Obesidade: FDA aprova Belviq para tratar adultos com IMC ≥ 30 kg/m² ou com IMC ≥ 27 kg/m² acompanhado de hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 ou dislipidemia
O Food and Drug Administration, dos EUA, aprovou hoje o Belviq (cloridrato de lorcaserin) para tratamento da obesidade1, como um complemento a uma dieta hipocalórica2 associada à prática regular de atividades físicas.
O novo medicamento foi aprovado para uso em adultos com um índice de massa corporal3 (IMC4) igual ou superior a 30 kg/m² (obesos) ou em adultos com um IMC4 igual ou superior a 27 kg/m² (sobrepeso5) e que têm pelo menos uma condição relacionada, tais como hipertensão arterial6, diabetes mellitus7 tipo 2 ou colesterol8 alto (dislipidemia).
A aprovação do Belviq (cloridrato de lorcaserin), utilizado de forma responsável em combinação com uma dieta e um estilo de vida saudáveis, oferece uma opção de tratamento para os americanos que são obesos ou estão acima do peso e têm pelo menos uma comorbidade9 relacionada ao ganho de peso.
O Belviq funciona através da ativação do receptor da serotonina 2C no cérebro10. A ativação deste receptor pode ajudar uma pessoa a comer menos e se sentir satisfeita depois de comer pequenas quantidades de alimentos.
A segurança e a eficácia de Belviq foram avaliadas em três estudos clínicos controlados por placebo11, que incluíram cerca de 8.000 pacientes obesos e com sobrepeso5, com e sem diabetes tipo 212, acompanhados por 52 a 104 semanas. Todos os participantes receberam modificação de estilo de vida que consistia em uma dieta hipocalórica2 e aconselhamento sobre a prática de atividades físicas. Comparado ao placebo11, o tratamento com Belviq foi associado à perda de peso média variando de 3% a 3,7%.
Belviq não deve ser utilizado durante a gravidez13. O tratamento com esta nova medicação pode causar efeitos secundários graves, incluindo síndrome serotoninérgica14, em particular quando usado com determinados medicamentos que aumentam os níveis de serotonina ou ativam os receptores de serotonina. Estes incluem, mas não estão limitados a, fármacos normalmente utilizados para tratar a depressão e a enxaqueca15. Belviq também pode causar distúrbios de atenção ou de memória.
Em 1997, os medicamentos para perda de peso como a fenfluramina e a dexfenfluramina foram retirados do mercado depois que surgiram evidências de que eles causavam danos em válvulas cardíacas. Este efeito parece estar relacionado com a ativação do receptor da serotonina 2B em tecidos do coração16. Quando utilizado na dose aprovada de 10 miligramas, duas vezes por dia, Belviq não parece ativar o receptor de serotonina 2B.
Os efeitos secundários mais comuns do Belviq em pacientes não-diabéticos são tontura17, cefaleia18, fadiga19, náuseas20, boca21 seca e constipação22, e em pacientes diabéticos são hipoglicemia23, dor de cabeça24, dor nas costas25, tosse e fadiga19.
Belviq é fabricado pela Arena Pharmaceuticals e distribuído pela Eisai Inc.