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FDA: diarreia por Clostridium difficile pode estar associada ao uso de inibidores da bomba de prótons

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O Food and Drug Administration (FDA) está informando que o uso de medicamentos conhecidos como inibidores da bomba de prótons pode estar associado a um risco aumentado para desenvolver diarreia1 por Clostridium difficile. O diagnóstico2 desse tipo de diarreia1 deve ser considerado em pacientes em uso da medicação e que desenvolvem diarreia1 que não melhora.

O FDA revisou um total de 28 estudos observacionais descritos em 26 publicações. Vinte e três estudos mostraram alto risco de desenvolver diarreia1 por Clostridium difficile associado ao uso de inibidores da bomba de prótons. Principalmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. Esta informação deve ser incluída na bula do medicamento.

Os pacientes que precisarem usar a medicação devem fazê-lo com a menor dose e pelo período mais curto possível para tratar a patologia3 em questão. Os inibidores da bomba de prótons são usados para tratar doenças como o refluxo gastroesofágico4, úlceras5 duodenais ou no estômago6, esofagite7, azia8, etc.

Este tipo de medicamento reduz a quantidade de secreção ácida no estômago6 e pode ser vendido sem prescrição médica.

O Clostridium difficile é uma bactéria9 que pode causar diarreia1 que não melhora. Os sintomas10 incluem fezes aquosas, dor abdominal, febre11 e os pacientes podem desenvolver complicações intestinais graves. Este tipo de diarreia1 também pode se disseminar entre pacientes hospitalizados. Fatores que predispõem a este tipo de diarreia1 são: idade avançada, certas doenças crônicas e o uso de antibióticos de largo espectro. O tratamento da diarreia1 por Clostridium difficile inclui a reposição de líquidos e de eletrólitos12 para evitar a desidratação13 e o uso de antibióticos específicos.

A agência também está revisando o risco de diarreia1 por C. difficile em usuários de antagonistas dos receptores H2 da histamina14 (ranitidina, cimetidina, famotidina etc). Estes medicamentos são usados para tratar o refluxo gastroesofágico4, úlceras5 no estômago6 e no intestino e azia8.

Fonte: FDA

NEWS.MED.BR, 2012. FDA: diarreia por Clostridium difficile pode estar associada ao uso de inibidores da bomba de prótons. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/pharma-news/260940/fda-diarreia-por-clostridium-difficile-pode-estar-associada-ao-uso-de-inibidores-da-bomba-de-protons.htm>. Acesso em: 25 abr. 2024.

Complementos

1 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
2 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
3 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
4 Refluxo gastroesofágico: Presença de conteúdo ácido proveniente do estômago na luz esofágica. Como o dito órgão não está adaptado fisiologicamente para suportar a acidez do suco gástrico, pode ser produzida inflamação de sua mucosa (esofagite).
5 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
6 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
7 Esofagite: Inflamação da mucosa esofágica. Pode ser produzida pelo refluxo do conteúdo ácido estomacal (esofagite de refluxo), por ingestão acidental ou intencional de uma substância tóxica (esofagite cáustica), etc.
8 Azia: Pirose. Sensação de dor epigástrica semelhante a uma queimadura, geralmente acompanhada de regurgitação de suco gástrico para dentro do esôfago.
9 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
12 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
13 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
14 Histamina: Em fisiologia, é uma amina formada a partir do aminoácido histidina e liberada pelas células do sistema imunológico durante reações alérgicas, causando dilatação e maior permeabilidade de pequenos vasos sanguíneos. Ela é a substância responsável pelos sintomas de edema e irritação presentes em alergias.
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