a usar estes medicamentos para controlar a doença. Caso a medicação não esteja aliviando os sintomas3, outras medicações alternativas ou tratamentos adicionais devem ser usados e observados.
Fonte: University of Brighton